LOGAN

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O FILHOTE

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O ESQUECIMENTO DO JEGUE

Prezados: encero com o post abaixo as publicações do corrente ano. Grato aos alunos que visitaram ao longo do tempo este blog.  Grato a DEUS por mais um ano que se finda. Feliz por iniciar mais um período de férias. Boas festas a todas (os) e se tudo correr bem, até fevereiro de 2015. Neemias.

ESQUECIDO, NOSSO JEGUE NORDESTINO CORRE PERIGO DE EXTINÇÃO.

Durante uma viagem de 40 mil km pela África, meu filho Mikael e eu elegemos o burro como o animal mais perigoso nas estradas do continente. A vaca, ao cruzar uma rodovia, ela aguarda na beirada, dá uma olhadinha dos dois lados e atravessa quando puder. Já o asno, ele sabe que vem um veículo, cruza assim mesmo e, invariavelmente, para no meio da estrada. Provocação ou burrice?

Por isso, quando meu amigo de longas décadas Marcelo Buainain me avisou que estava fazendo um exaustivo trabalho fotográfico sobre o asno, pensei em questionar o tema. Com tantas espécies únicas no Nordeste brasileiro – onde Marcelo vive há mais de dez asnos, perdão, anos – por que escolher logo o animal mais teimoso?

Assim como eu, centenas de milhões de habitantes desse planeta possuem um tremendo preconceito com o animal. Mas outras centenas de milhões também dependem muito dele. Ou dependiam, como sublinha Marcelo.
“O burrico é um dos animais que mais ajudaram no desenvolvimento humano e que, ao longo dos anos, vem sofrendo com o abandono e o esquecimento. Desde a edificação das pirâmides no Egito à construção de açudes no Nordeste, ele se mostrou o verdadeiro melhor amigo do homem”, afirma Marcelo.

Em suas andanças pelo Nordeste, Marcelo tem visto um crescente descaso com os animais. Deixado à sua própria sorte, magros e famintos, o burrico foi substituído por algum motor e entra em franca decadência.
Assim, a lente curiosa do fotógrafo Marcelo Buainain passou a documentar a triste situação, sob o tema “Era uma vez”. “À medida que penetrava nas realidades do sertão, fui compreendendo que o abandono dos burros simbolizava o descarte de uma cultura e de valores que não precisariam ser desprezados em nome do desenvolvimento”, diz Marcelo.
“Esse entendimento me levou a perceber que esse dócil, humilde e serviçal animal, cantado por Luiz Gonzaga e cordelistas, escolhido por Jesus e  admirado por Victor Hugo, Dom Pedro e Juan Ramón Jiménez, estava entrando para o passado, para um tempo de “Era uma vez”.

Depois de alguns anos seguindo jumentos, jegues, jericos e roxinhos, Marcelo apresenta agora na sua cidade de residência, Natal, RN, seu veredito com a exposição fotográfica e seu livro “Era Uma vez”, um compêndio de imagens belíssimas que honra o animal mencionado na Bíblia 133 vezes. Mostram desde o amor e a serventia que os burros têm no sertão nordestino, até eu abandono pelas estradas e ruas das cidades, condenado ao ostracismo por não mais atender, como no passado, a cadeia produtiva ou econômica.

Fonte:

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

VIVER COM UM RIM

Saiba como é a vida de quem tem apenas um rim

Pessoas com apenas um rim não costumam ter restrições alimentares ou problemas de saúde
Os rins exercem funções muito importantes para o bom funcionamento do organismo, como regular a pressão arterial, produzir células vermelhas, ativar a vitamina D e, principalmente, filtrar fluidos para expelir toxinas.

No entanto, muitas pessoas vivem com apenas um rim, como o ex-jogador Pelé, que foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar uma infecção urinária 11 dias após a retirada de cálculos renais.

Isso não significa, porém, que essas pessoas sejam obrigadas a seguir determinadas restrições ou que elas corram risco de ter problemas de saúde.

É possível levar uma vida normal e saudável com apenas um desses órgãos.

Entenda a seguir os motivos pelos quais alguém vive com apenas um rim e os efeitos desta condição:

1) Por que uma pessoa tem só um rim?

Existem quatro razões mais comuns para isso.
A pessoa pode ter nascido com apenas um rim, uma condição conhecida como agenesia renal. Isso é mais comum entre homens, segundo o instituto de pesquisa Kidney Research, do Reino Unido.Também é possível nascer com ambos os rins, mas apenas um deles funciona.

