LOGAN

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O FILHOTE

sábado, 30 de abril de 2011

MENSAGEM AOS ALUNOS

                        PREZADOS ALUNOS:

FINALIZAMOS O 1° BIMESTRE DE 2011. A PARTIR DO DIA 02/05/2011, COMEÇAREMOS O 2° BIMESTRE. NÃO PODEMOS ACOMODAR: JUNTOS VAMOS COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS.

ABRAÇOS E SUCESSO. NEEMIAS.

Robótica: robô locomovendo-se como uma lagarta

Robô flexível imita movimento de fuga das lagartas


A técnica de fuga representa um dos movimentos biológicos mais rápidos que se pode encontrar na natureza.

Biomimetismo

Alguns tipos de lagartas usam mecanismos de movimento extremamente rápidos para escaparem dos predadores: elas se enrolam e giram como rodas ou saltam velozmente como acrobatas.

Na verdade, essa técnica de fuga representa um dos movimentos biológicos mais rápidos que se pode encontrar na natureza.

De outro lado, os roboticistas tentam criar os chamados robôs flexíveis, de corpo mole, igualmente inspirados na natureza, com inúmeras aplicações, inclusive biomédicas.
Contudo, inspirados em lagartas, vermes e minhocas e até em lesmas, os engenheiros logo viram que os robôs de corpo mole são lentos demais.

O robô é impulsionado por molas construídas com uma liga metálica com memória de forma - capazes de retornar à sua forma original depois de terem sido deformadas pela aplicação de calor.
Músculos artificiais

Com isto em mente, Huai-Ti Lin e seus colegas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, resolveram estudar também o movimento ultra-rápido de fuga das lagartas e incorporar essa capacidade em seus robôs.

O resultado foi batizado de GoQBot, com o Q representando o formato que as lagartas assumem antes de sair rolando ou saltar a uma velocidade de meio metro por segundo - a lagarta gasta apenas 100 milissegundos para mudar o formato do seu corpo.

O GoQBot é feito de silicone, medindo 10 centímetros de comprimento. Seu movimento é feito por molas construídas com uma liga metálica com memória de forma - capazes de retornar à sua forma original depois de terem sido deformadas pela aplicação de calor.
No robô, essas molas com memória funcionam como uma espécie de músculo artificial, capazes de dar ao corpo do robô o formato desejado e fazê-lo saltar em alta velocidade.

Locomoção robótica

A reação gerada pelo robô faz com que ele atinja o equivalente a 1G de aceleração e mais de 200 rotações por minuto de velocidade angular.
"Como um robô rolante inovador, o GoQBot demonstra como a mudança de forma pode produzir novas formas de locomoção. Além disso, o acoplamento mecânico dos atuadores melhora a coordenação do corpo sem a necessidade de feedback sensorial," afirmam os pesquisadores.

Esse acoplamento é típico dos animais de corpo mole, nos quais não existem juntas para isolar os movimentos gerados pelos músculos. Os cientistas afirmam que ainda não se sabe como é que a musculatura da lagarta consegue gerar tanta força em um período de tempo tão curto - 100 milissegundos.

Cinco LEDs instalados no corpo do GoQBot permitem que os cientistas monitorem seu movimento e sua velocidade com alta precisão.
O robô saltador por enquanto é apenas um demonstrador de um novo sistema de locomoção, não tendo sido adicionada a ele nenhuma funcionalidade.


Bibliografia:

GoQBot: a caterpillar-inspired soft-bodied rolling robot
Huai-Ti Lin, Gary G Leisk, Barry Trimmer
Bioinspiration & Biomimetics
26 Abril 2011
Vol.: 6 026007
DOI: 10.1088/1748-3182/6/2/026007


Cursos de Capacitação Profissional

Educação profissionalizante terá 8 milhões de vagas

 
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado hoje (28) pela presidente Dilma Rousseff, tem como meta oferecer 8 milhões de vagas, até 2014, na educação profissional para estudantes do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação.

