LOGAN

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O FILHOTE

sábado, 24 de outubro de 2015

CARTA DE AGRADECIMENTO AOS MEUS ALUNOS DA EMEF DORA

Prezados (as) alunos (as) vitoriosos (as), valentes, persistentes, amigos (as), bom dia.

Vocês foram à razão do sucesso da I FECIMA. Independente de ter recebido premiação (isso importa menos),  vocês foram demais. Participaram ativamente de cada etapa. Alguns desistiram no caminho. Mas vocês estão concluindo com êxito. Ainda não terminamos. Vamos aproveitar o clima de euforia e vamos realizar mais algumas outras apresentações.

Dia 26/10, próxima segunda, faremos uma apresentação na EMEF JPB, para alunos (as) da EJA. Está escalado o Ernany, o Jean, a Suellen e a Karoline, das 19:00 às 21:00 horas.

Tenho vontade ainda de apresentar nos seguintes locais:
►EMEF Dora (a diretora Rosanni sugeriu no dia da consciência negra - 21/11);
►Na pracinha da rodoviária centro de São Mateus/ES;
►Na UFES, campus São Mateus, ES, para os (as)  alunos (as) de graduação em Biologia.

Farei revezamento de alunos (as) para que a maioria de vocês possam ter a oportunidade de apresentar. Para o dia da consciência negra estão escaladas: a Luana, a Victória Campos, a Victória Beatriz e a Stefanny.

Lembrem-se da entrega da 3ª pesquisa bibliográfica e do relatório final. Só após as apresentações e entrega do relatório final poderemos dar por encerrado nosso projeto.

Abraços e muito OBRIGADO POR TUDO. SUCESSO A TODOS (as).

Com carinho, Neemias. 


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

ENTREGA DE MEDALHAS I FECIMA

Abaixo, fotos da entrega das medalhas aos meus alunos que participaram da I Feira de Ciências Municipal de São Mateus-ES.

Aplausos ao aluno Ernany Rosa Pereira – 8º A

Aplausos à aluna Suellen Costa Cunha – 7ª A

Aplausos à aluna Karoline Batista Pereira de Araújo – 8º A.

Aplausos aos demais alunos (as), independente de terem sido ou não contemplados (as)  com medalhas. Todos (as) são merecedores (as) de aplausos.

Grato aos demais alunos (as) que contribuíram com as atividades do projeto.

Abraços, Neemias.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

2º DIA FECIMA

Fotos e nomes de alguns projetos.

                                             EMEF Dora
Projeto: Educação ambiental, ensino de ciências e biologia através de atividades em espaços não  formais








EMEF Dora
Projeto: Oficina de recicláveis e uso do solo

 




EMEF Guriri
Projeto: Escola Sustentável




                                   Centro Sócio Cultural Ambiental José Bahia
                                                Projeto: Mata Ciliar




                                     EMEF João Pinto Bandeira
                                        Projeto: Horta na escola


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

1ª DIA FECIMA

Fotos abaixo do 1º dia de apresentações na I Feira de Ciências Mateense (FECIMA). Os alunos estão identificados abaixo:

Ernany Rosa Pereira / 8º A;
Karoline Batista Pereira de Araújo / 8º A;
Suellen Costa Cunha / 7º A.

O aluno e as alunas estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dora Arnizaut Silvares, município de São Mateus-ES.

Há outros trabalhos de outras escolas municipais e estaduais, além de alunos (as) do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), campus de São Mateus-ES.


A FECIMA tem apoio da Secretaria Municipal de Educação, do IFES e da Universidade Federal do ES (UFES), campus de São Mateus.



















domingo, 18 de outubro de 2015

REÚSO DA ÁGUA

REÚSO, A TÉCNICA QUE PODERIA DIMINUIR O CONSUMO DE ÁGUA EM 50%

 

A crise hídrica está longe de acabar, e o Brasil precisa avançar na adoção do reúso – que permite levar ″a água da privada de volta para a torneira″.


Nos últimos meses, o assunto murchou, por assim dizer, nas conversas do dia a dia. Mas o problema da crise hídrica, especialmente em São Paulo, está longe de ser resolvido. As chuvas que caíram na última semana na capital paulista não alteraram o quadro alarmante. Até agosto de 2014, o nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estava em 23,5%. Hoje, chega a no máximo 21,1%. Responsável pelo atendimento de 5 milhões de pessoas, o Sistema Alto Tietê atingiu em agosto o nível mais baixo desde 2003, de 13,8%. No último dia 3 de setembro, o volume útil do maior reservatório que abastece o Estado do Rio de Janeiro, o de Paraibuna, chegou a 0,83%. Um ano atrás, estava em 11%. A conclusão é - para usar um termo incontornável - cristalina: não há como deixar de economizar água.

