LOGAN

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O FILHOTE

sábado, 30 de junho de 2012

ESTRANHAS AMIZADES

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                                        AMIZADES BIZARRAS

PLANTAS CARNÍVORAS

PLANTAS ESTRANHAS

É de verdade?
Planta que come rato, flor que tem cheiro de carne podre e cacto cheio de cabelos. Parece até coisa de filme de terror. Mas não é. Isso tudo, acredite, existe na natureza. E tem também mais um monte de plantas esquisitas. No Estadinho desta semana você conhece 10 plantinhas que até lembram filme de ficção. E ainda aprende a fazer e cuidar de um terrário de carnívoras!
O professor de sistemática vegetal da Unesp de Jaboticabal, Vitor Fernandes Oliveira de Miranda, conta mais um pouquinho sobre o exótico mundo das carnívoras. Olhe só.

Estadinho: Como funciona uma planta carnívora?
As carnívoras são como quaisquer outras plantas que fazem fotossíntese. Entretanto, elas adquiriram por meio da adaptação ao ambiente onde vivem, que é geralmente pobre em nutrientes, a capacidade de capturar, matar, digerir e absorver os nutrientes de pequenos animais (pequenos insetos, moluscos, microorganismos ou até pequenos vertebrados, como sapos, aves e roedores). Por essa razão, muitos defendem que elas sejam chamadas de fato de “plantas carnívoras” e não “plantas insetívoras”.

Como elas fazem para capturar a presa?
Ao contrário do que se pensa, suas armadilhas geralmente são “folhas modificadas”, que se adaptaram por meio da evolução para a captura de pequenas presas. Mas a natureza foi muito criativa nesse processo: as diversas espécies de plantas carnívoras desenvolveram as mais inusitadas formas de armadilhas foliares, desde jarros coloridos e escorregadios, folhas do tipo papel-pega-moscas, vesículas que sugam minúsculos animais até armadilhas do tipo ratoeiras. Dessa forma, essas incríveis plantas conseguem absorver os nutrientes de suas presas, que muitas vezes não estão disponíveis de forma suficiente no solo.

A dioneia perde muita energia abrindo e fechando sua “boquinha”?
O processo de fechamento das armadilhas da dioneia é algo que fascinou muitos cientistas, desde Charles Darwin lá no século 19, até os atuais. Há muitas questões ainda a serem respondidas sobre o mecanismo de abertura e fechamento das folhas-armadilha da dioneia. O processo de fechamento da folha, ocasionado pelo toque da presa em pelos sensíveis (os tricomas-gatilho) que disparam um estímulo elétrico, pode ocorrer em décimos de segundo. Mas a reabertura da folha pode levar alguns dias.

Como assim?
Se a captura for bem-sucedida (uma suculenta mosca, por exemplo!), a folha pode ficar fechada, digerindo a presa, por até uma semana.

Qual é a carnívora mais fácil de ter em casa?
Muitas plantas carnívoras vivem em locais abertos e ensolarados. Muitas podem ser encontradas em campos naturais e geralmente encharcados, expostas ao sol, além de existirem as espécies aquáticas e até mesmo epífitas, que vivem sobre árvores. Assim, várias podem ser facilmente cultivadas em vasos comuns de jardins, como esses usados para violetas, com uma mistura de areia e musgo, que pode ser encontrado com certa facilidade nas floriculturas.

Quais são os cuidados que devemos ter para cuidar delas?
Os vasos devem ser mantidos sempre úmidos, de preferência sobre pratinhos com uma mistura de água e areia (para evitar a reprodução dos mosquitos, como os da dengue) e sempre fora de casa, em ambiente bastante ensolarado. As aquáticas, como algumas utriculárias, podem ser também facilmente cultivadas em pequenos tanques e aquários. Mas lembre-se que algumas espécies estão ameaçadas de extinção e todas elas (sejam as ameaçadas ou não) nunca podem ser retiradas do ambiente natural de onde vivem.

Em que época do ano elas ficam mais bonitas?
A maior parte das espécies de carnívoras vive em ambiente tropical, quente na maior parte do ano, assim, quase o ano inteiro estão bonitas a exibir suas exuberantes armadilhas. Entretanto, há também aquelas de clima temperado, mais frio, que costumam passar por um processo de hibernação e, nessa época, ficam menos chamativas e com as folhas menos desenvolvidas.

Há muitas plantas estranhas no mundo?
Certamente. Há muitas espécies curiosíssimas, estranhas e até mesmo bizarras de plantas! As menores plantas do mundo chegam a ter o tamanho de uma cabeça de alfinete. Algumas espécies, conhecidas como mirmecófilas, associam-se a formigas, tornando essas miniaturas de soldados protetoras de suas folhas contra insetos como os gafanhotos, tudo isso em troca de alimento ou mesmo moradia. Há ainda plantas cujas flores imitam carniça (tanto nas formas e cores quanto no odor de carne podre!) para atrair insetos para a polinização. Algumas árvores chegam a ter milhares de anos de idade, ou seja, eram sobreviventes desde as idades remotas da civilização humana! Enfim, quem se aventurar pelo meio botânico certamente irá se admirar com as surpresas que poderá encontrar.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

USO CORRETO DA MACONHA : TRATAMENTO MEDICINAL

CIENTISTAS ISRAELENSES DESENVOLVEM MACONHA MEDICINAL SEM 'BARATO'
DA BBC BRASIL

Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram um tipo de maconha medicinal, neutralizando a substância THC, que gera os efeitos cognitivos e psicológicos conhecidos como "barato".

De acordo com a professora Ruth Gallily, especialista em imunologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, a segunda substância mais importante da cannabis -o canabidiol (CBD)-- tem propriedades "altamente benéficas e significativas" para doentes que sofrem de diabetes, artrite reumatóide e doença de Crohn.

Gallily, que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos, disse à BBC Brasil que o CBD que se encontra na planta "não gera qualquer fenômeno psicológico ou psiquiátrico e reprime reações inflamatórias, sendo muito útil para o tratamento de doenças autoimunes".
"Obtivemos resultados fantásticos nas experiências que fizemos in vitro e com ratos, no laboratório da Universidade Hebraica", afirmou a cientista, que é professora da Faculdade de Medicina.

De acordo com ela, após o tratamento com o CBD, o índice de mortalidade em consequência de diabetes nos animais foi reduzido em 60%, tanto em casos de diabetes tipo 1 como tipo 2.
"Para pacientes idosos que sofrem de artrite reumatoide, o uso da cannabis pode ter efeitos maravilhosos e melhorar muito a qualidade de vida", disse Gallily.
"Constatamos em nossas experiências que o CBD leva à diminuição significativa e muito rápida do inchaço em consequência da artrite."