Educação profissional
O programa prevê a ampliação das redes federal e estaduais de educação profissional, pagamento de bolsa formação para trabalhadores e estudantes, aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos.

As vagas serão oferecidas por instituições públicas e privadas e pelo Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), em cursos presenciais e à distância.

O programa foi pensado inicialmente como ferramenta para melhorar o ensino médio, ampliando a formação do aluno, em cursos profissionalizantes integrados ao ensino regular. Mas a iniciativa vai incluir também trabalhadores interessados em qualificação profissional.

Bolsas

Trabalhadores reincidentes no seguro-desemprego serão recrutados para participar de cursos profissionalizantes em instituições públicas ou do Sistema S. Eles serão orientados sobre o tipo de curso e a área em que podem se capacitar.

Após a matrícula, a frequência do aluno será controlada e ele só receberá o seguro-desemprego se comparecer às aulas.

Já os alunos do ensino médio que quiserem combinar a formação na escola com cursos profissionalizantes receberão uma bolsa formação, cujo valor ainda não foi divulgado. Os beneficiários serão definidos pelos sistemas estaduais de ensino e estudarão também em instituições públicas ou do Sistema S.

O pagamento da bolsa também estará condicionado à assiduidade do aluno. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, serão ofertadas 2,5 milhões de bolsas formação nos próximos quatro anos.
O Pronatec também pretende atingir os beneficiários do Bolsa Família, que vão ser selecionados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para cursos de formação em diferentes níveis, a partir da oferta disponível em cada município.

Os cursos poderão ser voltados à alfabetização de adultos ou ao aperfeiçoamento profissional.

O projeto de lei que cria o Pronatec será encaminhado ao Congresso Nacional com pedido para tramitar em regime de urgência

Fonte:






O acaso a serviço da ciência

Energia

Descoberta por acaso pode revolucionar produção de hidrogênio

O sulfeto de molibdênio é um catalisador muito eficiente para a eletrólise da água - com a vantagem de que esse material é abundante e muito barato.

A teoria do hidrogênio
Não é sem razão que o hidrogênio é apontado como o combustível do futuro: ao gerar energia em células a combustível, ele só produz água como resíduo.

E, largamente disponível na Terra, a água é formada por hidrogênio e oxigênio - basta quebrar a molécula de H2O para obter o hidrogênio. E isso pode até mesmo ser feito usando a energia solar.
Mas isto é só na teoria. O fato é que, no presente, ainda não existe uma forma de produzir hidrogênio de forma sustentável e a custos competitivos.

Assim, o hidrogênio usado industrialmente continua sendo produzido a partir do gás natural - o primo do petróleo - e os carros a hidrogênio não são mais do que "garotos-propaganda" de uma indústria que quer se tornar verde, mas ainda não consegue.

Eletrólise da água

As moléculas de água podem ser quebradas fazendo com que sejam atravessadas por uma forte corrente elétrica, um processo conhecido como eletrólise.

Esta, contudo, é uma reação lenta. Para otimizá-la é necessário usar um catalisador, a platina - um metal particularmente caro, cujo preço triplicou nos últimos 10 anos.

Mas o acaso reservava uma grata surpresa para o professor Xiel Hu e sua equipe do Instituto Politécnico Federal de Lausanne, na Suíça.
Eles estavam fazendo um experimento eletroquímico quando descobriram uma altíssima produção de hidrogênio na presença de um composto de sulfeto de molibdênio.

Analisando o ocorrido, eles descobriram que o sulfeto de molibdênio é um catalisador muito eficiente para a eletrólise da água - com a vantagem de que esse material é abundante e muito barato.

E o custo não é a única vantagem do novo catalisador. O sulfeto de molibdênio mostrou-se estável, sem sofrer degradação muito forte, e compatível com meios ácidos, neutros e básicos.