O aproveitamento da chuva para irrigar jardins ou limpar áreas comuns reduz o consumo em 26%. A instalação de hidrômetros individuais derruba o valor da conta de água em até 56%. Contudo, independentemente dessas estratégias, é imperioso lançar mão de outro recurso: o reúso. É verdade que, a partir da crise, foi disseminada a prática de reutilização da água do banho e da máquina de lavar para alguns fins específicos, como a descarga sanitária. No entanto, uma vez derramada na rede de esgoto, o entendimento é que aquela água havia se tornado inaproveitável. Nada mais equivocado. Com o tratamento adequado do esgoto, um estabelecimento comercial de grande porte, como um shopping center, pode reaproveitar tão bem a água que o consumo tenderá a cair até 50%.

O reúso é largamente empregado, por exemplo no Estado americano da Califórnia, onde a escassez abriu a possibilidade de levar água "da privada para a torneira", como os técnicos costumam dizer. De acordo com a legislação local, é permitida a chamada potabilização indireta. Funciona da seguinte maneira: a água tratada é misturada com a das bacias subterrâneas e depois passa para o sistema de abastecimento comum. "Escutamos pessoas dizendo que não querem beber água da privada. Depois de passar por três estágios de purificação, porém, ela sai mais limpa do que a água que não é de reúso e chega a sua casa", comparou o americano Henry Vaux, professor de economia dos recursos da Universidade da Califórnia. Para motivar a população, Bill Gates, fundador da Microsoft, o homem mais rico do mundo, gravou um vídeo no qual aparece bebendo água produzida em uma estação de tratamento de esgoto. A Fundação Bill & Melinda Gates pretende distribuir miniusinas de tratamento por toda a África.

Em dezembro do ano passado, um projeto enviado à Sabesp pelo professor de hidrologia Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo, defendeu o tratamento de esgoto para solucionar a crise hídrica - e, de quebra, despoluir os rios. Com previsão para entrar em operação daqui a dez anos, ao custo de 3 bilhões de reais, o sistema abasteceria 3,5 milhões de pessoas. De qualquer forma, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, no Brasil as ações em torno do reúso de água não levam em conta a possibilidade de consumo. O emprego aqui é mais comum em processos industriais, geração de energia, irrigação, jardinagem, limpeza etc. Diferentemente do que se observa na Califórnia, a legislação brasileira não deixa claro o que é permitido ou não nessa frente. De acordo com o advogado Vinicius Vargas, do escritório Barros Pimentel, a lei de saneamento fala sobre água potável, mas não sobre reciclagem. "O saneamento é um serviço público e por isso deve ser especificado em lei para que os agentes possam seguir a mesma fórmula", explica ele.

Segundo o engenheiro hídrico Thiago de Oliveira, da fornecedora de água de reúso General Water, a prática, na realidade, já existe no país - "Só não é assumida". Oliveira afirma que um exemplo claro disso é a Represa Guarapiranga, na região metropolitana de São Paulo, rodeada por esgotos irregulares. "Pouco se fala sobre ela, mas 15% do nível da represa é o próprio esgoto voltando para o tratamento", garante. O engenheiro diz também que a General Water já produziu água potável. "Nos nossos testes, tivemos o mesmo nível de pureza da água que é distribuída para consumo." Desde o início da crise, a empresa viu a procura pelo seu serviço crescer 100% e teve 30% de aumento no número de clientes. Entre eles, há até um centro administrativo que, com reúso de água e poços artesianos, se tornou totalmente independente da rede pública. A Aquapolo, parceria entre a Odebrecht e a Sabesp, fornecedora do mesmo serviço, abastece o polo petroquímico da região do ABC Paulista, produzindo um volume equivalente ao necessário para o consumo de uma cidade de 500
000 habitantes. Com isso, as empresas da área de Mauá economizam 50% do valor que pagavam antes por água potável.

Para Thiago de Oliveira, aceitar estações de tratamento de esgoto "é adotar um novo modo, mais consciente, de lidar com os recursos hídricos". Ele observa que o modelo atual mantém a mentalidade no Império Romano, quando se construíam extensos aquedutos para buscar abastecimento em lugares distantes com nascentes puras. O cenário do momento, entretanto, argumenta Oliveira, "pede que a nossa política para o meio ambiente se espelhe no exemplo de Londres, onde o Rio Tâmisa, cuja despoluição levou 150 anos, hoje é povoado por 125 espécies de peixe e voltou a receber os esportes náuticos".