A pesquisadora afirma que remédios à base de CBD seriam muito mais baratos que os medicamentos convencionais no tratamento dessas doenças.
A empresa Tikkun Olam obteve a licença do Ministério da Saúde israelense para desenvolver a maconha medicinal e cultiva diversas variedades da planta em estufas na Galileia, no norte de Israel.

PACIENTES
De acordo com Zachi Klein, diretor de pesquisa da Tikkun Olam, mais de 8.000 doentes em Israel já são tratados com cannabis, a qual recebem com receitas médicas autorizadas pelo Ministério da Saúde.

De acordo com Klein, a empresa pretende desenvolver um tipo de maconha com proporções diferentes de THC e canabidiol, para poder ajudar a diversos tipos de pacientes.
"Há pacientes para os quais o THC é muito benéfico, pois ajuda a melhorar o estado de espírito e abrir o apetite", afirmou.

Ele diz ainda que, em casos de doentes de câncer, a cannabis em seu estado natural, com o THC, pode melhorar a qualidade de vida, já que a substância provoca a fome conhecida como "larica", incentivando os pacientes a se alimentarem.
O psiquiatra Yehuda Baruch acredita que "o CBD tem significados medicinais fortes que devem ser examinados". Baruch, que é o responsável pela utilização da maconha medicinal no Ministério da Saúde, disse à BBC Brasil que "sem o THC, a cannabis será bem menos atraente para os traficantes de drogas".

O psiquiatra afirmou que nos próximos meses o Ministério da Saúde dará inicio a um estudo sobre os efeitos do THC e do CBD em pacientes que sofrem dores crônicas.

O experimento será feito com 50 pacientes, que serão divididos em dois grupos. Um grupo receberá cannabis com alto nível de THC e baixo nível de CBD e o segundo receberá mais canabidiol do que THC.
Depois de um mês os grupos serão trocados e, durante a experiência, os pacientes preencherão questionários avaliando as alterações na intensidade da dor.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1099407-cientistas-israelenses-desenvolvem-maconha-medicinal-sem-barato.shtml

EDUCAÇÃO E INTERNET NO MUNDO


'ENSINO A DISTÂNCIA É PARCEIRO DA EDUCAÇÃO'

A internet costumava terreno de experimentações para as grandes universidades. Agora, ela é a peça central para o futuro de prestigiadas instituições. Na semana passada, a Universidade Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram o edX, uma plataforma online de educação a distância que vai disponibilizar cursos e conteúdos na web a custo zero. “Nenhuma grande universidade hoje se furta a explorar as potencialidades da internet”, diz Alan Garber, responsável pela área acadêmica de Harvard e pela parceria com o MIT. “Estar ausente nessa seara não é mais uma opção. A pergunta que as instituições se fazem agora é quando e como abraçar a internet.” Este é não é o primeiro investimento de Harvard em educação online mas certamente é o mais ambicioso. Com a nova ferramenta, a universidade pretende conhecer melhor o processo de aprendizado dos estudantes e aplicar as descobertas em esforços para melhor a qualidade de suas aulas. "Com a chegada da internet existe uma revolução", diz Garber. Para os que temem que a os avanços da internet minem as relações interpessoais proporcionadas pela convivência diária no campus, o acadêmico respode: o ensino a distância é um aliado da educação. Confira a entrevista que Alan Garber concedeu ao site de VEJA:

Quando começaram as discussões para a criação do edX? Há bastante tempo discutíamos em Harvard o tema da educação à distância. A parceria com o MIT em especial surgiu há cerca de cinco meses. Percebemos naquele momento que as duas instituições tinham muito em comum e as coisas acabaram acontecendo muito rápido.

O que motivou essa parceria? Queremos oferecer educação de qualidade para todo o mundo, melhorar o aprendizado em nosso próprio campus e realizar pesquisas aprofundadas a respeito de como as pessoas aprendem para, posteriormente, utilizarmos esses dados para aperfeiçoar a maneira como ensinamos. O edX foi criado para satisfazer esses nossos três objetivos.

A que o senhor se refere quando diz que pretende conhecer com profundidade a maneira como as pessoas aprendem? Tradicionalmente quando pensamos em medir como as pessoas aprendem, pensamos em testes padronizados que aferem o conhecimento e a partir daí são analisadas possibilidades que podem melhorar o aprendizado. Com a chegada da internet existe uma revolução. Agora sabemos com precisão o tempo que cada estudante gasta resolvendo um exercício ou quantas vezes ele precisa assistir a um vídeo até que apreenda todo o conteúdo. Sabemos onde ele clica, quando ele pausa, acelera ou simplesmente desiste de resolver algum problema. Isso tudo nos dá a dimensão exata da evolução de cada um dos estudantes e de seu processo de aprendizagem. Ainda está em discussão que tipo de dados vamos coletar e como eles serão utilizados. De qualquer forma, trata-se de um projeto bastante ambicioso.

O edX é a primeira incursão de Harvard no ensino online? Não. Já temos em funcionamento a Harvard Extension School, que oferece vídeos, cursos e certificados profissionais. Mas com o edX é a primeira vez que trabalhamos em parceria com outra instituição nessa campo.

Diante dos avanços da tecnologia, uma grande universidade pode se furtar a fazer usos de ferramentas online hoje em dia? Não. Estar ausente nessa seara não é mais uma opção. Esse é um ponto pacífico pelo menos aqui nos Estados Unidos. As universidades não se perguntam mais se vão ou não vão fazer uso de plataformas online. A pergunta que elas se fazem agora é quando e como abraçar a internet. Elas estão convencidas de que essa ferramenta vai ajudá-las em sua missão. Algumas já fizeram investimentos milionários nessa área há alguns anos e outras estão esperando. Nós, Harvard e MIT, acreditamos que o momento certo é agora.

Harvard é uma das mais prestigiadas e rigorosas universidade do mundo. Os padrões de qualidade serão os mesmo na internet que no campus da instituição? Tenho a certeza de que nosso padrão será o mesmo, mas as formas de avaliar o sucesso dos alunos e da metodologia empregada serão diferentes pelo simples fato de que os cursos serão diferentes. O conteúdo disponível na internet não é o mesmo que estará na sala de aula.

Existe um público específico que atende aos cursos online ou eles são feitos para todo mundo? Essa é uma questão a ser respondida com o tempo. Ainda não é possível dizer com precisão que tipo de aluno aprende melhor na internet. O que sabemos até o momento devido às nossas experiências anteriores é que esse tipo de ensino atinge um número grande de pessoas uma vez que é possível ter flexibilidade e as barreiras geográficas são minimizadas na web. Mas também é verdade que algumas pessoas se adequam melhor ao sistema online que outras. Com o passar do tempo, saberemos mais sobre isso e como identificar cada um dos grupos.