Falta a teoria
"Graças a esse resultado inesperado, nós descobrimos um fenômeno único," conta Hu. "Mas não ainda não sabemos exatamente por que esses catalisadores são tão eficientes."

A próxima etapa da pesquisa é criar um protótipo funcional que possa ser utilizado na produção de hidrogênio a partir da luz do Sol.

Os cientistas afirmam que será necessário também compreender o funcionamento do novo catalisador, a fim de se tentar otimizar ainda mais seu rendimento.


Bibliografia:

Amorphous Molybdenum Sulfide Films as Catalysts for Electrochemical Hydrogen Production in Water
Daniel Merki, Stéphane Fierro, Heron Vrubel, Xile Hu
Chemical Science
April 2011
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C1SC00117E


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Amazônia e a preservação ambiental

23/04/2011 - 15h40

               Quase metade da Amazônia no
                 país é área de preservação



REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Quase metade da Amazônia brasileira pertence hoje à categoria de área protegida por lei contra a devastação, embora essas reservas ainda sofram com gestão precária e com a falta de pessoal para monitorá-las.

Essa dicotomia entre copo meio cheio e meio vazio talvez seja a principal mensagem de um dos mais abrangentes relatórios sobre as áreas protegidas amazônicas, que acaba de ser publicado pelo ISA (Instituto Socioambiental) e pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Somando terras indígenas e os dois principais tipos de unidades de conservação (as de proteção integral, cujo nome já diz tudo, e as de uso sustentável, nas quais é possível a extração controlada de madeira, por exemplo), 43,9% do território amazônico está protegido.

É pouco mais do que um quarto de todas as terras do Brasil. E, no caso de alguns Estados, a proporção é ainda mais expressiva: Amapá, Roraima, Pará e Amazonas possuem mais da metade de seu território nessa categoria.

A inclusão das terras indígenas na conta faz um bocado de sentido, embora os povos que habitam tradicionalmente essas áreas tenham o direito de caçar e pescar nelas, por exemplo.
Vários levantamentos apontam que formalizar a posse de certas áreas por seus habitantes nativos é uma excelente maneira de evitar o desmatamento nelas.

E, de fato, a taxa de desmate de 1998 a 2009 é a menor nas terras indígenas: cerca de 1,5% da área.

Em unidades de conservação integral, como parques nacionais, esse número no mesmo período foi de 2,1%. Terras indígenas e unidades de conservação contribuem de modo quase parelho para o número total de áreas protegidas na Amazônia.


BOM NO PAPEL
Eis, aliás, outra conclusão clara do trabalho: a definição de uma região como área protegida tem um efeito relativamente fácil de medir sobre o avanço do desmatamento. Basta dizer que a perda de florestas nas áreas protegidas em uma década, cerca de 12 mil km2, foi semelhante ao que se desmatou na Amazônia toda em apenas um ano, o de 2008 ± que na verdade foi um dos menos devastadores do período.

É claro que é necessário fazer algumas ressalvas a isso.
Certas áreas protegidas são criadas em locais remotos, onde há pouca pressão da fronteira agrícola, por exemplo. Mesmo assim, trata-se de um fenômeno conhecido e esperado, o dos “paper parks” (parques de papel).

A idéia é que a simples canetada criando uma reserva já é capaz de dissuadir, em parte, a ação de desmatadores ilegais.
Mas são mesmo parques de papel? Em muitos casos sim, indica a pesquisa.

Veja-se o caso das unidades de conservação. Nelas, a média de funcionários alocados é de uma pessoa para cada 1.871 km² de Amazônia ±ou mais do que todo o município de São Paulo para um único sujeito monitorar.

Do mesmo modo, hoje só há um plano de manejo aprovado oficialmente para metade dessas unidades de conservação.
É o plano de manejo que vai definir como as unidades vão funcionar, e é especialmente importante nas de uso sustentável, pois determina quantas árvores de que idade podem ser cortadas, quais frutos podem ser coletados, entre outras formas de usar a floresta sem destruí-la.