A pessoa ainda pode ter um de seus rins retirados por causa de uma anormalidade na sua formação anatômica, para tratar um sério trauma causado por um acidente ou por causa de uma doença, como câncer, ou pode ter doado um dos rins a quem precisava de um transplante.

Segundo relatos da imprensa, Pelé teve um rim extraído nos anos 70 nos Estados Unidos, no final de sua carreira como atleta, por ter tido um tumor no órgão.

2) Ter só um rim gera problemas de saúde?

A maioria das pessoas que tem apenas um rim leva uma vida saudável.
Em geral, quem nasce com apenas um rim saudável ou tem um deles retirado ainda na infância não enfrenta problemas no curto prazo.
Isso porque o rim restante cresce mais rápido e se torna maior do que um rim comum, um fênomeno conhecido como "crescimento compensatório" ou "crescimento regenerativo".

Este único rim pode chegar a ter quase o mesmo tamanho de dois rins juntos. Isso permite ao órgão realizar o trabalho que caberia aos dois rins.

O mesmo ocorre com quem vive com apenas um rim após um transplante. O órgão cresce e torna-se até 40% mais potente do que um rim comum.
Mas foram observados efeitos ao longo de um período maior de tempo entre aqueles que nasceram com um rim apenas ou tiveram um deles retirado na infância.
É possível sofrer uma pequena perda de função renal, o que não afeta muito a expectativa de vida. Esta condição leva, em média, 25 anos para ser desenvolvida, segundo o instituto americano de pesquisa National Kidney Foundation.

Estas pessoas ainda podem ter pressão alta quando ficarem mais velhas ou apresentar um excesso de proteína na urina, o que leva o corpo a reter fluídos e sódio, causando um inchaço nos tornozelos e no abdômen.

3) É preciso ir com mais frequência ao médico?

A pessoa deve testar sua função renal por meio de exames ao menos uma vez por ano, de acordo com a National Kidney Foundation.
Isso pode ser feito por meio de exames de urina e sangue.Ainda é preciso monitorar a pressão arterial.

4) A pessoa pode praticar esportes?

O exercício físico é uma prática saudável e recomendada, mas alguns médicos recomendam ter cuidado e evitar lesões ao órgão, que, por ser maior e mais pesado, também é mais suscetível a traumas.
Uma forma de fazer isso é usar uma proteção sobre a roupa durante a atividade.
Alguns médicos ainda recomendam evitar esportes de contato, como futebol, basquete, lutas e artes marciais, para prevenir danos aos órgão.

5) Há uma dieta especial?

A maioria das pessoas com só um rim não precisa seguir uma dieta especial. Mas a Kidney Research recomenda consumir menos sal e beber bastante água, entre seis a oito copos por dia.

Mas, quando a pessoa precisou de um transplante motivados por uma doença ou falha renal, pode haver algumas restrições na alimentação, o que varia a cada caso e depende da avaliação médica.

Assim como quando a pessoa apresenta uma concentração de proteína acima do normal na urina, sendo recomendada uma dieta com menos proteína.


sábado, 6 de dezembro de 2014

NASCENTE VOLTA A TER VIDA

CHUVA AJUDA E PRINCIPAL NASCENTE DO RIO SÃO FRANCISCO VOLTA A JORRAR ÁGUA

O chefe substituto do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Centro-Oeste de Minas Gerais, Vicente Faria, afirmou que a situação melhorou depois das longas chuvas na região

 Imagem mostra nível da nascente bem abaixo do normal em setembro deste ano

A alegria toma conta dos ambientalistas, funcionários e frequentadores do Parque Nacional da Serra da Canastra, situado em São Roque de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Com a chuva que se intensificou na região nos últimos dias, a principal nascente do Rio São Francisco, que fica dentro da área de preservação voltou a jorrar água com um volume expressivo. A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, uma das mais importantes do país, sofreu por causa do longo período de estiagem em 2014, considerado o maior nos últimos 30 anos. 

A comemoração por causa da volta da nascente começou na tarde dessa quinta-feira. Um funcionário foi deslocado para o alto do parque, onde se localiza a nascente, e voltou com a boa notícia. “Estamos tendo muita chuva desde o último domingo na região que ultrapassou uns 200 milímetros. Ontem, mandei um funcionário verificar a nascente e ele voltou dizendo que ela voltou a jorrar água em volume expressivo”, explicou o analista ambiental e chefe substituto da Unidade de Conservação, Vicente Faria. 