É possível ensinar disciplinas mais densas e complexas como filosofia na internet? Esse também é um tema que vamos descobrir ao longo da experiência. Vamos oferecer cursos de ciências humanas também e analisar como eles funcionam na prática. Eu tendo a acreditar que é possível sim, mas é necessária uma abordagem diferente da de um curso de negócios ou de computação.

Algumas pessoas se perguntam se os cursos online vão matar o contato pessoal, tão importante durante a formação dos universitários. Qual a reposta do senhor a esse temor? Não vejo que em um futuro próximo os cursos online vão acabar com o relacionamento interpessoal. Ao contrário: acredito que eles estarão caminhando juntos, em prol da educação. Com a internet, por exemplo, podemos repensar a maneira como usamos o tempo dentro da sala de aula. Isso dá liberdade para que professores e alunos experimentem novas formas de aprender. Isso porque os mestres esperam que os estudantes tenham contato com a matéria em casa e vão às aulas para discutir ou levantar questionamentos mais profundos e não para ter uma aula expositiva, como ainda acontece na maioria dos casos. Além disso, existem milhares de pessoas ao redor do mundo que gostariam de estar em Harvard mas, por diversos motivos, não podem chegar até nós. Uma plataforma online é a chance de ter ensino de excelência em qualquer canto do planeta.

Fonte:

quinta-feira, 28 de junho de 2012

DEVE FALTAR MÃO DE OBRA QUALIFICADA NO MUNDO

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA VAI ESTAGNAR ECONOMIA MUNDIAL EM 20 ANOS, DIZ ESTUDO

Levantamento do Instituto Global McKinsey analisou 70 países e concluiu que a ausência de trabalhadores capacitados pode levar a uma guerra mundial por talentos

Nos últimos 30 anos, 1,7 bilhão de pessoas ingressaram no mercado de trabalho global – a maioria nos setores industrial e de serviços. Enquanto esses avanços contribuíram para a redução da miséria de milhões de famílias em países em desenvolvimento, nas nações ricas eles possibilitaram maiores investimentos em tecnologia e inovação – elementos responsáveis pelo aumento dos níveis de produtividade e redução dos custos de produção.

Hoje, somos 2,9 bilhões de trabalhadores. Até 2030, seremos 3,5 bilhões. Mas as estimativas não são otimistas. Não pela falta de empregos, mas pela carência de trabalhadores aptos a assumir esses cargos. É o que diz o estudo The world at work: Jobs, pay, and skills for 3.5 billion people (“O mundo do trabalho: empregos, salários e habilidades para 3,5 bilhões de pessoas”), divulgado nesta quinta-feira (14-06) pelo Instituto Global McKinsey. Ao analisar 70 países que, juntos, representam 96% do PIB e 87% da população mundiais, o estudo revelou que a falta de profissionais altamente qualificados, com Ensino Superior e especializações, provocará uma guerra mundial por talentos – serão 40 milhões de profissionais a menos do que o necessário.

Países da África subsaariana e sul asiático não vão encontrar os 45 milhões de trabalhadores de qualificação média (o equivalente ao Ensino Médio completo) de que seu processo de industrialização precisa para continuar crescendo. Por outro lado, cerca de 95 milhões de indivíduos com baixa qualificação profissional (Ensino Fundamental) ficarão desempregados por não estarem a altura dos cargos disponíveis. “O desenvolvimento da economia mundial exigirá uma mão de obra mais qualificada porque a produção também se sofistica”, afirma William Eid Jr., economista da Faculdade Getúlio Vargas (FGV). Segundo ele, os investimentos em capital humano terão de ser cada vez mais intensificados. “Os funcionários devem estar preparados para se adaptar a novas tecnologias e se reinventar a todo momento”.

Países desenvolvidos
Haverá falta de 18 milhões de trabalhadores altamente instruídos. A tendência é que as altas taxas de desemprego persistam. Jovens sem boa qualificação profissional não vão conseguir ingressar no mercado de trabalho e funcionários mais velhos não apresentarão as exigências para os novos cargos que surgirão. A crescente polarização entre os salários altos e baixos implicará em uma desaceleração nos níveis de qualidade de vida desses países, com aumento dos encargos do governo e tensões sociais.
Para evitar que as previsões se concretizem, as nações ricas devem dobrar o ingresso de alunos no Ensino Superior e aumentar as graduações em áreas como Ciências e Engenharia, além de facilitar a imigração de trabalhadores altamente qualificados de outras partes do mundo.

Países em desenvolvimento
Brasil
:
Com a redução da força de trabalho no país, que crescia 2,5% ao ano na década passada e passará a crescer menos de 1% ao ano nos próximos anos, e a falta de profissionais altamente qualificados, o Brasil corre o risco de sofrer uma grave estagnação nos níveis de produtividade. Atualmente, apenas 7% dos trabalhadores brasileiros têm diploma universitário. Outras economias menos avançadas que a brasileira possuem uma proporção de trabalhadores com Ensino Superior bem mais elevada. É o que acontece com países como Chile (24%), Rússia (23%), Cazaquistão (18%) e África do Sul (9%)).

China: Apesar dos avanços significativos que o país continuará apresentando em educação, deve haver uma falta de 23 milhões de trabalhadores altamente qualificados no país. Isso pode causar uma desaceleração no desenvolvimento de uma indústria de bens de valor agregado e no aumento dos níveis de produtividade. Cerca de 20 milhões de indivíduos pouco qualificados devem ficar desempregados. Por outro lado, haverá um relativo equilíbrio entre oferta e demanda por trabalhadores com Ensino Médio completo.

Índia: O estudo estima que haverá mais trabalhadores altamente qualificados do que os que o país poderá empregar. Isso porque os avanços em educação superior estão crescendo mais rápido do que os econômicos. Contudo, deve haver falta de trabalhadores de formação mediana, cerca de 13 milhões, que seriam empregados nos setores manufatureiros, de comércio e serviços. A escassez desses trabalhadores já acontece hoje e se reflete no rápido crescimento de pessoas com instrução relativamente alta trabalhando na construção civil e mineração.
O que o governo deve fazer?
- Melhorar o ambiente de negócios, por meio de medidas como a redução da burocracia, dos custos e tempo para abrir e fechar empresa e de taxas de navegação. Pra se ter uma ideia, no Brasil uma empresa demora, em média, 119 dias para ser aberta. Na Malásia, o período costuma ser de apenas seis dias.

-Investir em inovação para reduzir os custos de produção e elevar níveis de produtividade.

-Facilitar a execução de projetos envolvendo a construção civil que, além de modernizar o país, emprega pessoas com instrução profissional mais baixa. Na última década, 24% da população chinesa e indiana estava empregada no setor. O estudo estima que, se a Índia acelerar os investimentos em construção civil, 3,6 milhões de empregos serão gerados ao ano.