O relatório foi coordenado por Adalberto Veríssimo e Mariana Vedoveto, do Imazon, e por Alicia Rolla e Silvia de Melo Futada, do ISA.
Fonte:

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Suécia e o Lixo

Meio ambiente

Suécia tem cidade sem lixo

Agência Fapesp - 12/04/2011
Borás, a cidade sem lixo, mostra que progresso não precisa produzir sujeira.
Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.
"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.
Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

Gestão de resíduos sólidos
De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.
Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.
"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro
Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.

Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.
"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.

Coleta seletiva e reciclagem
Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.
"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.
"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.

Produtos verdes
A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.
"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.

Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.

Gaseificadores
Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.
"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.



terça-feira, 26 de abril de 2011

Profissões de Nível Médio

Abaixo, quadro com profissões de Nível Médio com os melhores salários pagos no Estado de Espírito Santo. Vale a pena conferir.

PROFISSÕES DE NÍVEL MÉDIO COM OS MELHORES SALÁRIOS


PROFISSÕES DE NÍVEL MÉDIO
R$ MÉDIA SALARIAL
Técnico em edificação sênior
4.500,00
Técnico de sondagem
3.984,00
Mergulhador soldador
3.500,00
Projetista Mecânico
3.406,00
Projetista de automação
3.396,00
Técnico de Petróleo
3.130,00
Técnico em mineração
2.966,00
Técnico eletrônico sênior
2.922,00
Orçamentista
2.917,00
Op. de eletroerosão a fio
2.862,00
Topógrafo
2.734,00
Técnico de metrologia
2.695,00
Projetista
2.685,00
Instrumentista
2.588,00
Desenhista/projetista
2.563,00
Técnico de manutenção
2.537,00
Técnico de agronegócio
2.524,00
Técnico em edificações c/ orçamentista
2.500,02
Técnico de automação
2.404,00
Técnico de métodos e processos
2.329,00
Técnico Mecânico
2.321,00
Técnico eletrônico pleno
2.202,00


Fonte: Jornal impresso A TRIBUNA, de 26/04/2011. ANO LXXI  N.° 23.781 pág. 2

Professores do JPB (noturno)


Prezados: seguem fotos dos professores do noturno da EMEF "João Pinto Bandeira", município de São Mateus, ES.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Professores do Dora (matutino)

Prezados: acima fotografia dos professores da EMEF Dora Arnizaut Silvares, litoral norte de São Mateus, ES.

1ª Foto:
Célio e Eliane: Coordenadores de turno (manhã)
Rosiane: Supervisora (manhã)

2ª Foto:
Sentados: o Bira e o Maguinho (professores de Geografia e Educação Física, respectivamente)
Em pé: O professor Jean, de Geografia. Todos trabalham no turno matutino.

domingo, 24 de abril de 2011

Chernobyl e a Biodiversidade.

Após 25 anos, Chernobyl ainda é perigo para meio ambiente

Por Por Richard Ingham | AFP – sáb, 23 de abr de 2011 12:21 BRT

A precipitação radioativa de Chernobyl permanece como um perigo para o meio ambiente, mas quase não há pesquisas sobre o tema, um quarto de século depois do desastre, afirmaram especialistas.

De acordo com estudos, animais como castores, veados, cavalos selvagens, gaviões e águias retornaram para a zona de isolamento de 30 quilômetros em Chernobyl desde que os humanos fugiram e a caça tornou-se ilegal.

Mas esse cenário é enganoso, afirma o professor de biologia da Universidade de Carolina do Sul, Tim Mousseau, um dos poucos cientistas a testar a biodiversidade em torno de Chernobyl com profundidade."Chernobyl definitivamente não é o paraíso para a vida selvagem", disse em entrevista por telefone."Quando você realmente faz o trabalho duro, de conduzir um estudo científico, onde você rigorosamente controla todas as variáveis, e faz isso várias vezes em muitos lugares diferentes, o sinal é muito forte." "Há menos animais e menos tipos de animais que o esperado."