Curiosamente, ao mesmo tempo em que, no Brasil, é grande a resistência à reutilização de água, a reciclagem do lixo já faz parte das políticas públicas. Segundo Gabriela Yamaguchi, gerente de campanhas do instituto ambiental Akatu, "a água está em outro capítulo da cultura do brasileiro; a reciclagem ficou restrita à categoria das embalagens, por exemplo". E conclui: "Pelo menos, ao reciclá-las, também estamos economizando água". Diante dos números da crise hídrica atual, será prudente não demorar a entrar de vez no próximo capítulo.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ESTIAGEM EM NOSSA REGIÃO

Prezados:

Estando certo as previsões climáticas para o restante do ano, teremos um período de estiagem em nossa região que poderá durar até dezembro/2015. Com as duas marés altas que ainda invadirão a água do rio São Mateus, poderemos ter novos problemas com a captação e distribuição da água no município. Infelizmente. Abaixo um texto pequeno sobre a situação climática no país. Neemias.



AS CHUVAS FORTES NO SUL CONTINUAM ATÉ DEZEMBRO. A CULPA É DO EL NIÑO


Além de calor no Sudeste e seca na Amazônia, o fenômeno El Niño provoca muita chuva no Sul do país.


Só no Rio Grande do Sul, mais de 50 cidades foram afetadas por fortes chuvas nos últimos meses, que atingiram quase 25 mil pessoas. Muitas estão desalojados, outras viram a água destruir suas casas ou pertences. O cenário se repete também em Santa Catarina e no Paraná. As chuvas resolveram castigar o Sul do Brasil. Por que está chovendo tanto, e tão forte na região? Pode colocar a culpa no El Niño.

Segundo a meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, o El Niño se formou por volta de abril deste ano, e começou a influenciar as chuvas na região Sul a partir de julho. E vamos ter que conviver com ele durante o ano todo. "A tendência é que as chuvas continuem volumosas por toda a primavera".

O El Niño é um fenômeno natural que acontece quando a superfície do mar perto do Chile e do Peru fica mais quente. Nesses países, ele provoca chuvas na época do Natal, e por isso ganhou o nome de "niño", uma referência ao "menino Jesus". Mas esse fenômeno interfere no clima de muitas partes do mundo. No Brasil, significa seca na Amazônia, no Nordeste e calor acima da média no Sudeste. E, na região Sul, chuvas.

Não é pouca chuva. Em julho, por exemplo, a quantidade normal de chuva em Porto Alegre é de 120 mm. Este ano, choveu 309 mm. Em setembro, a faixa leste do Rio Grande do Sul viu um aumento de cerca de 30% nas chuvas e, só nas duas primeiras semanas de outubro, já choveu 50 mm a mais do que a média do mês. "Os modelos indicam que o El Niño segue até abril do próximo ano. Para o Sul, a anomalia de chuva deve durar até dezembro, depois volta o comportamento normal", diz Bianca.

Enquanto dezembro não chega, é bom que a população de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná se prepare. Já a partir desta quinta-feira (15) áreas de instabilidade se formam na região, gerando novas tempestades. A culpa pelas chuvas pode ser do El Niño, mas a responsabilidade é das autoridades, que precisam estar preparadas para atender a população e pensar em políticas de prevenção e adaptação a eventos climáticos extremos.

Fonte:


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

LONGEVIDADE DAS ANÊMONAS

CIENTISTAS INVESTIGAM CRIATURA QUE PODE DESVENDAR CHAVE PARA A IMORTALIDADE


Anêmonas-do-mar são facilmente avistadas no litoral de muitas cidades.

Anêmonas-do-mar são facilmente avistadas no litoral de muitas cidades, mas apesar de sua aparência colorida e brilhante, elas têm um ancestral comum com os humanos. Mas não é por essa característica que esses animais marinhos vêm atraindo a atenção da comunidade científica. Pesquisadores estão estudando se as anêmonas-do-mar podem guardar o segredo da vida eterna. A especialista britânica em meio ambiente Mary Colwell comenta por quê.

A bruxa do conto de fadas Branca de Neve tornou-se famosa pela pergunta retórica: "Espelho meu espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?" Mas seu sonho da juventude eterna é ilusório - na medida em que os anos passam, o corpo humano perde o viço dado que as células sofrem mutação e morrem. Perdemos audição, mobilidade, agilidade mental, massa muscular e cerebral.

A Rainha Má segue o caminho de todos os seres vivos, exceto por uma criatura um tanto quanto negligenciada do mar - a anêmona-do-mar.
Outrora consideradas plantas, as anêmonas-do-mar são animais de corpo flexível que se agarram às rochas e recifes de coral em águas rasas. Seus tentáculos injetam veneno em pequenos peixes e camarões que se arriscam em atravessá-los e levam as presas paralisadas à sua boca - um orifício que também funciona como ânus.

Há mais de mil espécies de anêmonas-do-mar, cujo tamanho varia de alguns centímetros a mais de alguns metros. Elas vivem no oceano, das águas mais quentes às mais frias.

A espécie mais familiar na Grã-Bretanha é a Actinia equina, também conhecida como morango-do-mar. Na maré baixa, seus tentáculos permanecem recolhidos e o animal parece uma mancha vermelha na rocha. Mas na medida em que a maré sobe, as anêmonas-do-mar se transformam e se assemelham a flores, seus tentáculos dançam com a correnteza como pétalas ao vento, buscando comida.