Como as empresas podem ajudar?
Investir diretamente em Educação
A
demanda por mão de obra qualificada vai criar oportunidades para empresas que queiram atuar no setor. Atualmente, apenas 4,25% do PIB mundial é investido em educação. Empresas podem oferecer serviços em áreas não cobertas pelo Estado, como cursos de especialização.
Apostar nos funcionários mais velhos

Empresas podem se adaptar aos trabalhadores antigos para não perder sua experiência e conhecimento adquiridos durante os anos de serviço. No Japão, a Toyota possui um programa que recontrata cerca da metade dos funcionários aposentados, que passam a ter maior flexibilidade de horário e tarefas.

Investir na produtividade e capacitação dos funcionários
Cursos e atividades dentro das empresas aprimoram a capacidade intelectual dos funcionários e melhoram seu desempenho produtivo

Fonte:

terça-feira, 26 de junho de 2012

MACONHA X TABACO

MACONHA É MAIS NOCIVA QUE TABACO

Segundo estudo britânico, o baseado pode ser mais danoso que 20 cigarros inteiros.


Há quem duvide, mas a maconha é tão prejudicial à saúde quanto o tabaco. E, dependendo da quantidade consumida, até mais. Mas muita gente ainda acredita que a droga não causa tantos malefícios assim, como aponta a pesquisa feita recentemente pela Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês).

Eles ouviram cerca de mil pessoas e constataram que um terço dos entrevistados acredita que essa droga nem causa danos à saúde. Um resultado alarmante, de acordo com os médicos especialistas, já que a maconha causa câncer, danos à libido sexual e ainda pode antecipar uma esquizofrenia.

"Mesmo com todas as químicas usadas durante a produção do cigarro de tabaco, o de maconha ainda consegue ser mais danoso à nossa saúde, ainda mais se for considerada a quantidade que se fuma. O malefício de um baseado pode ser comparado com o dano provocado por um maço inteiro de cigarro comum", alerta o médico João Chequer, especialista em dependência química de álcool e outras drogas.

Quantidade
No cigarro de maconha, encontra-se cinco vezes mais monóxido de carbono e quatro vezes mais alcatrão, segundo o estudo levantado pelo BLF, do que no de tabaco. Além disso, ao se fumar a maconha, a inalação da fumaça é bem mais profunda, se comparada com a inalação do outro cigarro. Esse contato mais prolongado potencializa a intoxicação.

"Além de bronquite, tuberculose e câncer de pulmão, a maconha ainda pode atrofiar os testículos e os ovários, reduzir a libido e causar esterilidade masculina e feminina. Em casos mais extremos, até antecipar a esquizofrenia de quem tem tendência à doença", frisa Chequer.

Dados


Mesmo com todos esses riscos à saúde, o reconhecimento desses malefícios ainda é pequeno por parte da população. A mesma pesquisa feita pela BLF apontou que 88% dos entrevistados pensavam que o tabaco seria mais prejudicial que a maconha, sendo que é o oposto.

O desconhecimento ainda é maior entre os jovens, principalmente os que têm até 35 anos de idade. O estudo mostrou que 40% deles acreditam que maconha não faz mal algum ao organismo.



Os malefícios

Doenças do pulmão
Assim como o cigarro feito de tabaco, a maconha também causa câncer de pulmão, tuberculose e demais complicações respiratórias

Mais tóxico
O cigarro de maconha tem cinco vezes mais monóxido de carbono e quatro vezes mais alcatrão do que o cigarro de tabaco

Exposição ao uso
Além disso, uma tragada do cigarro de maconha mantém a fumaça por muito mais tempo preso no organismo em comparação à do cigarro comum

Quantidade
Por esse motivo, acredita-se que um cigarro de maconha tenha o mesmo grau tóxico que um maço inteiro, com 20 cigarros de tabaco

Esterilidade
Além de cancerígena, a maconha ainda pode causar esterilidade, principalmente nos homens. A droga também atrofia testículos e ovários, além de reduzir a libido

Esquizofrenia
O uso dessa droga também pode disparar a esquizofrenia em pessoas com tendência a ter a doença

Estudo de Londres
O desconhecimento dos malefícios da maconha foram apresentados pela Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês), que ouviu cerca de mil pessoas, em pesquisa recente

88% dos entrevistados disseram à Fundação Britânica do Pulmão que o tabaco é mais prejudicial.

40% com até 35 anos acreditam e defendem que a maconha não é prejudicial à saúde
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segunda-feira, 25 de junho de 2012

ESTÁ O PLANETA AQUECENDO?

ESTÁ O PLANETA AQUECENDO?
Escrevo esta crônica bem antes que a conferência Rio+20 tenha chegado a suas conclusões. Por isso mesmo, me limitarei a algumas considerações acerca de problemas que foram levantados e discutidos neste dias.

Confesso que há 40 anos ou mais, quando tomei conhecimentos da questão ecológica, achei que havia muito exagero em tudo aquilo, ainda que me faltassem maiores informações sobre o assunto.

Mas eu não estava de todo errado. Tanto que, com o passar dos anos, as teses ecológicas tornaram-se menos radicais, e eu, de minha parte, admiti que a defesa do meio ambiente é uma necessidade vital, para a qual todos devemos contribuir, de uma maneira ou de outra.

Quanto a isso, minha adesão é total. Como gosto de bichos, de gato a passarinho, onça, anta, macaco, jacaré, não poderia assistir indiferente à destruição das florestas, nem ao corte de árvores centenárias como as que têm sido postas abaixo por traficantes de madeira.

Tampouco podemos ser tolerantes com a queima de combustíveis altamente poluidores, que envenenam a atmosfera das cidades, especialmente de metrópoles como São Paulo e Rio.

Não resta dúvida de que essa quantidade excessiva de carbono, lançada por milhares de veículos, altera as condições atmosféricas locais.

O caminho certo é, evidentemente, reduzir ao máximo a emissão desses gases poluentes, substituindo os motores movidos a petróleo por outros, movidos a eletricidade. Não acredito que alguém, em sã consciência, se oponha a isso. A dificuldade, portanto, não está aí e, sim, na concretização de tais objetivos.

São problemas complexos, que envolvem dificuldades efetivas e interesses de tudo quanto é ordem, a começar pelos econômicos, que, por sua vez, têm implicações sociais nacionais e internacionais.

Para mover os trens e os metrôs, é necessário dispor de energia elétrica, que por sua vez implica na queima de combustíveis poluentes ou na construção de usinas hidrelétricas, que levam à inundação de vastas áreas de florestas.
Outras energias não poluentes, como a eólica e a solar, não terão tão cedo condições de suprir essas necessidades. A solução não é desistir delas, mas tampouco será a pregação alarmista, que ignora as dificuldades reais.

O crescimento sustentável tornou-se um tema fundamental da atualidade, como o demonstra, por exemplo, a realização da Rio+20, com a participação de representantes de mais de cem países. Não obstante, muitas das teses defendidas pelos ambientalistas são classificadas por especialistas no assunto como destituídas de fundamentos científicos.

