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O FILHOTE

domingo, 26 de agosto de 2012

SETE CARREIRAS EM ASCENSÃO

CONHEÇA 7 CARREIRAS EM ASCENSÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Pesquisa realizada pela Michael Page, grupo líder em recrutamento especializado de profissionais em todo o mundo, revelou que as áreas de comunicação e gestão estarão em alta nos próximos anos. Segundo o estudo, realizado em cinco países, sete cargos prometem ser as profissões do futuro: Gerente de Marketing Online, Gerente de Treinamento do Varejo, Gerente de Identidade Visual, Gerente de Comunidade, Gestor de Reestruturação, Gerente de Projetos e Gerente de Relações Governamentais.
Para o presidente da Michael Page no Brasil, Paulo Pontes, as profissões exigem especialização e atendem a demandas atuais e futuras.  As profissões caracterizam-se por atividades que nasceram para suprir as necessidades de um mercado em constante transformação. A remuneração para os cargos varia entre R$ 7 mil, para Gerente de Comunidade, e pode chegar até R$ 45 mil, para Gerente de Relações Governamentais. O estudo foi feito nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e Brasil.
Saiba mais sobre cada profissão:

1. Gerente de Marketing Online
O que faz: elabora a estratégia de Marketing de uma empresa nas mídias sociais, como Twitter e Facebook, de acordo com o público específico que se quer atingir e a plataforma que se deve utilizar. Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais desse ramo já contam com experiência de até 10 anos no currículo. No Brasil, o Marketing online só agora começa a se expandir — daí a carência de profissionais experientes nessa área. 
Formação: Publicidade, Propaganda e Marketing.
Quem contrata: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário médio: R$ 8mil a R$ 15mil.

2. Gerente de Treinamento do Varejo
O que faz: treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. Antes, o costume era que a empresa adotasse um treinamento padrão para todos os funcionários que lidam com o público. Hoje, considera-se mais produtivo contar com profissionais que elaboram programas específicos conforme as características dos consumidores locais. 
Formação: Administração de Empresas, Recursos Humanos e Psicologia. 
Quem contrata: empresas do setor de varejo.
Salário médio: R$ 8mil a R$ 12mil

3. Gerente de Identidade Visual
O que faz: em redes varejistas, é encarregado de talhar cada ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. Ele define, por exemplo, a linha de produtos que deve ganhar destaque em determinada loja, a maneira como seus vendedores devem abordar a freguesia e as ações promocionais mais proveitosas. Deve, enfim, cunhar uma identidade para a loja ao mesmo tempo em que cuida para que ela não se sobreponha à imagem da marca nem entre em choque com ela.
Formação: Publicidade e Propaganda, Marketing e Administração, com experiência em varejo.
Quem contrata: empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo.
Salário médio: R$ 8mil a R$ 12mil

4. Gerente de Comunidade
O que faz: atua diretamente na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns on-line. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook se transformem em virais negativos na internet.
Formação: Marketing e Publicidade e Propaganda.
Quem contrata: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário médio: R$ 7mil a R$ 10mil


5. Gestor de reestruturação
O que faz: nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Embora grande parte dos gestores de reestruturação atue no setor bancário, há profissionais também dentro das companhias, com a missão de colocar a situação financeira da empresa nos eixos.
Formação: Gestão e Administração de Empresas, Economia e Engenharia, com Pós-graduação em Finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito.
Quem contrata: instituições financeiras e empresas de grande porte do setor privado.
Salário médio: R$ 14mil a R$ 24mil

6. Gerente de projetos
O que faz: joga no meio de campo entre o departamento de TI e as demais áreas da empresa. Por um lado, ele leva as necessidades dos diferentes departamentos da companhia aos técnicos de sistemas da informação. No caminho inverso, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI. Como ele dialoga com grupos que muitas vezes não se entendem — “tecniquês” e “juridiquês”, por exemplo, são dois idiomas distintos —, a capacidade de comunicação é a sua principal característica. 
Formação: Engenharia e Informática.
Quem contrata: médias e grandes empresas de todos os segmentos.
Salário médio: R$ 12mil a R$ 20mil

7. Gerente de relações governamentais
O que faz: é o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Sua área de atuação é vasta: inclui desde questões legais até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, muito conhecimento e aptidão para os meandros da burocracia — uma combinação difícil, que, quando preenchida com eficiência, pode levar aos mais altos salários entre aqueles oferecidos por essas novas profissões.
Formação: Comunicação, Direito, Administração de Empresas, Relações Internacionais ou Ciências Sociais, de acordo com a área de atuação da companhia.
Quem contrata: empresas de grande porte, principalmente aquelas sob a supervisão de órgãos reguladores.
Salário médio: R$ 12 mil a R$ 45mil

Fonte:

sábado, 25 de agosto de 2012

DADOS SOBRE A ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

Quase 40% dos brasileiros com ensino superior têm nível insuficiente em leitura e escrita

Menos de 30% da população são plenamente alfabetizados, diz pesquisa


A maior parte da população (47%) apresenta nível de alfabetização básico.

Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e a organização não governamental Ação Educativa.

A pesquisa avalia, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados. Criado em 2001, o Inaf é aplicado em uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos. 

Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.

“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o relatório do Inaf 2011-2012.

O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.

De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições adequadas de aprendizagem. “O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à aprendizagem ”, afirma o relatório.

Segundo dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, Ana Lúcia Lima, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado.
"Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência", afirma. "Se houvesse demanda por conteúdos mais sofisticados, elas se adaptariam da mesma forma."

Para a coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Masagão, o indicativo reflete a "popularização" do ensino superior sem qualidade. "No mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda estamos longe disso."

Segundo Vera, o número de analfabetos só vai diminuir quando houver programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profissional. "Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização", afirma. 

Confira quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 2011-2012:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares.

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em nível pleno: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos. 

Fonte:

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BIOLOGIA do Pseudoplatystoma coruscans

Pintado (Pseudoplatystoma coruscans)

É um dos maiores peixes fluviais, pois chega a alcançar 3 metros de comprimento.