Em 2010, Mousseau e seus colegas publicaram o maior censo da vida selvagem na região de exclusão de Chernobyl. O levantamento mostrou que o número de mamíferos caiu, assim como a diversidade de insetos, incluindo marimbondos, gafanhotos, borboletas e libélulas.

Em um estudo publicado em fevereiro deste ano, foram registrados 550 pássaros, de 48 espécies e de oito locais diferentes, que tiveram seus cérebros medidos.
Aves que viviam em locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores que aqueles que viviam em lugares onde a radiação era menor - e a diferença era grande entre aves com menos de um ano.

Cérebro menor está ligado a uma habilidade cognitiva menor e, portanto, uma capacidade de sobrevivência menor. O estudo sugere que muitos embriões de aves provavelmente não sobreviveram."Isso claramente está ligado ao nível de contaminação", disse Mousseau. "Houve necessariamente consequências para todo o ecossistema."

Mousseau declarou ser importante estudar a ligação do desastre com os danos ambientais, mas, segundo ele, os recursos destinados à pesquisa dos impactos de Chernobyl são baixos e muitos estudos em russo nunca são traduzidos para o inglês.
Poeira e cinzas radioativas espalharam-se por mais de 200.000 quilômetros quadrados depois que o reator número 4 de Chernobyl explodiu em 26 de abril de 1986.

Ucrânia, Belarus e Rússia foram os mais afetados, apesar de alguns vestígios terem alcançado o norte da Escócia e o oeste da Irlanda, exigindo em alguns lugares restrições de longo prazo na criação de gado.

Mas a contaminação, mesmo na zona de exclusão, não é uniforme.Algumas áreas estão limpas. Mas alguns metros adiante, podem ser encontradas área de alta contaminação - determinadas pelos ventos e pela chuva, que depositam as partículas, ou pelas folhas que as seguram. Atualmente, as principais ameaças são o césio 137 e em menor grau o estrôncio 90, que decaiu lentamente em uma escala medida em décadas, de acordo com o Instituto de Proteção Radiológica e Segurança Nuclear (IRSN) francês.

A radioatividade caiu nos últimos 25 anos, mas as regiões mais críticas têm contaminação em até 20 centímetros abaixo do solo. Elas representam uma fonte pequena, mas constante, de exposição.

As partículas radioativas passam do solo para as plantas por meio das raízes, e para os animais por meio da vegetação que eles comem e, para os humanos, por meio da carne e do leite.Absorvido pelos ossos e órgãos, o césio emite a radiação alpha, que danifica o DNA, aumentando o risco de células mutantes que se tornam tumores - ou, em células reprodutivas, são levadas à progênie.

O oeste e sudeste da Ucrânia não foram afetados pelo desastre de Chernobyl, e nas grandes fazendas e fábricas de alimentos do país não há risco por conta da fiscalização, afirmam cientistas. Mas a radioatividade ainda afeta zonas rurais do nordeste da Ucrânia, onde fazendeiros pobres colhem cogumelos e grãos e não podem pagar por feno limpo de regiões não contaminadas para suas vacas.

Valery Kashparov, diretor do Instituto Ucraniano de Radiologia Agrícola, afirma que o governo promoveu em 2008 cortes nos fundos destinados ao monitoramento da radiação. Em torno de 600.000 dólares são necessários anualmente para garantir que a comida não esteja contaminada. "A contaminação está decaindo, mas levará décadas para a natureza levá-la a níveis seguros", acrescentou.