Agora mesmo, 18 cientistas brasileiros, entre os quais estão físicos, geólogos e climatologistas, dirigiram à presidente Dilma uma carta afirmando que "as mudanças climáticas têm sido pautadas por motivações ideológicas, políticas, acadêmicas e econômicas restritas".

Tal atitude contraria "os princípios basilares da prática científica como também os interesses maiores das sociedades de todo o mundo, inclusive a brasileira".
Diz ainda o documento que não há evidências físicas da influência humana no clima do planeta, sendo portanto destituída de fundamento a afirmação de que a atividade industrial tem provocado o seu aquecimento.

Segundo a carta, "o relatório de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas registra que, no período de 1850-2000, as temperaturas aumentaram 0,74º C, e que, entre 1870 e 2000, os níveis do mar subiram 0,2 m".
Acrescenta que, nos últimos 12 mil anos, houve diversos períodos com temperaturas mais altas do que as de hoje e que o nível do mar chegou a subir três metros acima do atual.

Não se verifica, afirma o documento, qualquer aceleração anormal desses indicadores nos últimos 20 mil anos, uma vez que as variações observadas no período da industrialização se enquadram na faixa de oscilações naturais do clima, não podendo ser atribuídas ao uso de combustíveis fósseis ou a qualquer outro tipo de atividade vinculada ao desenvolvimento humano.

Acrescenta que, embora milhares de estudos científicos sobre o assunto tenham sido feitos e publicados, nenhuma repercussão tiveram na mídia.
Essa carta, por sua vez, tampouco teve a repercussão esperada.

Artigo escrito por: Ferreira Gullar, da Folha de São Paulo on line.

Fonte:

domingo, 24 de junho de 2012

ESCOLA PÚBLICA OU ESTATAL?

AS ESCOLAS NÃO SÃO PÚBLICAS. E PRIVATIZAR NÃO RESOLVE

Em VEJA desta semana, o colunista Gustavo Ioschpe escreve: 'Os melhores sistemas educacionais do mundo gastam basicamente o mesmo que nós e também têm a maioria de suas matrículas em escolas públicas, como nós. O que falta para iniciarmos a melhoria é demanda popular por uma educação de qualidade'

Quando escrevi sobre a inércia do sistema de educação pública brasileira, no mês passado, a turma da direita comentou que o problema não é simplesmente da área educacional, e sim do setor público como um todo. A única maneira de solucioná-lo seria deixar o problema nas mãos da iniciativa privada, que é mais competente, para que assim pudéssemos dar o salto educacional de que o país precisa. Já os esquerdistas viram no artigo mais uma confirmação de que eu, como peão subordinado aos interesses do capitalismo, estou armando o terreno para a defesa da privatização de todo o sistema de educação pública brasileira, como parte do malévolo plano de manter as classes baixas em sua secular ignorância e opressão.

Continuando na minha senda de alienar todos os interesses e grupos organizados, lamento informar que discordo de ambos. Deixo de lado os argumentos políticos, sobre a possibilidade de uma privatização em larga escala, e também os ideológico-patrióticos, sobre a desejabilidade dessa iniciativa, para falar apenas das questões técnicas: não acredito que a privatização do sistema educacional teria impactos significativos sobre a qualidade do ensino.

Porque a minha análise do problema educacional brasileiro é que já temos, em linhas gerais (sempre há sobras e excessos em um país enorme e descentralizado como o nosso), tanto o financiamento quanto o arcabouço institucional para dispormos de uma educação de qualidade. Os melhores sistemas educacionais do mundo gastam basicamente o mesmo que nós e também têm a maioria de suas matrículas em escolas públicas, como nós. O que falta para iniciarmos a melhoria é demanda popular por uma educação de qualidade. Sua ausência gera falta de ação da classe política, dos gestores de escolas e dos professores.

Ter uma boa rede de escolas dá trabalho. Muito trabalho. Constante e ao longo de muitos anos. Os professores vão precisar trabalhar mais, as universidades vão precisar reformular seus cursos e cobrar resultados dos alunos de pedagogia e licenciaturas, os diretores terão de liderar, monitorar e prestar contas, as secretarias de educação precisarão estar em cima de suas redes, os alunos terão de estudar e ler mais e os pais precisarão se engajar mais com as escolas de seus filhos e com seu estudo em casa. E isso só acontece quando há vontade de todos. Muita vontade, muita cobrança. E, ainda que eu defenda intransigentemente o direito do pai com recursos de matricular seu filho onde bem entenda, é preciso reconhecer que privatizar o sistema não vai gerar essa cobrança de que precisamos.

Uma escola privada de massas precisaria ser financiada pelo governo, já que a maioria dos pais não teria recursos para custear a escola e o sistema bancário é ineficiente na concessão de créditos a alunos de educação básica. O governo pode transferir o dinheiro diretamente aos donos das escolas, como se faz em muitos países europeus e nas escolas charter americanas, ou aos pais dos alunos, através de vouchers, como é ou foi feito no Chile, em alguns estados americanos, na Nova Zelândia e na Colômbia.

Ora, se o dinheiro não vem do bolso do pai, e se esse pai vai continuar tão ignorante sobre como avaliar uma educação de qualidade quanto antes, por que imaginar que ele vai se engajar pela educação do filho de maneira diferente daquela que faz hoje? E, se o dono da escola sabe que poderá continuar engabelando sua clientela da mesma maneira que políticos, diretores e professores o fazem hoje, por que haveria de se esforçar para dar uma educação de ponta? Não faria muito sentido.

A experiência confirma a lógica. O resumo das pesquisas é que o aprendizado dos alunos das escolas charter não difere do daqueles matriculados em escolas públicas tradicionais. Os pais de alunos que estudam nessas escolas, onde há uma loteria para sortear vagas, estão mais satisfeitos com a educação dos filhos do que os pais dos alunos que tiveram de colocar seus filhos nas escolas públicas, mesmo quando o aprendizado das crianças nos dois tipos de escola é indistinguível. Parece, portanto, que o simples fato de ganhar na loteria e conseguir colocar o filho em uma escola privada já gera contentamento. Não apenas não há diferença de qualidade, como a escola charter deixa o pai ainda mais acomodado do que antes, na ilusão de que seus problemas acabaram por ter colocado seu filho em escola privada. Um sistema semelhante no Brasil seria ainda mais desastroso. Outro estudo mostra que não há ganhos permanentes de disciplina ou motivação do aluno que passa por uma escola charter: se ele retorna para uma escola pública, passa a ter os mesmos problemas de comportamento e absenteísmo.