Classe: Osteichtyes
Ordem: Siluriformes
Família: Pimelodidae
Nome científico: Pseudoplatystoma coruscans
Nome vulgar: Pintado
Categoria: Ameaçada

Ocorre na bacia do São Francisco, no Rio da Prata e Paraguai. É um dos maiores peixes fluviais, pois chega a alcançar 3 metros de comprimento. É peixe de muita importância na exploração industrial. Habita fundos de rios onde as águas se mostram em remanso. Tem vida noturna. Ingere lama e areia grossa. É iliófago, alimentando-se de vermes e crustáceos. Desova de setembro a fevereiro. Estas espécies ocorrem em vários tipos de hábitats, como matas inundadas, lagos, canal dos rios, praias e ilhas de plantas aquáticas (matupás). É espécie piscívora e realiza migrações de desova rio acima durante a seca ou início das chuvas. É importante tanto na pesca comercial quanto na esportiva.

Fonte:

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

FOTOS DO MUNDO MICROSCÓPICO

Segue abaixo o link: é só clicar.


                MUNDO MICROSCÓPICO

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MOSQUITO DA DENGUE X MOSQUITO DA DENGUE

BRASIL PRODUZ MOSQUITO TRANSGÊNICO PARA COMBATER DENGUE

Ministério da Saúde inaugura fábrica que vai produzir quatro milhões de mosquitos por semana

No último sábado (7/9/12), o Ministério da Saúde inaugurou em Juazeiro, na Bahia, uma fábrica que vai produzir mosquitos geneticamente alterados para combater a dengue. O laboratório será capaz de produzir por semana quatro milhões de machos transgênicos do Aedes Aegypti. Desse modo, os técnicos esperam diminuir a reprodução do mosquito e a incidência da doença, que atingiu 431.194 pessoas no país desde o começo do ano.

Os machos trangênicos (os cientistas inserem nos ovos do Aedes Aegypti um gene que o tornará estéril – seus filhos serão incapazes de se desenvolver) se desenvolvem até a fase adulta e são levados até um local com alta incidência da dengue, onde são liberados. Ali, procuram pelas fêmeas da região e cruzam com elas. No entanto, seus filhos nunca chegarão a ultrapassar a fase de larva e causar dano à população. Desse modo, a próxima geração de mosquitos fica comprometida.

Reprodução — Os cientistas adotam uma série de técnicas para garantir que as fêmeas locais cruzem com os insetos transgênicos. Sabendo que os machos criados em laboratório não costumam ser tão competitivos na hora de conquistar as fêmeas da espécie, eles fizeram questão de que sua linhagem fosse extremamente bem nutrida e forte. "Além disso, nós costumamos espalhar pelo local até 10 vezes mais insetos machos do que o número existente na natureza. Aí o acasalamento vira questão de estatística", diz Aldo Malavasi, professor aposentado de genética na USP e diretor presidente da Moscamed, empresa pública responsável pela produção dos insetos.
A ideia do Ministério é liberar os primeiros lotes do mosquito produzido na fábrica no município baiano de Jacobina, que tem 79.000 habitantes e apresentou 1.647 casos de dengue em 2012.

Testes – O Aedes Aegypti  transgênico já foi testado em dois bairros de Juazeiro, Mandacaru e Itaberaba, entre 2011 e 2012. Os locais tinham um alto índice do mosquito. Sua população foi reduzida em 90% com a adoção da técnica.
Essa linhagem de mosquitos transgênicos foi originalmente desenvolvida pela empresa britânica Oxitec. Em 2010, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP adaptaram a linhagem para as condições brasileiras. Um ano depois, a Universidade fechou uma parceria com a Moscamed, para produção em larga escala do mosquito.

O plano do governo é analisar os resultados da etapa atual do projeto e, dentro de alguns anos, incorporar a técnica ao Sistema Único de Saúde (SUS) como um dos mecanismos de combate à dengue, junto com a educação da população e o uso de venenos químicos. "Em algumas situações, os mosquitos transgênicos podem ser o melhor modo de controle. Os inseticidas, por exemplo, não têm mobilidade. Já os machos do inseto procuram ativamente as fêmeas. Uma hora depois de termos liberado os mosquistos nas ruas, já estão dentro de todas as casas procurando as fêmeas", diz Aldo Malavasi.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

NEUROCIÊNCIA NA SALA DE AULA

STANISLAS DEHAENE: "A NEUROCIÊNCIA DEVE IR PARA A SALA DE AULA"

O cientista condena o construtivismo como método de alfabetização e diz como os estudos com cérebro podem ajudar disléxicos a ler

Uma das tarefas comuns da ciência é desvendar a complexidade por trás de atividades aparentemente simples. O matemático e neurocientista francês Stanislas Dehaene dedica-se a decifrar as mudanças cerebrais causadas pelo ato de ler. Para ele, a leitura moldou o cérebro humano e preparou-o para assimilar habilidades impossíveis de ser aprendidas por iletrados. Em seu livro Os neurônios da leitura (Editora Penso, R$ 71), ele afirma que o conhecimento do impacto da leitura no cérebro pode melhorar métodos de alfabetização para crianças e dá exemplos de como esse conhecimento tem auxiliado pessoas com dislexia. E mais: Dehaene diz que a pedagogia do construtivismo, altamente disseminada no Brasil, pode ser ineficaz para o ensino da leitura.

ÉPOCA – O que suas pesquisas sobre o impacto da leitura no cérebro revelaram?
Stanislas Dehaene –
Constatamos que nosso cérebro aprendeu a ler a partir de uma reciclagem dos neurônios. Isso quer dizer que neurônios usados na leitura antes eram empregados em outro tipo de tarefa. Nosso cérebro de primata não teve tempo de amadurecer para aprender a ler. A leitura só foi possível porque conseguimos adaptar os símbolos a formas já conhecidas há milhares de anos. Diferentemente do que disse John Locke, nossa cabeça não é uma página em branco pronta para aprender qualquer tipo de coisa. Esse é um exemplo de como a cultura se adaptou às possibilidades de nossa mente. Concluímos que a leitura despertou em nosso cérebro a capacidade de perceber diferenças sutis e aumentou nossa capacidade de memorizar informações. É interessante observar que o cérebro mobiliza a mesma área para a leitura de qualquer idioma. O processamento da leitura do chinês ou do hebraico, da direita para a esquerda, acontece na mesma região que decodifica o inglês, o francês e o português.