Em uma pesquisa apresentada em Kiev neste mês, cientistas do Greenpeace compraram comida em duas regiões administrativas, Zhytomyr e Rivne.
Os testes encontraram césio 137 acima do permitido em muitas amostras de leite, cogumelos secos e grãos, informou. Os níveis estavam extremamente altos em Rivne, onde o tipo de solo transmite partículas radioativas mais facilmente para plantas.



sábado, 23 de abril de 2011

Gorilas no Congo: luta pela vida

Revista eletrônica ISTO É

Sustentável
|  N° Edição:  2163 |  20.Abr.11 - 18:00 |  Atualizado em 23.Abr.11 - 21:34

         A vitória dos gorilas

Ainda sob sério risco de extinção e apesar das guerras em uma das regiões mais instáveis do planeta, os primatas do Congo registram aumento de população

André Julião



Nem tudo está perdido na República Democrática do Congo. Mesmo após anos de guerra civil, que resultaram na morte de quatro milhões de pessoas desde 1998, cientistas anunciaram recentemente o aumento da população de um grupo de gorilas do país – anteriormente chamado de Zaire e vizinho da República do Congo. O gorila de Grauer, uma das quatro raças desse primata existentes na natureza, é um parente próximo do gorila-das-montanhas. O “primo famoso” comoveu o mundo em 2007, quando sete animais foram assassinados por homens ligados ao tráfico de carvão no país.

A equipe que realizou o censo dos primatas foi liderada pelas organizações conservacionistas internacionais Wildlife Conservation Society e Institut Congolais pour la Conservation de la Nature (ICCN), no Parque Nacional Kahuzi-Biega. A população, que era de 168 indivíduos em 2004, aumentou para 181, de acordo com contagem realizada no segundo semestre do ano passado. O Grauer é a maior raça – ou subespécie – de gorila do mundo, pesando mais de 220 quilos. Ainda assim, é a menos conhecida pela ciência, em grande parte por culpa dos mais de 15 anos de instabilidade política na parte leste da República Democrática do Congo. O animal é classificado como “ameaçado” na Lista Vermelha de Espécies em Perigo da International Union for Conservation of Nature (IUCN) e sua população é estimada em menos de quatro mil indivíduos (leia quadro).


“Levando em conta que a segurança no país está se estabilizando, a presença de pequenos grupos armados em algumas áreas do parque foi um dos nossos maiores desafios”, disse à ISTOÉ Deo Kujirakwinja, coordenador da pesquisa. “A estratégia foi utilizar equipes que cobriam grandes áreas em tempo limitado, mas coletavam dados em segurança, em colaboração com o Exército”, conta. Entre 1998 e 2003, período da guerra civil – e mesmo antes disso –, a situação política do país afetou diretamente os gorilas, dadas as precárias condições para o trabalho de conservação. Era impossível evitar a invasão do território dos primatas por guerrilheiros de diferentes facções.
“A melhoria da segurança no leste do país tem aumentado a presença de guardas na floresta”, diz Kujirakwinja. “Eles estão cobrindo mais áreas atualmente. Antes, os soldados se limitavam a apenas uma parte do parque.” O censo pesquisou uma área de 600 quilômetros quadrados na parte alta do Parque Nacional Kahuzi-Biega. O setor mais baixo é praticamente inacessível aos pesquisadores, graças à frequente presença de milícias.


Para estimar a população na área, os cientistas fizeram a contagem de ninhos – os primatas constroem um a cada noite – e analisaram com o tamanho das fezes próximas de cada um deles. Essa observação indica quantos adultos, jovens e filhotes existem num grupo. A Wildlife Conservation Society monitora as regiões de primatas desde os anos 1950, quando o biólogo George Schaller pesquisou pela primeira vez a distribuição dos primatas que mais tarde seriam classificados como gorila de Grauer e gorila-das-montanhas. Desde então, a população dos animais aumentou, até que um grande declínio ocorreu no início dos anos 2000, com a eclosão da guerra civil.

A reviravolta na situação dos primatas é um alento para a trágica situação da República Democrática do Congo. Apesar dos dez anos de presença da ONU e dos bilhões de dólares gastos para estabilizar o país, a população continua desprotegida. Ainda assim, os soldados das Nações Unidas são considerados a última linha de defesa numa terra em que Forças Armadas e polícia possuem uma longa história de abusos. Que os gigantes sirvam de inspiração para a sobrevivência da nação.