O sistema de vouchers foi mais estudado no Chile. O regime de Pinochet manteve as escolas públicas e privadas, e adicionou a elas um híbrido, a chamada escuela subvencionada, uma escola privada financiada através de vouchers do poder público. Estudos que levaram em conta o nível socioeconômico dos alunos mostraram que a diferença entre as escolas era explicável pelo status dos pais, não pelo fato de ser pública ou privada. Outro estudo mostrou que os vouchers haviam simplesmente mudado a distribuição dos alunos nas escolas: como as escuelas subvencionadas podiam aplicar testes de seleção e, a partir da década de 90, cobrar uma "ajuda de custo" dos pais, o que elas fizeram foi retirar das escolas públicas os alunos mais capacitados e mais ambiciosos. Para o país como um todo, o efeito foi nulo. Quanto aos pais, viu-se que o mais importante na escolha da escola do filho era a distância de casa, não a qualidade ou a proposta pedagógica. (A íntegra dos estudos está em twitter.com/gioschpe.)

Toda essa discussão, no fundo, é irrelevante, porque as escolas brasileiras não são privatizáveis. Por uma questão conceitual. Porque só pode ser privatizado algo que é público, e as escolas brasileiras não são públicas, se por público entendemos "relativo ou pertencente a um povo, a uma coletividade" (Houaiss). As escolas ditas públicas no Brasil são, em alguns casos, escolas estatais, que estão lá para servir os desígnios dos ocupantes do poder político. Na maioria dos casos, são escolas corporativas, cuja função principal é defender os interesses de seus professores e funcionários. Apenas em raros casos é que elas estão focadas nos interesses de seu alunado, seu público.

Privatizar a escola brasileira não resolve. O que precisamos fazer é torná-la efetivamente pública, de modo que ela passe a atender às necessidades do país e dos alunos que a frequentam. Precisamos parar de pensar nossa educação em termos ideológicos ou mágicos, acreditando em balas de prata, planos nacionais, cláusulas de financiamento ou outras soluções mirabolantes. Não há decreto que resolva. A máquina é complexa e cheia de enguiços. Ou arregaçamos as mangas e mexemos nas engrenagens defeituosas, ou continuaremos nos lamentando.

Fonte:

sábado, 23 de junho de 2012

PROPOSTAS DA CNA NA RIO + 20

Prezados: pensar e discutir a preservação ambiental sem levar em conta o ser humano em sua integralidade é inócuo. Não se deve pensar num planeta sem pessoas, sem gente.

Sim, alguns que se dizem preservacionistas colocam o ser humano como um exterminador do futuro. Concordo que nós humanos, precisamos de mais ações ambientalmente corretas, mas é pura bobagem decretar o fim do mundo pela espécie humana. Ao contrário disso, nossa espécie é a única dentre os vivos neste planeta que pode e deve usar a racionalidade justamente em prol de ações práticas que visem o uso sustentável dos recursos naturais para que o planeta tenha condições de suportar todos os tipos de vida, inclusive a vida humana. Percebo que usar os recursos do planeta de forma sustentável tem sido pauta de debates entre as diversas Instituições mundo afora.

A Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) participou da “Rio+20″ e entregou ao governo brasileiro e aos chefes de estado presentes à conferência, propostas, em escala mundial, de ações sustentáveis.  Todas as propostas da CNA teve o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e da Agência Nacional de Águas (ANA). Destaco a parte inicial do documento: "meio ambiente é ciência e compromisso - e não ideologia"... Abaixo o texto.

Por: Neemias Alvarenga.


PROPOSTAS DA CNA PARA OS CHEFES DE ESTADO E PARA A CONFERÊNCIA “RIO + 20″


Dentro do princípio de que meio ambiente é ciência e compromisso - e não ideologia -, a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) traz a esta Conferência as propostas a seguir relacionadas, no intuito de contribuir para a riqueza e objetividade do presente debate.


O setor rural — que tem na natureza sua fonte de sustento e conhecimento - vem respondendo com rapidez e eficiência às demandas contemporâneas por desenvolvimento sustentável.
Por isso, a partir do Documento de Posição do Setor Agropecuário, hoje divulgado, sente-se no dever de encaminhar ao exame dos Chefes de Estado, que conferem dimensão histórica a esta “Rio + 20″, a presente contribuição.


1. AMAZÔNIA
Só a tecnologia pode garantir o desmatamento zero na Amazônia. Grande parte do que até aqui ocorreu na região decorre da precariedade de meios que ainda predomina. Com baixa rentabilidade do sistema produtivo, que impede a aquisição de tecnologia, esse quadro tende a se perpetuar, mantendo tensão constante entre produção e floresta. A situação afeta, sobretudo, os pequenos e médios produtores rurais.


2. SERVIÇOS AMBIENTAIS
O passivo ambiental é fruto do descaso e despreparo das gerações que nos precederam e nos legaram os desafios presentes. Não é justo que esta geração arque sozinha com uma conta histórica, impagável de uma só vez. Portanto, os governos precisam encontrar mecanismos de atenuar os custos presentes, diluindo-os no tempo.
Os países ricos foram beneficiários do desenvolvimento sem as regras e amarras que hoje pesam sobre os países de desenvolvimento tardio. É justo que contribuam pelos benefícios ambientais que recebem gratuitamente desses países.


3. REDUÇÃO DE EMISSÕES
A CNA está lançando uma ferramenta eletrônica para dar suporte ao processo de remuneração do produtor rural pela redução de emissões de carbono e gases de efeito estufa. Trata-se da organização do Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE), contribuição valiosa para a defesa do meio ambiente. Propicia justa remuneração aos que o preservam e um mecanismo de compensação para aqueles que não podem, no curto prazo, reduzir suas emissões.


4. APP GLOBAL
A CNA, Embrapa e a Agência Nacional de Águas (ANA) lançaram proposta de universalizar o princípio da Área de Proteção Permanente (APP) nas nascentes, margens de rios e áreas de recarga de aquíferos subterrâneos, como forma de proteger a integridade dos cursos d’água. No Brasil, APP é lei. Sendo um conceito universal, benéfico aos rios de todo o planeta, deve ser estudado e aplicado conforme as peculiaridades de cada país.


5. FUNDOS PARA TERRA DEGRADADA
Nenhum produtor é inimigo de sua própria terra. Degradação é fruto da pobreza. É a tecnologia que gera a prosperidade. Daí a necessidade de integrar ecologia à economia, sem transformar a defesa ambiental num tribunal. A prioridade não pode ser punir, mas instruir e viabilizar a recomposição, por meio de pesquisa, financiamento e incentivos ao uso de tecnologia.


6. EXTENSÃO RURAL
Os insumos tecnológicos agropecuários precisam ser democraticamente disseminados. Essa é a grande revolução agrícola que a humanidade carece: a distribuição do conhecimento, fonte maior da prosperidade e justiça social.