ÉPOCA – O senhor disse que a leitura usou uma parte do cérebro antes destinada a outras funções. Que funções eram essas e o que aconteceu com elas?
Dehaene –
Antes de aprendermos a ler, usávamos essa parte do cérebro para reconhecer formas de objetos e de rostos. Se você escanear o cérebro de pessoas que não leem e comparar com as alfabetizadas, a identificação de rostos para as iletradas mobiliza uma parte maior do cérebro que a mesma função nas alfabetizadas. Existe certa competição de competências na mesma região do cérebro. É como se ele tivesse de abrir espaço para a leitura.

ÉPOCA – Isso quer dizer, nesse exemplo, que o cérebro letrado passou a usar um número menor de neurônios para a mesma função? Isso tem impacto na qualidade da função?
Dehaene –
Não temos provas científicas de que ocorra perda de competência. Um mesmo neurônio pode ter um número desconhecido de sinapses, de acordo com o estímulo do ambiente. Mas essa é uma suposição lógica. Afinal, temos de dividir um mesmo número de neurônios em várias atividades. Nosso grupo de pesquisas na Amazônia mostrou que o cérebro de pessoas que não leem tem habilidades relacionadas à noção espacial e de matemática muito avançadas. Não temos dados científicos que provem que eles sejam melhores nessas tarefas porque não leem. Mas essa é uma possibilidade.

ÉPOCA – De que forma suas descobertas podem auxiliar no processo de educação?
Dehaene –
Verificamos, por meio de várias experiências, que o método mais eficaz de alfabetização é o que cha-mamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas. Nossos estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente. Os métodos de ensino que seguem o conceito de educação global, por outro lado, mostraram-se ineficazes. (No método global, a criança deve, primeiro, aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, os símbolos que a compõem.)
Jogos simples de leitura, de rimas e de troca de sons podem ajudar crianças com dislexia a ler
  
ÉPOCA – No Brasil, o construtivismo, que segue as premissas do método global para a alfabetização, é amplamente disseminado. Por que os sistemas que seguem o método global são ineficazes?
Dehaene –
Verificamos em pesquisa com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. No português, a criança aprende primeiro a combinação de consoantes e vogais. A próxima etapa é entender a combinação entre duas consoantes e uma vogal, como o “vra” de palavra. Essa composição de formas, do menor para o maior, é feita no lado esquerdo do cérebro. Quando se usam metodologias para a alfabetização que seguem o método global, no qual a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer os símbolos, o lado direito é ativado. Mas a deco-dificação dos símbolos terá de chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. É um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro. Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado primeiro. As crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo. Crianças com dislexia que começam a treinar o lado esquerdo do cérebro têm muito mais chances de superar a dificuldade no aprendizado da leitura.

ÉPOCA – É possível quantificar esse atraso de leitura que o senhor menciona?
Dehaene –
Quanto mais próxima for a correspondência da letra com o som, mais fácil para um indivíduo automatizar a ação de ler. Português e italiano são idiomas muito transparentes, pois cada letra corresponde a um som. Inglês e francês são línguas em que a correspondência de sons pode variar bastante. Pesquisas mostram que, ao ter aulas regulares, todos os dias, na escola, a criança leva dois anos a mais para dominar o inglês que para dominar o italiano.

ÉPOCA – É possível identificar diferenças no cérebro de quem consegue ler palavras e frases, mas tem dificuldade na interpretação de textos (no Brasil, eles são conhecidos como analfabetos funcionais) em relação a alguém que lê e interpreta o conteúdo com fluência?
Dehaene –
Não identificamos isso em pesquisa de imagens. Mas a dificuldade que algumas pessoas têm de interpre-tar o que leem ocorre basicamente porque elas ainda não automatizaram a decodificação das palavras. Decodificar pede esforço para quem não tem essa função bem desenvolvida. Isso mobiliza completamente a atenção e os es-forços de quem está lendo, a ponto de não conseguir se concentrar na mensagem. A solução para melhorar a in-terpretação de texto é automatizar a leitura. Por isso, é importante que crianças pequenas leiam de forma regular até que isso se torne uma rotina. As crianças começam a interpretar textos com eficiência depois que a leitura se torna um processo automatizado.

ÉPOCA – Aprender a ler partituras tem o mesmo efeito para o cérebro que ler palavras?
Dehaene –
As áreas do cérebro usadas para ler letras não são exatamente as mesmas usadas para decodificar mú-sica. Não há muitos estudos sobre a parte cerebral usada no aprendizado de música. Mas há diversas pesquisas sobre o efeito da música na vida das crianças. Crianças que aprendem música desenvolvem habilidades escolares avançadas, especialmente no domínio da leitura. Elas têm mais facilidade para se concentrar. Aprender música aumenta os níveis de inteligência (Q.I.). Aprender música é uma forma excelente de desenvolver o cérebro, espe-cialmente o de crianças.

ÉPOCA – Pessoas com dislexia leem de forma diferente ou apenas mais devagar?
Dehaene –
Pessoas com dislexia tendem a ter problemas com a conexão entre letra e som. É muito difícil para elas entender essa ligação. Em parte, porque não podem distinguir muito bem as diferenças dos sons da língua. Elas têm problemas com fonologia. Não com o som de letras como a, b, c e d. Mas com o som da linguagem, como dã, bã e pã. Há diferentes tipos de dislexia. Há pessoas que têm dificuldade em enxergar as letras em determinados lugares da palavra ou em visualizar símbolos específicos. O que os disléxicos têm em comum é a dificuldade em criar o mapa dos símbolos e dos sons.

ÉPOCA – Sua pesquisa pode ajudá-los de alguma forma?
Dehaene –
Antes não era óbvio que a maioria dos disléxicos tinha problemas com os sons da linguagem. Agora que sabemos disso, começamos a trabalhar com jogos de reabilitação com ótimos resultados. É possível ajudar as crianças com dislexia com jogos de leitura, de rimas ou brincadeiras de mudar sílabas. Pode-se brincar de trocar o som de “bra” de Brasil por “dra” ou “pra”. Vimos que brincadeiras orais fáceis têm facilitado o aprendizado.