Como diz o biólogo Philip Henry Gosse em seu livro A Year at the Shore ("Um ano no litoral", em tradução livre): "A elegância maravilhosa da forma, o brilho requintado das cores, a grande variedade, os instintos, os poderes, o organismo extremamente elaborado, tudo isso foi outorgado a essas criaturas". Sua prosa efusiva inspirou quem estava começando a explorar o seu litoral. Seus leitores costumavam coletar anêmonas-do-mar e guardá-las em aquários em casa.

 

Imortalidade?

Normalmente, as anêmonas-do-mar não vivem por muito tempo, mas em condições ideais a realidade é diferente.
"Pelo que sabemos até agora, esses animais são imortais", diz Dan Rokhsar, professor de genética da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Elas vivem por muito tempo --uma delas teria vivido 100 anos segundo um registro documentado. As anêmonas-do-mar não envelhecem. Esses animais vivem para sempre e se proliferam, tornando-se cada vez maiores".

Se os tentáculos são cortados, por exemplo, nascem novos. Mesmo se as bocas são cortadas, novas "cabeças" surgem. Se elas não forem envenenadas ou comidas por outras criaturas, elas parecem poder viver para sempre.

Elas parecem evitar o processo de envelhecimento e os efeitos adversos que nós, seres humanos, sofremos ao longo do tempo. "Você deveria ver tumores nesses animais, mas há poucas descrições disso na literatura científica. Eles estão constantemente se recompondo sem apresentar nenhum sinal de câncer", diz Rokhsar.

Ao invés de envelhecer, as anêmonas-do-mar parece permanecer jovens e em pleno funcionamento. "Se você olhar para uma anêmona-do-mar hoje e uma semana depois a estrutura será igual, mas muitas das células terão sido substituídas por outras novas".

Os cientistas não sabem ainda como isso é possível. "Adoraríamos poder descobrir um gene ou uma pista que nos permita evitar o envelhecimento", diz Rokhsar. Mas ele e sua equipe ainda estão buscando pelo Santo Graal.

 

Semelhanças

Mas se eles acharem o que estão buscando, isso terá algum impacto no processo de envelhecimento humano? Na verdade, as anêmonas-do-mar são mais parecidas com os humanos do que muitas pessoas pensam.
"As anêmonas-do-mar são os animais mais simples de que temos conhecimento com um sistema nervoso --a estrutura não é organizada como a nossa, mas elas têm uma rede de neurônios que lhes permite responder aos estímulos e ser predadoras muito ativas", diz Rokhsar.

Seus tentáculos podem imobilizar a presa, suas bocas podem abrir e fechar voluntariamente, e elas têm um aparelho intestinal que digere a comida --uma característica que as une aos seres humanos em um ancestral comum.
"As anêmonas-do-mar têm muito em comum conosco. Descobrimos muitas semelhanças que não tínhamos constatado quando comparamos os humanos com mosca-das-frutas ou nematódeos. Há paralelos na forma como os genomas estão organizados e como os genes estão estruturados, revelando uma conexão que data de 700 milhões de anos atrás."

Mas há questões filosóficas também. "Até que ponto a imortalidade para uma anêmona-do-mar e a imortalidade para um ser humano são iguais?", questiona Rokhsar.

 Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2015/10/11/cientistas-investigam-criatura-que-pode-desvendar-chave-para-a-imortalidade.htm, acesso em 11/10/2015.

domingo, 11 de outubro de 2015

BASE NACIONAL COMUM

UM CURRÍCULO PARA TODOS

 

Com décadas de atraso, o Brasil terá enfim um currículo nacional com metas para 100% das escolas do país. Se os professores o aplicarem, poderá ser um grande avanço.


O currículo escolar funciona como um roteiro para a sala de aula, demarcando o conhecimento que o professor deve passar ao aluno em cada disciplina, ano a ano. É peça básica para estabelecer metas e ambições acadêmicas, um norte sem o qual se navega no escuro, ao sabor de crenças individuais sobre o que a criança precisa saber. Muitas rodas da educação brasileira sempre torceram o nariz para a criação de um documento que fincasse objetivos em comum para todas as escolas do país.

O argumento era que seria como uma camisa de força, ferindo a liberdade de ensinar. No sistema em vigor, estados e municípios ora têm o próprio currículo, ora nenhum, e os colégios particulares adotam os seus, mirando os vestibulares e o Enem. Recentemente, o Ministério da Educação soltou um texto que é ponto de partida para o primeiro currículo nacional único, iniciativa que alinha o Brasil com um sistema que já se provou essencial nos países de boa educação básica. Não havia mais como emperrar esse avanço por travas ideológicas. Que fique claro: estamos diante do passo número 1. O esforço agora deve ser para elevar o padrão da versão inicial do MEC, aberta a debate, e trabalhar para que não vire obra de ficção, mas seja aplicada para valer pelos professores.