Mesmo sendo uma situação que era esperada pelos funcionários, a notícia foi bastante comemorada. “Essa nascente é histórica do São Francisco e ela nunca tinha secado. Isso é muito ruim, porque um dos motivos de criação do parque era a preservação desta nascente. Mas, sabíamos que com a chuva iria voltar, como de fato voltou”, disse Faria. 

Quando a situação da nascente foi descoberta, em setembro deste ano, causou preocupação nas autoridades e ambientalistas. Isso porque, a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem. Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) a vazão média é de 2.850 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 2% do total do país. O rio tem extensão de 2,7 mil quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe. 

Incêndios 
O Parque Nacional do Serra da Canastra sofreu com o tempo seco neste ano. Várias ocorrências de incêndio foram registradas, o que maltratou a vegetação e a fauna local. Com a chuva, a situação está sendo normalizada. “O parque queimou mais de 90 mil hectares com uma série de incêndio que começou em julho e foi até setembro. Porém, a fauna está crescendo novamente. Já temos abrigo e alimento para a fauna, além de embelezar a paisagem. A beleza cênica voltou”, afirma o chefe substituto. 

Dezembro deve ter mais chuva
Os meteorologistas estão confiantes com o retorno das chuvas em Minas Gerais. Para Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dezembro dever ter precipitações acima da média. “A chuva de novembro vai gradativamente reduzindo a situação crítica no estado, mas ainda não está bom. Esperamos que mês que vem a situação melhore mais. Por enquanto é só um alívio”, comentou. 

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, conforme o meteorologista, já choveu 70% da chuva esperada para Novembro. As chuvas fortes e contínuas devem dar uma trégua neste fim de semana em parte do estado, segundo previsão do meteorologista Ruibran dos Reis, do ClimaTempo. Somente no Norte e Nordeste (vales Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce) de Minas, a massa fria que está se dissipando em direção ao Sul da Bahia ainda vai provocar precipitações prolongadas.

Fonte:

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

ETAPAS PARA UMA BOA REDAÇÃO

DEZ CARACTERÍSTICAS DE UMA REDAÇÃO DE CONCURSO NOTA 10
Você não precisa ser nenhum Machado de Assis para tirar 10 na redação exigida num concurso.

É o que garante Diogo Arrais, professor de português do Damásio Educacional. “Não se trata de um concurso literário”, diz ele, “basta que você saiba redigir um texto claro, conciso e adequado à norma culta”. Segundo o professor, chegar a essa fórmula depende apenas de treino.
A seguir, EXAME.com lista 10 características de uma redação impecável na visão de alguns professores especializados em concursos. Confira:

1. O candidato entendeu o tema 
Quem demonstra que leu a proposta da redação com atenção tem mais chances de ser bem avaliado, segundo Verônica Ferreira, professora do site Questões de Concursos. Por melhor que seja o seu texto, ele dificilmente terá uma boa nota se fugir do assunto original.

2. A norma culta é respeitada
Um ponto cobrado por qualquer banca é o domínio da norma padrão da língua. Segundo Camila Faro, professora de redação do Universo do Concurso Público, é muito difícil ter uma boa nota se você não demonstra domínio de temas gramaticais como regência e concordância, por exemplo.

3. O texto é econômico 
Uma redação enxuta, com períodos curtos, tende a ser mais clara e fácil de ler, segundo Alexandre Luz, professor do curso Ênfase. A concisão ajuda a ganhar a aprovação do corretor. Outro pré-requisito é respeitar o número estabelecido de linhas.

4. As ideias são articuladas com conectores
De acordo com a professora Camila, um bom texto traz argumentos bem costurados entre si. O uso correto de conectivos - expressões que ligam as orações, como “isto é”, “embora” e “até mesmo” - é um dos recursos que ajudam a amarrar as ideias da redação.
 Escrita: na hora de emitir julgamentos numa redação de concurso, o ideal é evitar exageros ou simplificações

5. Não há generalizações
Na hora de emitir julgamentos, o ideal é evitar exageros ou simplificações. “Em vez de uma frase como ‘Os políticos recebem propina’, é melhor escrever ‘Grande parte dos políticos recebe propina’", diz o professor Alexandre.

6. As afirmações são comedidas e serenas
Outro ponto forte é a ponderação. “Não é o caso de quem tem um discurso inflamado, típico das redes sociais”, diz Alexandre.