ÉPOCA – Que resultados esse tipo de exercício já produziu?
Dehaene –
Constatamos com exames de imagem que partes do cérebro não usadas em pessoas com dislexia passam a ser exercitadas com esse tipo de atividade. Isso as ajuda a perceber os sons da linguagem, o que é muito importante para o aprendizado da leitura. Para surtir resultados, é importante aplicar esses jogos todos os dias, de forma intensiva.

ÉPOCA – Se o cérebro dos disléxicos é organizado de forma diferente, isso sugere que eles possam ter outras habilidades que alguém sem a dislexia não tem?
Dehaene –
Essa é uma questão interessante. Assim como há a possibilidade de perdermos algumas habilidades quando aprendemos a ler, existe a possibilidade de o cérebro disléxico ter facilidade com algumas áreas. Ainda faltam pesquisas para podermos constatar isso. Mas estudos sugerem que o senso de simetria do disléxico pode ser mais desenvolvido, e isso ajuda em matemática. Sabemos que há muitos disléxicos que podem ser bons em matemática. Estudos sugerem que eles podem enxergar padrões sofisticados com mais facilidade.

ÉPOCA – Pode haver gênios em matemática que não sabem ler?
Dehaene –
Isso é algo muito, muito raro. Pode haver pessoas iletradas muito boas em cálculos. Mas elas não serão gênios em matemática sem ler. Para avançar em matemática, a pessoa precisa entender diferenças sutis num nível muito sofisticado. É justamente a percepção dessas diferenças sutis que a leitura ativa no cérebro. Ler é uma habilidade extraordinária que pode transformar o cérebro e prepará-lo para outros níveis de aprendizado. Não dá para ir muito longe sem leitura.

Fonte:

domingo, 19 de agosto de 2012

"SOBRAM PEDAGOGOS E FALTAM GESTORES"

Sobram pedagogos e faltam gestores, diz especialista


Em entrevista a VEJA, o educador João Batista Araujo e Oliveira diz que o Brasil necessita de redes de ensino fundamental eficientes, não de ilhas de excelência, e anuncia um prêmio para os prefeitos que avançarem nesse objetivo

"Há boas escolas espalhadas pelo Brasil, mas sozinhas elas não vão mudar o jogo. Precisamos de uma rede que funcione”.

Há décadas governos estaduais, municipais e federal se vangloriam de suas escolas-modelo, unidades que recebem toda a atenção da administração de plantão e que, por isso, se destacam dos demais colégios públicos pela excelência. Os governantes deveriam, na verdade, se envergonhar da situação, afirma o educador João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, ONG dedicada à educação. O argumento do especialista é simples: “As escolas-modelo são exceções. A regra, como sabemos, são as demais escolas do Brasil”. Para incentivar governos a corrigir a distorção, Oliveira criou, em parceria com a Gávea Investimentos e a Fundação Lemann, o Prêmio Prefeito Nota 10, que vai dar 200.000 reais a administradores municipais cuja rede de ensino fundamental obtiver a melhor avaliação na Prova Brasil, exame federal que mede a qualidade do ensino público no ciclo básico. Escola-modelo, portanto, não conta. “Não adianta o prefeito falar que tem duas escolas excepcionais, se as demais não acompanham esse nível. Queremos premiar o conjunto.” Confira a seguir a entrevista que ele concedeu a VEJA.


ENTREVISTA:

O MEC divulgou nesta semana os resultados da Prova Brasil, que mostra o nível de aprendizado das crianças no ciclo fundamental das escolas públicas. Como o senhor avalia os resultados?
Eles foram divulgados com grande fanfarra, mas não há nenhuma justificativa para isso. Se você analisa a questão no tempo, percebe que existe estagnação. Há um ponto fora da curva, os resultados divulgados em 2010. Mas eles não foram corroborados neste novo exame, e já esperávamos isso. Estamos onde estávamos em 1995. Há uma melhora bem pequena nos anos iniciais da escola, e pouquíssima variação nas séries finais e no ensino médio. Os gastos em educação aumentaram -- e muito -- e foram criados muitos programas, mas isso não tem consistência suficiente para melhorar a qualidade do ensino. Então, temos duas hipóteses para a estagnação: ou os programas criados são bons, mas não foram bem executados, ou são desnecessários e não trouxeram benefício algum.


Especialistas, entre os quais o senhor, pregam que uma reforma educacional eficaz se faz com receitas consagradas -- ou seja, sem invencionices. Quais são os ingredientes para o avanço?O primeiro é uma política para atrair pessoas de bom nível ao magistério. Desde a década de 60 há um rebaixamento do nível do pessoal, e a qualidade do ensino depende essencialmente do professor. O segundo ingrediente é a gestão do sistema. Uma boa gestão produz equidade: todas as escolas de uma mesma rede funcionam segundo o mesmo padrão. Hoje, unidades de uma mesma rede, estadual ou municipal, apresentam desempenhos díspares. O terceiro é a existência de um programa de ensino estruturado, que falta ao Brasil. As escolas têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político-pedagógica”, seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves. Os governos de todos os níveis abriram mão de manter uma proposta de ensino, detalhando o que os alunos devem aprender em cada série. O quarto ingrediente é um sistema de avaliação que possa medir a evolução do aprendizado. Para isso, porém, é preciso ter um programa de ensino: afinal, se você não sabe o que ensinar, como vai saber o que avaliar? De posse de bons profissionais, gestão, programa de ensino e métodos de avaliação, acrescenta-se o último ingrediente, um sistema de premiação e punição. Algumas redes começam a pensar em um sistema de premiação, mas não adianta só dar incentivo. É preciso premiar quem faz direito e punir quem não faz. Hoje, o único punido no sistema de ensino brasileiro é o aluno reprovado. Isso é covardia. Nada acontece com professor, diretor, secretário de Educação, prefeito ou governador quando eles falham. 