Elaborado por uma comissão de 116 pessoas - entre organizadores de currículos estaduais e municipais, docentes e gente ligada às universidades -, o texto passará pela apreciação de sociedades científicas e órgãos da educação em geral até chegar às mãos do Conselho Nacional de Educação (CNE), ao qual cabe a palavra final até abril do próximo ano. Escolas públicas e particulares se basearão no documento.

Há ainda muito que percorrer não só na trilha das instâncias a ser consultadas como no aprimoramento do que foi apresentado. A versão trazida a público tem o mérito de ordenar pela primeira vez conteúdos e expectativas, só que se esquiva de enfrentar o desafio primordial deste século: repensar o modelo de escola à luz de um mundo em acelerada transformação que não requer mais o saber enciclopédico. "Do jeito que está, é um documento tradicional, um espelho do que já se vê nas salas de aula de hoje. Não ousa", avalia a especialista Maria Helena Guimarães.

Ficou de fora uma menção à tão almejada reforma do ensino médio. Todos os estudantes brasileiros, independentemente de suas habilidades e pendores, são obrigados a percorrer o mesmo caminho, pavimentado por muita matéria e pouca profundidade. É um sistema inflexível, único no mundo. O currículo em questão não inviabiliza uma futura mudança, mas, definitivamente, não a encara. "Não há ali nenhuma pista de como tornar o ensino mais atraente, sintonizado com o mundo de hoje e menos voltado para os processos de seleção", observa Ricardo Falzetta, do movimento Todos pela Educação. 

Esse é um gargalo para o desenvolvimento do país, já que o sistema atual acaba expelindo a metade dos jovens da escola durante o ensino médio: são novas gerações incapazes de produzir e inovar. Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (responsáveis pelo ensino médio), o catarinense Eduardo Deschamps deixa claro que é preciso revisitar o assunto com mais coragem. "Estamos analisando se é necessário manter todas as disciplinas exigidas e até ponderando se devemos fazer um esforço para mudar a lei que as torna obrigatórias", diz ele, que vai propor ajustes ao MEC.

Há um consenso de que a primeira versão do ministério foi feita para não causar grandes celeumas entre os mais resistentes. A linguagem segue a cartilha politicamente correta - sobram termos como "pluralidade", "inclusão", "diversidade". E faltam outros. Gramática, por exemplo, não é um objetivo claro. "Foram escolhidos eixos em língua portuguesa que não têm similaridade com os currículos internacionais", lembra a pesquisadora Ilona Becskeházy.

Outro motivo de estranheza foi o fato de o MEC sugerir que o currículo determine apenas 60% do que é obrigatório; os outros 40% serão estabelecidos por cada rede, de acordo com as "realidades regionais". Comenta-se nos bastidores que a iniciativa seria fruto da pressão de sindicatos, que advogam por uma fórmula com metas mais maleáveis. Em bons países na educação, como a Finlândia e a Austrália, preservam-se o colorido e as especificidades locais, mas isso está muito longe de tomar quase a metade do tempo em sala de aula. "Não existe uma matemática mineira ou pernambucana", resume Pedro Malagutti, da Universidade Federal de São Carlos.

Um ponto crucial para que todo o esforço não se torne inócuo é que o currículo seja de fato absorvido nas faculdades formadoras de professores: eles devem sair de lá preparados para atingir os objetivos com todo o rigor acadêmico. Hoje há pouco treinamento no lado prático do ofício - ele ocupa não mais que 20% dos cursos de pedagogia -, e a maioria pega o diploma sem saber o que nem como ensinar. "Essas faculdades ainda estão à margem da discussão. Não há como fazer algo desse porte sem chegar a um bom termo com quem forma o corpo docente", afirma Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna.

Será preciso, aí também, romper resistências. As faculdades devem acompanhar os novos tempos, assim como o material didático precisará se amoldar ao currículo. Segundo os especialistas que revisaram o texto oficial, ele ainda está prolixo e genérico em lugar de ser simples e fácil de aplicar.

No Brasil, fala-se há quase três décadas da implantação de um currículo nacional. Sua criação está sugerida, inclusive, na Constituição de 1988. Alguns passos foram dados nessa direção nos anos 90, mas as bandeiras ideológicas sempre refrearam o debate, até que o Plano Nacional de Educação (PNE) - transformado em lei pelo Congresso Nacional em 2014 - pôs esse tópico entre as estratégias para dar um salto no ensino básico. Várias entidades de peso também se manifestaram nos últimos tempos, muitas delas em torno do Movimento pela Base Nacional Comum, do qual faz parte a Fundação Lemann. Foi-se amadurecendo assim a ideia, lentamente.