7. Não há frases nem expressões clichê
Frases feitas não acrescentam nenhuma informação ao texto, e costumam passar longe das redações que mais impressionam os corretores. “Um dos principais diferenciais de um candidato é a originalidade que ele demonstra na escrita”, afirma a professora Verônica.

8. O candidato demonstra ter conhecimento da área
Ir bem na redação não depende apenas das suas competências linguísticas, mas também do domínio de conceitos, autores e bibliografia da sua área profissional. “Logo de cara, um bom texto já traz nomes, números e informações técnicas que mostram que o aluno conhece bem a sua profissão”, diz Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional.

9. As teses não são ingênuas
Não há nada de errado com o otimismo, mas ninguém ganha pontos com utopias. Não dá para escrever frases como "Para acabar com a violência, é preciso...", de acordo com o professor Alexandre. Será que é mesmo possível acabar com a violência? Segundo ele, soa mais plausível algo como "Para reduzir os índices de violência, é preciso...".

10. A redação apresenta uma solução para o problema
Um bom desfecho também conta pontos a favor do candidato. “O ideal é quando o autor traz uma saída para o problema exposto, de forma a refletir sua preocupação com a dignidade humana”, comenta o professor Diogo

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

BIODIVERSIDADE EM MADAGASCAR

Acesse  o link abaixo para ler  a matéria : Madagascar, a ilha da alta biodiversidade e das espécies ameaçadas de extinção


             MADAGASCAR: BIODIVERSIDADE EM ALTA

domingo, 16 de novembro de 2014

ESPÉCIES INVASORAS DOS BIOMAS

ESPÉCIES INVASORAS SÃO AMEAÇA À BIODIVERSIDADE MUNDIAL.

Castores: introduzidos na fauna do Chile, os animais representam perigo para algumas espécies de florestas.
Na Patagônia não existiam castores. Mas, há décadas, vinte casais foram levados para lá para iniciar o negócio das peles. Hoje, estes animais viraram uma praga, que ameaça a biodiversidade local.
As espécies sempre migraram. O vento leva as sementes, os animais nadam e voam, mas nem todos podem cruzar oceanos como o Atlântico ou montanhas como as da Cordilheira dos Andes.

De forma intencional ou acidental, a ação humana (como transporte, comércio e turismo) introduziu espécies em habitats que não eram delas, transformado-as em invasoras. Hoje, elas viraram uma das principais ameaças à biodiversidade, pois destroem a flora e a fauna originais.
"Quando se perde a biodiversidade, está se perdendo um banco genético", necessário para alimentar ou criar medicamentos, explicou à AFP Fernando Baeriswyl, coordenador do projeto do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) voltado para espécies invasoras no Chile.

Em seu halevados atbitat, na Europa e na América do Norte, os castores vivem em equilíbrio, mas na Patagônia se alimentam de uma floresta que não é capaz de se regenerar no mesmo ritmo, nem possuem um predador natural.
Os roedores usam as árvores para construir diques de até três metros, inundando, secando ou alterando cursos de rios. Em poucos anos, eles colonizaram ilhas e já conseguiram cruzar até o continente.

Seu avanço foi tão rápido que hoje são uma praga difícil de erradicar. As autoridades dos dois países que compartilham a Patagônia, Chile e Argentina, autorizaram a caça dos animais, mas os esforços têm sido insuficientes.

Agora, os dois países "se fixaram como objetivo não restar mais castores", exterminando por completo esta espécie invasora, explicou à AFP Adrián Schiavini, especialista em castores do Centro Austral de Pesquisas.

- Mais vulnerabilidade -
Na reserva Huilo Huilo, no sul do Chile, dezenas de especialistas em espécies invasoras, como o castor, se reuniram em 22 e 23 de outubro, no Primeiro Encontro Nacional de Espécies Invasoras em Áreas Protegidas, constatando o desconhecimento e a falta de normas para enfrentar o problema.

As espécies invasoras pegam carona em compartimentos de carga dos navios, nas roupas, sapatos ou estômagos das pessoas que viajam e, quando chegam a um ambiente novo, seus predadores naturais inexistem.

Ali eles crescem, causam novas doenças e se tornam alimento de outros animais, que mudam sua dieta. Pouco a pouco, alteram o equilíbrio dos ecossistemas e, na pior das hipóteses, extinguem outras espécies.