Em meio a tantos desacertos, há municípios fazendo a lição de casa em matéria de educação?Sim, mas os exemplos são poucos. Sobral, no Ceará, é um deles, além de algumas dezenas de cidades em São Paulo e em Minas Gerais. Elas seguem a receita de estruturar o ensino, de cuidar de questões que realmente fazem a diferença. Mas ainda estamos falando das primeiras séries do ensino fundamental. Ou seja, estamos aprendendo a fazer escola primária.


O senhor organiza um prêmio que será entregue a administrações municipais que mostrarem o melhor desempenho em educação. Como ele vai funcionar?A ideia é premiar o prefeito das cidades que apresentarem uma rede de qualidade, ou seja, um conjunto em que todas as escolas atinjam um patamar satisfatório de ensino. Não adianta o prefeito falar que tem duas escolas-modelo, excepcionais, se as demais não acompanham esse nível. Queremos premiar o conjunto.


Qual o problema das escolas-modelo?O problema é que elas não são modelo de nada. Em sua excelência, elas são exceções. O prêmio parte da premissa de que uma andorinha sozinha não faz verão. Por meio da Prova Brasil, constatamos que existem algumas escolas  boas espalhadas pelo país, mas, sozinhas, elas não vão mudar o jogo.
Precisamos de uma rede que funcione. Quando analisamos avaliações de outras nações, percebemos que escolas de uma mesma rede têm um desempenho muito similar. Isso é democracia, isso é cidadania: você pode matricular seu filho em qualquer escola, pois todas oferecem o mesmo nível de ensino.


Por que é tão difícil levar a qualidade das escolas-modelo para toda a rede de ensino?Porque no Brasil o que importa é acessório. O legal é colocar xadrez na escola, é ensinar teatro. O brasileiro vai à Finlândia e acha que o sucesso da educação daquele país se deve ao fato de que as paredes das escolas são pintadas de rosa. Na volta ao Brasil, ele quer pintar todas as escolas daquela cor. Depois, ele vai à França, onde vê um livro que julga importante e decide introduzi-lo nas escolas daqui... Em vez de olharmos o que os sistemas de ensino daqueles países têm em comum, olhamos exatamente para o que há de diferente neles, como se isso fosse a bala de prata da educação. Por isso gestão é tão importante: é preciso focar o DNA da escola e deixar de lado o que é periférico. O problema é que as escolas e as secretarias de Educação estão povoadas de pedagogos, e não de gestores. Não conheço uma Secretaria de Educação no Brasil que tenha um especialista em demografia, que saiba quantas crianças vão nascer nos próximos anos e, portanto, quantas escolas precisam ser abertas ou fechadas.


Há alguns meses, o MEC anunciou a aquisição de milhares de tablets para professores. O senhor vê isso com bons olhos?É mais confete. O bom professor vai se beneficiar; o mau, não. E nem o benefício ao bom professor justifica o custo. Quando a tecnologia está atrelada ao professor, ele, o ser humano, vai ser sempre o fator limitante. Nenhum país conseguiu melhorar a educação a partir do uso da tecnologia. Não estou dizendo que a tecnologia seja ruim. Ela tem potencial, desde que seja usada no contexto apropriado. Não adianta colocar ingredientes certos na receita errada.


Alguns países que tinham índices educacionais semelhantes aos do Brasil hoje ostentam números aceitáveis ou mesmo invejáveis. É o caso de Coreia do Sul, China e Chile. O que essas nações podem ensinar ao Brasil?
Elas podem servir de modelo, mas é preciso entender o processo de cada uma delas. Os três países citados aprimoraram seu sistema de ensino em regimes militares, o que não é a realidade do Brasil, felizmente. Mas a estratégia central dessas nações foi adotar medidas de forma gradual. Essa é uma lição que o Brasil tem dificuldades para aprender. Queremos fazer tudo de uma só vez, e acabamos não fazendo nada direito. A Coreia do Sul, por exemplo, realizou sua reforma entre os anos 1950 e 1980. Primeiro, reestruturou o ensino primário, depois, o ginásio, e assim por diante. A outra estratégia acertada dessas nações foi construir as condições necessárias ao sucesso do ensino. Dou novamente um exemplo dos sul-coreanos: eles introduziram um programa de ensino rigoroso, tocado por professores bem formados. Temos também exemplos de democracias que fizeram reformas educacionais bem-sucedidas, como Finlândia e Irlanda. A Finlândia tinha índices muito inferiores aos dos demais países escandinavos. Há cerca de trinta anos, eles elaboraram um plano de ensino extremamente rigoroso, que incluía formação lapidar de professores.


A sensação generalizada é que o ensino público nacional é um desastre. É uma visão errada?É uma visão correta. Sobretudo para as crianças pobres, que teriam na escola a única chance de ascensão social. A escola é um desastre quando analisada pela ótica das avaliações internacionais, e um desastre também do ponto de vista pessoal, individual. A única chance que um cidadão tem de melhorar de vida no Brasil é por meio da educação de qualidade. E ela não tem qualidade para a maioria das pes- soas. O número de jovens que chegam ao ensino médio é baixíssimo, e entre estes a evasão é uma calamidade. E o governo é incapaz de entender que há um modelo errado ali, que penaliza jovens justamente quando eles atravessam uma fase de afirmação.


O Enem foi criado como ferramenta de avaliação e aprimoramento do ensino médio. Porém, vem sofrendo mudanças para atender a outro fim: a seleção de estudantes para universidades públicas. Qual a avaliação do senhor a respeito?Ninguém consegue servir a dois senhores. O Enem nasceu com um formato, mas transformou-se em outra coisa. Ele nasceu para ser uma prova de avaliação das competências dos jovens, mas não deu certo. Em seguida, tentou-se vender a ideia de que é uma prova seletiva, um vestibular barato. E ficamos com esse troço que ninguém sabe o que é. O Enem não tem a menor importância. A ideia de ter uma forma simplificada de ingresso à universidade é bem-vinda, mas isso não serve para todos os estudantes do ensino médio.