De acordo com o MEC, o documento apresentado pelo então ministro Renato Janine Ribeiro não sofrerá mudanças em razão da troca de cadeiras na pasta, agora nas mãos de Aloizio Mercadante. O próprio secretário de Educação Básica, Manuel Palácios, reconhece que essa primeira versão carece de ajustes. "Não dá para perder de vista o que consideramos ideal, mas fomos realistas e entregamos algo concreto", diz ele, que faz uma autocrítica: "Acho que falta mais detalhamento aos objetivos das ciências humanas". O ex-­ministro Janine chegou a barrar a divulgação das metas de história, que só saíram na semana passada. Leu e não gostou. 

Ainda há tempo, portanto, para algo que não foi abordado pelos formuladores do texto: a inclusão, de forma explícita e clara, de competências tão requeridas na formação de um jovem do século XXI - como capacidade de produzir em equipe, abertura ao risco, resiliência e criatividade. Os melhores do mundo estão bem atentos a isso. Por que o Brasil não começa olhando para o futuro?


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

MAQUETE : NASCENTES E MATA CILIAR I

Os alunos da I FECIMA estiveram hoje, no contraturno de aula, na EMEF Dora, para dar prosseguimento na construção de uma das maquetes. Abaixo, algumas fotos.
















quarta-feira, 7 de outubro de 2015

RESUMO: PROJETO I FECIMA

Prezados: abaixo publico um resumo das atividades de pesquisa que os alunos e alunas da EMEF estão desenvolvendo. Um dos objetivos será a apresentação na I FECIMA, que ocorrerá dias 21 e 22/10/2015.


EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA ATRAVÉS DE ATIVIDADES EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS.

  1. INSTITUIÇÃO EDUCACIONALEscola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dora Arnizaut Silvares.

  1. PESQUISADORES: alunos e alunas do Ensino Fundamental II, 7ºs e 8ºs, da rede municipal de São Mateus-ES.

3. PRINCIPAL PERGUNTA DA PESQUISA:
Quais conhecimentos podem ser vivenciados a partir da interação de um grupo de alunos do ensino fundamental II em espaços não formais de educação?

  1. OBJETIVO GERAL:
Propor o início da discussão de uma PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENSINO em relação aos conteúdos de ciências, biologia e meio ambiente, alicerçada em atividades práticas.


      5. ETAPAS DA PESQUISA:
► Coleta de dados;
►Produção de pesquisas bibliográficas;
►Elaboração de Diário de Bordo;
►Palestras;
►Apresentações orais;
►Relatórios Fotográficos;
►Visitas técnicas em espaços não formais
►Orientações presenciais;
►Orientações virtuais;
►Pesquisas em sites;
►Minicurso de Biscuit;
►Construção de maquetes;
►Apresentação na I Feira de Ciências Mateense (FECIMA).

  1. METODOLOGIAS DE APRESENTAÇÃO:
● Banner;
● Painel fotográfico;
● Maquete de viveiro de mudas;
● Maquete de mata ciliar e nascente;
● Exposição de mudas nativas de Mata Atlântica.


  1. O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR:
►Construção e compartilhamento de saberes;
►Aprofundamento das discussões ambientais em nosso município;
►Proposição de construções de viveiros de mudas nativas em escolas públicas.


  1. APOIO E PARCERIAS:
 Centro Sócio Cultural Ambiental José Bahia; EMEF João Pinto Bandeira; Secretaria Municipal de Educação;
 Universidade Federal do Espírito Santo.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

VISITAS EM NASCENTES

Finalizando as visitas técnicas do projeto de pesquisa com alunos (as) do Ensino Fundamental II da EMEF Dora Arnizaut Silvares, visitamos três nascentes que ajudam a alimentar o volume de água da Bacia Hidrográfica do rio São Mateus.

Água tem sido um problema de saúde e ambiental em vários municípios brasileiros. Nas últimas semanas, devido à salinização do rio São Mateus, o abastecimento de água na cidade ficou deficiente. O Serviço autônomo de água e esgoto (SAAE) de São Mateus, ES, precisou interromper a captação e distribuição de água no município devido ao grande teor de sal. A salinização do rio parece estar ligada a alguns fatores, tais como: estiagem, diminuição do volume hídrico do rio, invasão da água do mar principalmente na maré alta e ponto de captação muito próximo à foz.

Dado que toda nascente ao aflorar à superfície tende a formar córregos afluentes até que estes alcancem o rio maior, é de extrema importância nossos alunos obterem informações sobre a importância de uma nascente e mais ainda, sobre a mata ciliar, que tende a ajudar na proteção dela. A partir dessa abordagem ambiental, podem surgir questionamentos que produzam ações que visem minimizar o problema.