7. ASSIMETRIAS
É preciso reduzir as assimetrias de regulamentação ambiental entre as nações, sem ferir o princípio da soberania. Para isso, fazem-se necessárias conferências internacionais como esta, com efetivo apoio dos governos.

REVOLUÇÃO EDUCACIONAL

PRECISAMOS DE UMA REVOLUÇÃO EDUCACIONAL

* POR DAGMAR GARROUX

Hoje em dia, muito se fala em sustentabilidade de países, cidades, comunidades. Preocupação com o meio ambiente, salvar o Planeta, atitudes ecologicamente corretas.

Tudo isso é muito importante, sim. Entretanto, muitos se esquecem do principal, no meio de todas essas questões e atitudes.

Se não houver uma preocupação com a educação, para que as pessoas entendam o que está errado e como podem contribuir para que toda essa situação possa ser revertida, nada vai acontecer.

E o governo tem o poder na mão para fazer essa transformação, investindo na educação.

Precisamos fazer uma revolução educacional. Precisamos investir em educação, entendendo que conhecimento é a compreensão da realidade e surge de um esforço de investigação para descobrir o que não está compreendido ainda.

Entendendo que conhecimento não é compreender a realidade retendo informações, mas compartilhá-las para descobrir o novo e avançar rumo a um mundo melhor, porque, quanto mais competente for o entendimento do mundo, melhores serão as ações para transformá-lo.

Quando temos paixão pela vida e por aquilo que fazemos, conseguimos ter competência, ser referência para outras pessoas e ter força para formar multiplicadores. E só assim garantir a sustentabilidade de um projeto, de uma comunidade, de uma ação, enfim do nosso Planeta, que é a nossa casa.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. A educação tem sentido quando caminha para o desenvolvimento humano, contribui para a formação da consciência do ser humano, dos jovens, das crianças.

Consciência da nossa identidade sistêmica (biológica, psíquica, cultural, social, histórica), comum a todos os seres humanos. A consciência de que moramos todos na mesma casa (o Planeta Terra) e de que temos que arrumar nossa casa.

Somos a única espécie que não faz falta para o Planeta, para a teia da vida. Não podemos mais pensar em raças (as raças são para animais).

Precisamos identificar a complexidade da natureza humana, que atualmente está totalmente desintegrada na educação. E situar nossa natureza no universo, e não separá-la dele.

Também é essencial trabalhar a educação para a compreensão, em todos os sentidos: entre seres humanos, entre países, compreensão do universo, dos fenômenos naturais e da própria educação como meio de transformar toda a situação do Planeta.

Precisamos trabalhar a alfabetização ecológica, para poder trabalhar o meio ambiente e a sustentabilidade.
Um país que não investe nos jovens, e para quem os jovens são problema e não solução, está, ele sim, com graves problemas.

A escola de hoje é primitiva. E, com essa escola, qualquer projeto de sustentabilidade não vai caminhar. É preciso investir mais na educação, na multiplicação do conhecimento (que é diferente da informação).

A informação é passageira. Não podemos esquecer o ser humano para conseguir conquistar a sustentabilidade.

Promover a inteligência geral das pessoas, utilizar os conhecimentos existentes, identificando os erros para poder corrigi-los, formando os jovens como multiplicadores de sustentabilidade: prover o melhor para as pessoas e para o mundo, tanto agora como para o futuro.

Quem age assim cria uma onda que se propaga ao seu redor e provoca novas mudanças em outras pessoas que, por sua vez, geram ondas em torno de si em uma pirâmide do bem que se espalhará por toda a sociedade.

E tudo que é do bem tem amor. Sem amor nada tem sentido, sem amor estamos perdidos, sem amor corremos de novo o risco de estar caminhando de costas para a luz.

Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez, o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência, à solidariedade e à gratidão.

O silêncio de uma folha que cai, de pássaros cantando nas árvores, não deveriam ficar sem ser ouvidos. As flores e as estrelas deveriam ter conexão com o coração. Rio correndo, água nascendo da terra, vento nas folhas. Barulho do sol esquentando, brilho do sol iluminando, lua, estrelas.
A riqueza do saber ouvir, sentir, escutar, falar. O respeito pelo saber do outro.

Educar é, antes de tudo, um ato de amor. É deixar derramar o coração. É facilitar a descoberta das múltiplas e infinitas relações, o que é, em última análise, descobrir o amor, a interdependência entre todos os seres e todas as coisas.

Ao amor não damos ordens, não podemos comandá-lo. Quanto mais colocamos amor no ato de educar, menos ele se torna uma obrigação.
O amor é quieto, não faz barulho, desperta valores como a beleza, a verdade, a harmonia, o respeito ao universo e sua organização.

Esta é uma conquista de dentro para fora, e não algo imposto. Os valores brotarão como algo interiorizado, inerente à pessoa, uma vez que serão despertados pela consciência do que somos e da nossa relação com o universo.

* Dagmar Rivieri Garroux, pedadoga, é fundadora da Associação Educacional e Assistencial Casa do Zezinho (www.casadozezinho.org.br)

Fonte:

sexta-feira, 22 de junho de 2012

RIO MAIS VINTE É IGUAL A ZERO


Às vésperas da conferência Rio-92, 20 anos atrás, o secretário-geral da Cúpula da Terra, Maurice Strong, sentenciou: “Esta é a nossa última chance de salvar o planeta.” Agora, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, avisa que a Rio + 20 é a “única oportunidade” de garantir um futuro sustentável. Do jeito que as coisas vão, a Rio + 40 será a última oportunidade de salvar o mundo dos ecoburocratas, que estão cada vez mais contagiosos e letais.

Os negociadores dos mais de 130 países representados na conferência estão preocupados. Vários deles já disseram que a grande questão a ser decidida na Rio + 20 é quem vai financiar o desenvolvimento sustentável, com quanto dinheiro. E que não há acordo à vista sobre isso. Talvez seja necessário responder a outra questão antes dessa: quem vai nos salvar dessas festas ecológicas milionárias que não decidem nada? Quem vai dar um basta nesses banquetes insustentáveis que discutem sustentabilidade?

Ninguém segura a patrulha da bondade e seu alegre circo do apocalipse. No picadeiro da salvação sempre cabe mais um. É aquela oportunidade valiosa para os ativistas de si mesmos descolarem mais um flash por um mundo melhor. O oportunismo é verde. Cientistas políticos gritam que o tempo está se esgotando, artistas buscam sofregamente algum bordão conceitual, mesmo que se atrapalhem um pouquinho – como na célebre frase de uma cantora de MPB em momento ético: “O problema do Brasil é a falta de impunidade”.