O que poderia ser feito para corrigir o ensino médio?O Brasil tem a necessidade de atender a demandas da sociedade e da economia. Mas insistimos em fazer um ensino acadêmico, reprovando alunos e negando qualquer futuro a essas pessoas. O grosso do currículo escolar tem de ser voltado para a massa, para pessoas que vão enfrentar o mercado de trabalho. Uma formação técnica, profissional, para aquele sujeito que vai trabalhar no shopping, no telemarketing. Não há demérito algum nisso: essa é a base das economias de serviço. Nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, 50% das pessoas que estão no mercado de trabalho têm apenas o ensino médio. É um nível de qualificação que permite a eficiência da economia. Aqui, quem possui somente o ensino médio é considerado um fracassado.

Tramita no Congresso o Plano Nacional de Educação, que prevê aumentar o porcentual do PIB destinado à área de 5% para 10%. A falta de dinheiro é a razão de crianças não saberem ler ou operar conceitos fundamentais de matemática?
O país deve investir em educação, mas colocar dinheiro na equação atual é jogá-lo fora. O problema mais importante é a gestão. Não adianta pôr mais dinheiro no sistema atual porque ele vai ser malgasto. É como pagar dois professores que não sabem ensinar: melhor é pagar somente um bom mestre. Temos problemas estruturais muito graves: se eles não forem resolvidos, não haverá financiamento que baste. Desde 1995, o salário do professor quintuplicou no Brasil, mas não houve avanço no desempenho do ensino. Então, aumentar uma variável só não vai mexer no resultado. A equação é mais complexa. Além disso, 10% é uma cifra descabida do ponto de vista da macroeconomia.

O país estabeleceu metas para o ensino básico até 2021. Como estará o Brasil, do ponto de vista da educação, às vésperas do bicentenário da Independência?
Estaremos no mesmo patamar. Não há nenhuma razão para pensar que será diferente. Não se muda a educação estabelecendo metas, mas a partir de instituições. Não há milagre. Uma vez que não existe investimento nas políticas corretas, não há por que achar que teremos uma situação melhor no futuro.


Fonte:

sábado, 18 de agosto de 2012

ANATOMIA DE UMA BARATA

COMO É O CORPO DE UMA BARATA?

BICHO ANTENADO
O par de antenas sente cheiros e gostos, enquanto os olhos enxergam bem à noite, já que esse é o momento em que a barata sai do esconderijo atrás de comida. Como são onívoras (comem de tudo, até carne putrefata), têm uma boca denteada e mandíbulas fortes

POXA, QUE COXAS
As pernas se dividem em três pares: os dois maiores impulsionam a barata para a frente, enquanto o menor, próximo à cabeça, cuida de frear altas velocidades. Baratas podem chegar a 3 km/h, o que equivale a percorrer quase 1 m em um segundo!

RESPIRAÇÃO FURADA
As cascudas puxam e eliminam o ar por pequenos furos espalhados pelo corpo, os espiráculos. Lá dentro, o oxigênio percorre os tubos até alcançar os tecidos. Diferentemente dos humanos, elas não usam o sangue para transportar O2

ALADA E PERIGOSA
O primeiro par de asas, com textura de pergaminho, cobre outro, fino e flexível. Nos machos, as asas costumam ultrapassar o fim do abdômen e, nas fêmeas, têm o mesmo tamanho do corpo. Algumas espécies não apresentam asas - são ápteras

BARATA ALERTA
Baratas possuem pequenos pelos no abdômen chamados de cerci, que sentem o movimento do ar, informando quando um inimigo se aproxima. Em milésimos de segundo, eles acionam as pernas do bicho, que consegue fugir rapidamente

PODRE POR DENTRO
Pode parecer estranho, mas o exterior das baratas é extremamente limpo. A sujeira está em seu interior, mais exatamente no sistema digestivo. É lá onde ficam vírus e bactérias, que são expelidos no cocô e podem causar infecções, alergias, verminoses e micoses.

Barata de fases
O rápido ciclo de vida da cascuda tem três níveis: dentro da ooteca, como ninfa e transformada em barata adulta

 OOTECA
Em seus dois anos de vida, a Periplaneta americana gera até 20 ninhadas. Em cada uma, produz uma bolsa com até 20 ovos

NINFA
Guardado em frestas ou atrás de móveis, cada ovo dará origem a uma ninfa. Esta barata jovem trocará de pele várias vezes até virar adulta

ADULTA
Os tamanhos variam: a Periplaneta americana, por exemplo, chega a 4 cm, enquanto a brasileira Megaloblatta regina tem até 10 cm
Mitos baratos

A VERDADE SOBRE OS MISTÉRIOS QUE CERCAM A CAPACIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DAS BARATAS

CABEÇA DECEPADA
Sim, elas realmente conseguem viver sem cabeça por até um mês e só batem as patas devido à sede! Como as baratas não respiram pela boca, não morrem por falta de ar e, como têm pouca pressão sanguínea, não morrem de hemorragia

DE PERNAS PRO AR
Alguns inseticidas atacam o sistema nervoso da cascuda e geram espasmos que fazem com que ela vire de barriga para cima. Tonta e sem ter onde agarrar, ela definha sem opções de salvamento

CASCA ANTIATÔMICA
A história de que as baratas sobreviveriam a uma explosão nuclear tem um fundo de verdade: elas aguentam dez vezes mais radiação do que os humanos. Mas, próximas ao centro da explosão, elas morrem desintegradas de qualquer jeito
• Larga de ser porco, menino! Baratas podem roer o canto da sua boca ou a cutícula dos seus dedos em busca de restos de comida
• Nesta matéria, analisamos o corpo da espécie Periplaneta americana, a mais comum no Brasil
• Cuidado com o copo de cerveja. Baratas são atraídas pelo cheiro da cevada, principalmente quando a bebida entra em processo de decomposição
• Há 200 baratas para cada habitante da grande São Paulo, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas

FONTES: Sérgio Bocalini, biólogo especialista em entomologia urbana; Elisabete Goeldner, bióloga do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea-RJ); Joseph Kunkel, biólogo da Universidade de Massachusetts.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

APRESENTAÇÃO DA ALUNA KAMILA

NOME: KAMILA
ESCOLA: EMEF DORA A. SILVARES     SÃO MATEUS/ES BRASIL
TURNO: MATUTINO
SERÍE: 7° C
DISCIPLINA: CIÊNCIAS.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