Não foi possível levar todos os alunos nas nascentes, devido questões de força maior. Entretanto, os três alunos selecionados para representar os demais na I FECIMA, observaram, fizeram relatório fotográfico e discutiram a importância da vegetação ciliar nas nascentes a partir da atual visita técnica. Isso complementou todo o referencial teórico dialogado em encontros presenciais. Abaixo, estão as principais fotografias que contam parte deste roteiro. Terminamos aqui as visitas técnicas do projeto.

Resta ainda a elaboração, entrega e apresentação da última pesquisa bibliográfica e a produção e entrega do relatório final. As apresentações da Feira de Ciências ocorrerão nos dias 21 e 22/10. Entretanto, os trabalhos continuam. Faremos outras apresentações em novembro e dezembro/2010 em outros ambientes. Queremos finalizar em dezembro com um gostoso churrasco na EMEF com os alunos e seus pais.

Todas as nascentes abaixo são urbanas: ficam localizadas em bairros de São Mateus, ES. Quando me foi oportunizado desenvolver um projeto de recuperação de nascentes rurais, conheci essas nascentes com um volume de água bem maior.

Abraços e grato a todos. Neemias.



                                              BAIRRO AROEIRA, SÃO MATEUS/ES.








BAIRRO PORTO, SÃO MATEUS/ES.















                                                         BAIRRO FORNO VELHO, SÃO MATEUS/ES.
                                                                            (próximo EMEF JPB).



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

EXPLICAÇÕES EVOLUTIVAS PELOS CIENTISTAS

CIENTISTAS DESCOBREM MAMÍFERO QUE SOBREVIVEU À EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS


Fóssil do animal, que se assemelha a um castor, foi encontrado nos Estados Unidos.

Uma equipe de cientistas descobriu uma espécie de mamífero pré-histórico que sobreviveu ao evento que levou à extinção dos dinossauros. Os remanescentes dessa criatura grande e que se assemelha a um roedor, fornece pistas sobre como os mamíferos "dominaram" a Terra após o desaparecimento quando os dinossauros desapareceram. Kimbetopsalis simmonsae, como foi chamada a recém-descoberta espécie, era herbívoro e se assemelhava a um castor.

A descoberta foi divulgada na publicação científica britânica Zoological Journal of the Lennean Society. O paleontólogo que liderou a pesquisa, Stephen Brusatte, da Universidade de Edinburgo, contou que o fóssil foi descoberto por uma aluna, Carissa Raymond, enquanto trabalhava em uma área de prospecção em Novo México, nos Estados Unidos.

"Percebemos rapidamente que esse era um tipo de mamífero totalmente novo, que ninguém conhecia antes", disse Stephen à BBC. Os pesquisadores ficaram intrigados com os dentes do animal, que eram especializados em mascar plantas, com complicadas linhas de pontas agudas na parte traseira e, na parte da frente, incisivos para roer.

Esse grupo de mamíferos, coletivamente conhecido como multituberculata, teve origem juntamente com os dinossauros, durante o período Jurássico, e prosperou durante mais de 100 milhões de anos até serem aparentemente substituídos por roedores. "(Durante o período Jurássico) esses animais eram bem pequenos", disse Stephen. "Então a colisão de um meteorito acabou com os dinossauros e de repente, em termos geológicos, esse grupo de animais começou a crescer e a se proliferar. Foi assim que começou a ascensão dos mamíferos. E o resultado disso é nós estarmos aqui hoje."

Os cientistas afirmam que esta e outras descobertas ajudam a formar o cenário sobre como os mamíferos sobreviveram ao evento que causou a extinção dos dinossauros. "Muitos mamíferos morreram, mas esse grupo específico acabou se saindo bastante bem", afirmou o pesquisador. "O mundo mudou em um dia. Literalmente." "A colisão do asteroide e os dinossauros sendo extintos. Parecia que os mamíferos estava apenas esperando a vez deles e, assim que os dinossauros desaparecerem, eles prosperaram."


domingo, 4 de outubro de 2015

BÍPIDES, GRAÇAS A EVOLUÇÃO

NÃO SOMOS BÍPEDES À TOA

 

Novos estudos revelam que o hábito de ficar em pé traz inúmeros benefícios ao organismo — muitas vezes, até maiores do que uma caminhada.


Quantas horas por dia você passa em pé? Prepare-se para ouvir a pergunta de seu médico, se é que ela já não foi feita. Cada vez mais comum nos consultórios, das mais variadas especialidades, a singela indagação tem sido utilizada pelos profissionais como uma nova e promissora ferramenta de diagnóstico e tratamento. As modernas linhas de pesquisa na área da fisiologia têm revelado que o esforço natural do corpo para manter-se ereto faz bem à silhueta, previne doenças, melhora o desempenho intelectual e a memória. O mais recente estudo sobre o assunto, publicado na revista científica American Journal of Preventive Medicine, revelou ainda o impacto de pequenos movimentos feitos em pé na diminuição do risco de mortalidade.