Fonte:


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Artigo: O Ensino de Ciências

O Ensino de Ciências e a Qualidade da Educação

 
No Brasil, o ensino de ciências tem pouca ênfase dentro da educação básica, apesar da forte presença da tecnologia na vida das pessoas e do lugar central que a inovação tecnológica detém enquanto elemento de competitividade entre as empresas e as nações. Evidência da falta de atenção dispensada à formação na área de ciências neste país é o enorme deficit de docentes de física, química, matemática e biológica, calculado em 200 mil segundo o próprio Ministério da Educação.

Enquanto isso, em diversas partes do mundo, inclusive da América Latina, tem-se experimentado o impacto positivo do ensino de ciências sobre a qualidade da educação. Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica, Cuba detêm os melhores indicadores educacionais da região e são exemplos de países que perceberam que o ensino das ciências pode ser muito importante e produtivo.

O impacto do ensino de ciências sobre a qualidade da educação se deve ao fato de que ele envolve um exercício extremamente importante de raciocínio, que desperta na criança seu espírito criativo, seu interesse, melhorando a aprendizagem de todas as disciplinas. Por isso, se a criança se familiariza com as ciências desde cedo, mais chances ela tem de se desenvolver neste campo e em outros.

Bom ensino atrai talentos
Somente esse motivo já justificaria uma maior atenção ao ensino de ciências por parte dos formuladores de políticas públicas na área da educação, mas existem outros. Uma segunda razão é que apenas com bom ensino de ciências para todas as crianças é possível atrair talentos para as carreiras científicas.

A terceira, e última lembrada no âmbito deste artigo, é o fato de que o conhecimento científico e as novas tecnologias são fundamentais para que a população possa se posicionar frente a processos e inovações sobre os quais precisa ter uma opinião a fim de legitimá-los. É o caso do uso de alimentos geneticamente modificados, da clonagem biológica e o uso da energia nuclear. Nesse sentido, o domínio do conhecimento científico faz parte do exercício da cidadania no contexto da democracia.

Costuma-se dizer que, no mundo contemporâneo, o capital mais importante de um país é o conhecimento. O conhecimento, contudo, depende da formação de pessoas capazes de produzi-lo. E num país com as características do Brasil, com um numeroso contingente de crianças e jovens em idade escolar, não é exagerado dizer que este é o bem mais valioso que se tem à disposição, o qual pode se converter em vantagem competitiva se esse potencial for bem aproveitado por meio de uma educação de qualidade.

Falta de capacitação de docentes
Mas justamente por se almejar uma educação de qualidade é preciso atentar para um aspecto fundamental: o ensino para as ciências não consiste apenas em inserir disciplinas no currículo. Vide o que acontece no ensino médio, em que a educação para as ciências, sobretudo na rede pública, é extremamente deficiente devido, entre outras coisas, à falta de capacitação dos docentes.

Assim, a inclusão das ciências desde o ensino fundamental deve ser associada, necessariamente, a uma política de formação de docentes, de modo que eles se sintam seguros e possam propiciar aos alunos aprendizagens significativas.

Não existe nenhum fantasma no ensino de ciência, é apenas preciso transmitir conhecimentos que são até elementares e que gerem interesse das crianças pela experimentação. Os alunos se entusiasmam, querem praticar e começa a existir trabalho em equipa. No Brasil, isso acontece em escolas da rede privada, mas não é possível manter uma situação em que esse tipo de formação e conhecimento se mantenha restrito a um pequeno número de crianças e jovens, sob pena de se continuar a gerar e a reproduzir as desigualdades


Autor do artigo:
Jorge Werthein, publicado em 23/08/2006. Na época, ele estava como  Assessor especial do diretor geral da Organização dos Estados Ibero-americanos – OEI.

Disponível em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=3985&op=all, acesso em 22/04/2011.

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