APRESENTAÇÃO DO ALUNO BRUNO


NOME: BRUNO PIROLA
SÉRIE: 7° B
ESCOLA: EMEF DORA ARNIZAUT SILVARES   SÃO MATEUS/ES/BRASIL
TURNO: MATUTINO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

DIFERENÇA ENTRE LESMA, CARAMUJO E CARACOL

QUAL A DIFERENÇA ENTRE LESMA, CARAMUJO E CARACOL?
Os três são moluscos, da classe dos gastrópodes. A principal diferença entre a lesma e os outros dois é que ela não tem uma concha externa - ou tem uma concha muito pequena. Já caracol e caramujo são sinônimos em várias regiões do Brasil, mas, na linguagem popular, caracol geralmente se refere aos gastrópodes terrestres, e caramujo, aos aquáticos. Já as lesmas podem viver tanto na terra como no mar. Juntos, esses três bichinhos somam cerca de 75 mil espécies. Além de numerosos, eles são antigos moradores da Terra: existem registros fósseis de gastrópodes de cerca de 500 milhões de anos atrás. Há entre 30 e 40 famílias de lesmas, contra 400 de caramujos e caracóis, de acordo com o biólogo Luiz Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, autor do livro Land and Freshwater Molluscs of Brazil (“Moluscos Terrestres e de Água Doce do Brasil”). Você pode não gostar da gosma que eles deixam, mas sem eles, podem ocorrer desequilíbrios ambientais.
MINHA NADA MOLE VIDA Apesar de hermafroditas e gosmentos, gastrópodes têm vida sem sal

BELEZA INTERIOR
O corpo das lesmas terrestres tem três partes principais: cabeça, pé e massa visceral, que é recoberta por uma espécie de pele, o manto. Da cabeça saem quatro tentáculos, todos retráteis: dois são a base dos olhos e dois são usados para o tato e o olfato. A parte de baixo do corpo dos caramujos é a mesma das lesmas

DEBAIXO DOS CARACÓIS
Os caracóis e caramujos nascem com uma protoconcha, que já contém todas as camadas da concha dos
adultos. À medida que cresce, uma glândula no manto vai secretando as três camadas que formam o material:
Perióstraco: Parte mais externa, rica em conchiolina, uma matéria orgânica. Protege a concha da corrosão do meio ambiente
Óstraco: Camada intermediária, feita de carbonato de cálcio, que confere dureza à concha
Hipóstraco: É a mais próxima do corpo. É responsável pela reparação de qualquer fratura sofrida pela concha

 CABEÇA FRESCA
Dependendo de onde vivem, os gastrópodes respiram de maneiras diferentes. Enquanto as formas marinhas usam brânquias (como os peixes), as terrestres têm pulmão e fazem a troca gasosa por um buraco existente na lateral da cabeça, chamado pneumóstoma. Como essas espécies têm a pele muito
fina, elas também absorvem o oxigênio diretamente por ela

VELOCIDADE MÍNIMA
Para se mover, lesmas e caracóis contam com a ajuda de uma espéciede muco, secretado por uma glândula localizada na barriga. Essa substância gosmenta é importante porque ajuda no deslizamento do animal. Eles se movem fazendo movimentos ondulatórios, como as cobras e as minhocas. Os animais menores (de até 1 milímetro de comprimento) também contam com a ajuda dos milhares de cílios localizados na barriga, que funcionam como uma sucessão de pezinhos.
Entenda como lesmas e caracóis se movimentam:
1. Para se movimentar, o primeiro passo é levantar a cabeça em um ângulo de 20 a 30 graus do chão
2. Em seguida, o bicho estica o resto do corpo, e as partes que se desprendem do chão vão se alternando ao longo do corpo da lesma, até começar tudo de novo

SEXO CRUZADO
A maioria dos gastrópodes terrestres é hermafrodita: o mesmo animal possui um pênis e uma vagina, mas precisa de um parceiro para procriar. Durante o acasalamento, rola uma fecundação cruzada, em que um transfere espermatozóides para o outro, e vice-versa. Veja como é a transa radical das lesmas-leopardo (Limax maximus):
1. A lesma que quer acasalar solta um muco com um “sabor especial”, que anuncia aos companheiros de espécie que ela está a fim
2. As duas lesmas sobem, então, em um galho e se enroscam uma na outra, soltando um fio de muco
de até 40 centímetros
3. Enroladas, as duas descem pelo fio e cada uma coloca o pênis (que estava “escondido” sob o
manto) para fora

COM A LÍNGUA NOS DENTES
Para comer, os gastrópodes usam a rádula, órgão parecido com a língua, com milhares de protuberâncias que lembram dentes humanos. A ponta da rádula raspa o alimento, e os “dentes” na superfície o cortam. Os gastrópodes encaram de tudo na hora de comer: alguns só comem plantinhas, outros preferem matéria
orgânica podre e há ainda as carnívoras, que comem insetos, outros moluscos e até pequenos peixes
AI, MEUS SAIS
Muita criança já fez a maldade: jogou sal na lesma para vê-la derreter. Isso acontece porque a pele dela é muito fina e permeável. Por um processo químico conhecido como osmose, o sal “suga” a água existente no corpo do bicho, fazendo com que ele perca muito líquido e morra de desidratação

AS APARÊNCIAS ENGANAM Entre as 400 famílias de caracóis e caramujos, há desde iguarias a bichos perigosos
DO BEM...
Ele é um caracol terrestre da família Helicidae, e, como todo molusco, é bem nojento. Mas, como é herbívoro e se alimenta apenas de frutas e verduras, o escargot se tornou uma das iguarias mais refinadas do mundo. Alguns criadores deixam o bicho em jejum e depois os alimentam com água, ervas aromáticas e até vinho branco! Um quilo de sua carne - que tem entre 120 e 150 animais - custa quase 100 reais
...E DO MAL
Alguns caramujos da família Planorbidae são hospedeiros do verme responsável pela esquistossomose. Outro gastrópode mal-encarado é um caramujo africano (Achatina fulica), espécie introduzida nos anos 80 como uma alternativa ao escargot. O contato com seu muco pode causar distúrbios no sistema nervoso, perfuração do intestino, hemorragia abdominal e até a morte do paciente