Os pesquisadores compararam os hábitos de 12000 pessoas com idade entre 37 e 78 anos, ao longo de doze anos. Elas ficavam sentadas por cerca de sete horas. Muitas só deixavam a cadeira para realizar atividades essenciais, como ir ao banheiro e fazer as refeições. Outras tinham o hábito de se levantar para exe­cutar pequenas tarefas no próprio escritório. A conclusão: as pessoas que se mexiam menos correram um risco 30% maior de morrer em decorrência de doenças associadas ao sedentarismo, como as afecções cardiovasculares, em relação aos outros voluntários do estudo. Fala-se aqui de benefícios associados a movimentos extremamente rotineiros e comedidos, banais. É levantar-se para atender o celular. É dar alguns passos até a mesa do colega ao lado em vez de mandar uma mensagem pelo celular ou e-mail. É sair da mesa para tomar um café na máquina ali pertinho. Os conhecimentos sobre os proveitos de gestos tão discretos têm se aprofundado a passos largos.

Em junho, a revista científica British Journal of Sports Medicine publicou um estudo que ditava o tempo ideal para manter-se em pé em prol da saúde: duas horas por dia. Isso representa, ao longo de nove horas de trabalho, apenas treze minutos por hora. O ato de ficar em pé, e por tão pouco tempo, é suficiente para beneficiar várias estruturas do corpo. A tensão muscular necessária para manter o corpo ereto, em equilíbrio, facilita a absorção da glicose pelas células dos músculos com menor mediação de insulina, poupando o trabalho do pâncreas. Aumenta o consumo de oxigênio celular, melhorando o desempenho cardiovascular, por exemplo. Depois de duas horas, o corpo ereto queima 20% mais calorias em comparação ao sentado, independentemente de o tempo ser corrido ou fracionado (veja o quadro ao lado). Diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo: "Pequenos gestos feitos em pé podem ter mais efeito no gasto calórico do que uma caminhada".

Na cola das descobertas médicas, surgem os primeiros recursos para estimular a postura ereta na rotina diária. O Apple Watch, o relógio da Apple, lançado em abril deste ano, tem um sistema para contabilizar o tempo que o usuário permanece em pé. Sim, apenas em pé. A ferramenta emite um alarme que avisa quando se está prestes a permanecer sentado por uma hora. Há sinais de mudança também no mundo corporativo. Empresas de tecnologia, como o Facebook e o Google, começam a adotar mesas adaptadas para estimular a posição ereta entre seus funcionários. Batizadas destanding desks (mesas para ficar em pé, em tradução livre), elas podem ter a altura regulada de modo a ser possível trabalhar em pé. Na Escandinávia, cerca de 90% dos escritórios já oferecem essa opção.

Intuitivamente, o escritor americano Ernest Hemingway (1899-1961) dizia sentir-se mais disposto e concentrado escrevendo em pé. Em uma célebre entrevista com o escritor para a revista literária americana The Paris Review, em 1958, o jornalista George Plimpton descreveu o ambiente de trabalho de Hemingway durante o período em que este morou em Cuba: "Seguindo um hábito que adquiriu desde o começo, Hemingway escreve de pé. Calçando um par de enormes mocassins, pisando sobre uma pele já gasta de antílope, a máquina de escrever e a lousa se encontram à sua frente, na altura do tórax". Leonardo da Vinci e Winston Churchill também mantinham o hábito.

Sob o ponto de vista evolutivo, ficar em pé foi fundamental para a sobrevivência de espécies. Os primeiros bípedes surgiram há cerca de 6 milhões de anos, mas não conseguiam manter a postura ereta por muito tempo. Dois milhões de anos depois, porém, um acidente natural ocorrido na África, que modificou drasticamente a vegetação local, pode ter sido a causa do aparecimento dos bípedes mais resistentes. Uma seca transformou a floresta em savana. Sobreviveram os que se adaptaram ao terreno plano, com poucas árvores.

Entre eles, o Australopithecus anamensis. Diz o neurocientista Renato Sabbatini, da Universidade Estadual de Campinas, estudioso do assunto: "Com o formato dos ossos das pernas e da pélvis mais adaptado, eles conseguiam manter a postura ereta, embora seu crânio, mandíbulas e dentes ainda fossem semelhantes aos de chimpanzés". A cabeça erguida facilitou uma visão aprimorada dos inimigos. Com o tempo, deflagrou-se a necessidade de utilizar as mãos para desenvolver ferramentas e carregar alimentos, o que serviu de estímulo aos neurônios. Foi assim que surgiu o Homo erectus, uma espécie já com o cérebro mais desenvolvido e maior capacidade de raciocínio e de locomoção por longas distâncias. A evolução é a prova irrefutável de que, embora o ser humano moderno queira - e goste de - conforto, ficar de pé por alguns minutos tem um impacto extraordinário na sua sobrevivência.


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