Enquanto a feira de lugares-comuns e o show de auto-ajuda planetária evoluem na avenida, o mundo piora. A crise nascida na Europa veio mostrar que a farra estatal é boa, mas um dia a conta chega. Com a licença dos ecologistas: pode ser a última chance de se descobrir que não é o Estado que sustenta a sociedade, mas o contrário. E que não existe Estado forte com sociedade fraca. Pois é nesse momento de alerta contra os governos perdulários que se monta o colossal almoço grátis da Rio + 20. Um banquete para discutir o desperdício. Haja sustentabilidade.

O que quer a faminta burocracia verde, com seus sábios fashion de bolinha vermelha na testa e seus relatórios sobre o fim do mundo? Quer a Bolsa Ecologia. Quer mais dinheiro do contribuinte para mais relatórios, mais comissões, mais mesadas para ONGs, mais conferências coloridas e animadas. Enquanto isso, a vida real vai muito bem, obrigado, para monstros como a usina hidrelétrica de Belo Monte – uma estupidez ecológica, uma aberração econômica e um monumento ao desperdício estatal. O custo cada vez mais insustentável da energia nuclear também não é problema para os abastados anfitriões da Rio + 20, como indica a construção de Angra 3 – cujo lixo radioativo tem garantia até a Rio + 2020. Passaporte para o futuro é isso aí.

Duas décadas de sustentabilidade conceitual não chatearam os vilões reais. Na Rio-92 foram assinadas as Convenções de Biodiversidade e do Clima. A primeira instituiu o direito das populações tradicionais sobre o patrimônio genético de suas terras. Enquanto a biotecnologia progride, os povos da maior floresta tropical da Terra continuam a ver navios no Rio Amazonas. Os royalties que conhecem de fato são os do contrabando de madeira – porque infelizmente não podem se alimentar de convenções. Já a Convenção do Clima gerou o que se sabe: uma sucessão de protocolos sobre redução das emissões de gás carbônico. Cada um é mais severo que o anterior, devidamente descumprido. Com novos prazos de carência, as metas vão ficando mais ambiciosas, numa espécie de pacto com o nunca.

E aí está a patrulha da bondade em mais uma conferência planetária, reunindo os melhores especialistas internacionais em sustentabilidade e sexo dos anjos. Eles vão dizer que o mundo vai acabar e a culpa é sua. Vão mandar você deixar seu carro na garagem e tomar banho rápido. Não vão falar em controle populacional, porque isso é de direita. Eles são progressistas, sociais, amam cada um dos 7 bilhões de habitantes da Terra, que serão 10 bilhões até o fim deste século, todos muito bem-vindos.

O problema, claro, é do capitalismo individualista, cheio de egoístas que demoram no banho. Serão precisos muitos banquetes ecológicos para mudar essa mentalidade.

Fonte:

quarta-feira, 20 de junho de 2012

APRESENTAÇÃO DO YVO/7°B


Abaixo um vídeo com a apresentação do aluno YVO, do 7° B, da EMEF DORA ARNIZAUT SILVARES, São Mateus, ES. O tema de sua apresentação foi:

PLATELMINTOS E NEMATÓDEOS.

Com carinho, professor Neemias.



terça-feira, 19 de junho de 2012

BRASILEIROS INVESTEM EM EDUCAÇÃO

INVESTIMENTO DOS BRASILEIROS NA EDUCAÇÃO DEVE CHEGAR A R$ 49,55 BILHÕES.

Os brasileiros estão percebendo que apostar na educação é um dos melhores investimentos a curto e longo prazo e fundamental para se destacar no mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), o brasileiro vai gastar este ano R$ 49,55 bilhões com educação básica e superior, ou seja, 13,5% a mais em comparação com 2011. O aumento no gasto com educação demonstra que as próximas gerações serão mais preparadas para alavancar o desenvolvimento do país e equiparar-se às nações desenvolvidas que acreditam que a educação é a base para profissionais bem qualificados.

Os dados do Ibope indicam que o gasto per capita atingirá R$ 303,92, superior ao do ano passado, de R$ 267,68. Segundo o Instituto, a classe B, responsável por 24,45% dos domicílios urbanos, é a que apresenta maior potencial de consumo no segmento: 58,26%. %. A classe C, com 52,38% dos domicílios em áreas urbanas, responde por 18,67% do potencial de consumo da categoria, enquanto a classe A, com 2,6% dos domicílios, tem potencial de 21,55%. A classe DE, responsável por 20,58% dos domicílios, tem 1,53%. 

A pesquisa apontou que o Sudeste tem o maior potencial de consumo, com 56,85%, seguido do Sul e do Nordeste, com 15,32% e 14,86%, respectivamente. O Centro-Oeste tem um potencial de 8,31% e o Norte, de 4,66%. Com relação ao consumo per capita, a estimativa de gasto no Sudeste é de R$ 373,07 por ano, seguido do Sul (R$ 323,48) e do Centro-Oeste (R$ 322,87). A região Norte aparece com um consumo de R$ 192,88 e o Nordeste, com R$ 187,18.

domingo, 17 de junho de 2012

PESQUISADORA BRASILEIRA DESENVOLVE VACINA CONTRA A ESQUISTOSSOMOSE

Eta nóis, hein! É fato que o campo de produção de pesquisa no Brasil, comparado aos países de ponta, ainda é tímido. Mas é fato também, que há trabalhos sérios e que merecem destaque em nosso país. Abaixo, um texto que deveria ser noticiado e ganhar todas as manchetes possíveis para se tornar conhecido da população.

Por: Neemias Alvarenga.


ELA DESENVOLVEU A PRIMEIRA VACINA BRASILEIRA

Cabe a uma pesquisadora brasileira o mérito de ter desenvolvido a primeira vacina do mundo contra a esquistossomose, segunda doença endêmica do planeta entre aquelas que são causadas por parasitas – no Brasil, ela atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas. A pesquisadora pioneira chama-se MIRIAM TENDLER e trabalha como epidemiologista no Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O seu trabalho, em suas próprias palavras à ISTOÉ, divide a ciência no Brasil entre passado e futuro: “Nosso país sempre esteve no centro das pesquisas ligadas à produção de vacinas, mas de maneira muito cruel. Nossa contribuição era a de ter as doenças.” A viabilidade econômica de seu projeto foi garantida com o estabelecimento de uma Parceria Público-Privada entre a Fiocruz e um grupo nacional do setor agropecuário interessado no desenvolvimento da vacina animal derivada da mesma proteína-base (a Sm14). A versão humana acaba de ser testada com sucesso em sua etapa clínica preliminar.

Fonte:

sábado, 16 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

VACINAS PARA ADULTOS

SETE VACINAS QUE OS ADULTOS PRECISAM TOMAR
Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta.

O Dia da Imunização, 9 de junho, serve para lembrar que não são apenas as crianças que devem estar com a carterinha em dia. Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano
A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.
Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.

Vacina contra a hepatite B
A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.

Pneumo 23 - Pneumonia
O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon.

Vacina contra o influenza (gripe)
A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.

HPV
A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu.

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