Fonte:

terça-feira, 14 de agosto de 2012

REDAÇÃO SOBRE PEIXES DE BRENDA

         
NOME: BRENDA GOMES FANTICELLI
TURMA: 7° C   
ESCOLA: EMEF DORA A. SILVARES SÃO MATEUS /ES BRASIL
TURNO: MATUTINO
             
             Peixes
São animais de ambiente aquático, alguns de ambiente marinho e outros  de água doce como  rios e lagos.
Peixes em geral, se reproduzem por ovos, sendo que em certas espécies, sai um pequeno filhote de cada ovo, que são chamados de ALEVINO e tem forma semelhante ao adulto. Já, em outras espécies, sai  uma LARVA que é o estágio jovem e  não é semelhante ao adulto.
Os peixes respiram por brânquias e como nós usam o gás oxigênio na sua respiração. Ele entra pela boca do peixe e passa pelas brânquias e sai pela abertura lateral logo após a cabeça.
E, em algumas poucas espécies o embrião desenvolve-se dentro do organismo materno, e é nutrido por substâncias que recebe do próprio peixe.
Os peixes cartilaginosos são os Tubarões e Raias ou (arraias).
Alguns exemplos de peixes ósseos são a Moreia-pintada e o Cavalo-marinho. Os peixes sem mandíbulas são a Feiticeira e a Lampreia.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ANATOMIA DE UM PERNILONGO

COMO É A ANATOMIA DE UM PERNILONGO?

NÃO É QUALQUER MOSQUITO, NÃO
Pernilongo é um termo popular para nomear mosquitos com patas longas, da família Culicidae. A espécie mais comum do mundo, Culex quinquefasciatus, mede até 70 mm, pesa 1 mg e atinge até 2,5 km/h em voo.

SEMPRE ALERTA!
Os machos se alimentam do açúcar presente no néctar e na seiva das plantas. Só as fêmeas bebem sangue. Elas utilizam suas antenas (menos peludas que as dos machos) para farejar as “vítimas”, identificando substâncias no ar: o CO2 liberado pela respiração indica que há sangue por perto.

VISÃO NOTURNA
Assim como ocorre em outros insetos, os olhos compostos dos pernilongos, formados por milhares de lentes minúsculas, são extremamente sensíveis à luz, possibilitando voos no escuro.

BOM DE BICO
Os lábios escondem uma arma letal: a probóscide, agulha retrátil que a fêmea usa para perfurar a pele de mamíferos e pássaros e sugar o sangue deles. A irritação e a coceira na pele não são causadas pela picada em si, mas pelas substâncias anestésicas e anticoagulantes da saliva do bicho.

VEIAS ABERTAS
O coração está integrado a um sistema em que o sangue do inseto, a hemolinfa, circula livremente pelo corpo todo. Um único canal atravessa o corpo, do tórax ao abdômen. Na parte traseira, o canal se divide em câmaras, que se contraem para bombear o líquido amarelo-esverdeado.


DIETA SiMPLES
O sistema digestivo também é um duto só, da boca ao ânus. A saliva dissolve o alimento na altura do tórax e os nutrientes são absorvidos na área abdominal. No reto, 90% da água das fezes é reabsorvida e isso impede que o pernilongo morra desidratado em ambientes extremos.
O zumbido é causado pelas frenéticas batidas de asas, acionadas pelos músculos alares – até 300 batidas por segundo. Durante o voo, as patas dianteiras ficam encolhidas e as traseiras são alongadas para trás, aumentando a eficiência aerodinâmica e turbinando a performance.

SANGUE DO SEU SANGUE
O sexo (cópula) entre pernilongos acontece assim que a fêmea vira adulta. Assim que a relação termina, elas vão atrás de sangue para irrigar os ovários, que produzem até 200 ovos por ninhada. Para incubar as crias, a barriga suporta três vezes o peso do inseto.

PERNAS, PRA QUE TE QUERO
As patas, leves e longilíneas, facilitam voos e aterrissagens. Assim como em outros insetos, são compostas de coxa, trocanter, fêmur, tíbia e tarso. Para grudar nas superfícies de pouso – nossa pele, por exemplo –, os pernilongos usam garras chamadas de unhas tarsais.

Fonte:

domingo, 5 de agosto de 2012

AULA DE REVISÃO - EJA / 7° ANO

Abaixo, link com a aula de revisão ministrada em 03/08/2012 dos seguintes assuntos:

          CÉLULA: FORMAS CELULARES

         ORGANELAS

         DIFERENÇAS ENTRE CELÚLA  ANIMAL  E VEGETAL.

         TECIDOS HUMANOS

         SEM (SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO)


LOCAL DA AULA - ESCOLA: EMEF João Pinto Bandeira
Cidade: São Mateus, ES  Brasil.
Tempo aproximado 45 minutos

A aula foi ministrada no Laboratório de Informática, com auxilio da data show para as turmas dos 7°s anos, turno noturno, da Modalidade de Ensino: EJA/ Educação de Jovens e Adultos. CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ABRIR O ARQUIVO COM A AULA.


                                        AULA EJA / 7° ANO

sábado, 4 de agosto de 2012

AULA DE REVISÃO PARA OS 6°S ANOS

Abaixo, link com a aula de revisão ministrada em 03/08/2012 dos seguintes assuntos:

CADEIA ALIMENTAR

INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS

DIFERENÇAS ENTRE CÉLULA ANIMAL E VEGETAL

AÇÕES ANTRÓPICAS

NOME CIENTÍFICO

LOCAL DA AULA - ESCOLA: EMEF João Pinto Bandeira
Cidade: São Mateus, ES  Brasil.
Tempo aproximado: 45 minutos.

A aula foi ministrada no Laboratório de Informática, com auxilio da data show para as turmas dos 6°s anos, turno noturno, da Modalidade de Ensino: EJA/ Educação de Jovens e Adultos. CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ABRIR O ARQUIVO COM A AULA.


                               REVISÃO EJA 6°S ANOS

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