Segundo os especialistas, as espécies invasoras são, ao lado da poluição e das mudanças climáticas, um dos fenômenos mais nocivos para o nosso planeta.
"As mudanças climáticas provocam uma vulnerabilidade maior de certas espécies aos efeitos das espécies invasoras", explicou Víctor Carrión, administrador do Parque Nacional de Galápagos, no Equador.

Segundo um estudo da Universidade do Chile, existem no país 119 espécies exóticas invasoras e 27 delas representam uma ameaça para a biodiversidade do país: a vespa-alemã ("Vespula germanica"), a alga "Didymosphenia geminata" (conhecida como didymo), o vison ("Mustela vison"), o castor ("Castor fiber"), uma espécie de arbusto conhecido como tojo ("Ulex europaeus"), o veado-vermelho ("Cervus elaphus"), o javali ("Sus scrofa scrofa"), entre outras.

O simples ato de encontrar uma planta durante um passeio e levá-lo para casa para colocá-la no jardim pode ser o gatilho de uma catástrofe ecológica. É o caso da amora-preta ("Rubus fructicosus"), um arbusto espinhoso cujos frutos são usados para preparar geleias. "Quando ela chega, é uma sentença de morte", disse Baeriswyl. A planta invade a terra debaixo das árvores e impede que as outras plantas façam a fotossíntese sob suas folhas, além de tirar-lhes a água.

O mesmo acontece com os coelhos, as cabras e os cães. Muitos acham que são espécies nativas, mas na verdade, eles nunca teriam chegado a certos locais sem a mão do homem.

- Morte às espécies invasoras? -
Quando os europeus começaram a navegar nos mares da América do Sul, eles decidiram deixar cabras nas ilhas que visitavam, para no futuro garantir o alimento. Elas comiam todas as plantas, provocando erosão e afetando os ecossistemas.

Depois de centenas de anos, nas Ilhas Galápagos conseguiu-se erradicar cerca de 270.000 cabras em 10 ilhas, bem como gatos, pombos domésticos, asnos e roedores, explicou Carrión à AFP.
O entrave são grupos de defensores dos animais, que criticam os métodos.
"Quando controlamos uma planta, não acontece nada, porque a planta não chora", explicou Fabián Jaksic, zoólogo da Universidade Católica do Chile.

No caso dos castores, eles são eliminados com armadilhas que garantem uma morte rápida.
O ser humano é, por excelência, a espécie mais invasora do planeta. Surgiu na África e se expandiu, modificando todos os ecossistemas. Paradoxalmente, dele depende evitar mais invasões e também reduzir seu impacto no entorno.
Fonte:

domingo, 9 de novembro de 2014

QUEM SÃO OS MICROVAMPIROS?

CONHEÇA OS MICROVAMPIROS QUE VIVEM AO SEU LADO

Vampyrella lateritia, um cercozoano da família Vampyrellidae: vampiro-ameba
É quase certo que, a poucos metros de você, existe um vampiro se alimentando.
Ele pega a vítima, perfura sua pele e suga todos os seus fluidos corporais. E esse processo leva apenas alguns minutos.
Não estamos falando de Drácula ou qualquer outro personagem de ficção. Esses "vampiros" são organismos unicelulares chamados Vampyrellidae, que atacam até animais muito maiores do que eles, como vermes.

 

Vampyrellidae

O "vampiro-ameba" foi descrito pela primeira vez em 1865 pelo biólogo russo Leon Semenowitj Cienkowski, um dos fundadores da microbiologia.
Ele descobriu criaturas unicelulares de cor vermelho brilhante, semelhantes às amebas, que atacavam algas perfurando as paredes celulares para extrair seu conteúdo.
Como seu comportamento lembrava o dos vampiros da tradição popular, ele decidiu chamá-los de Vampyrella.

Depois disso, foram descobertos outros organismos semelhantes, que foram chamados coletivamente de Vampyrellidae. Hoje, os Vampyrellidae são classificados como pertencentes a um grupo diversificado de organismos unicelulares chamados Rhizana.
Sua forma macabra de alimentação tem fascinado os microbiologistas há 150 anos.

Em 1926, um estudo descreveu como a Vampyrella lateritia se posiciona ao redor da vítima e, em cerca de um minuto, rapidamente incha devido "à injeção do conteúdo das células de algas no animal, através de um orifício ovalado".

Agora sabe-se que elas atacam não apenas as algas. Algumas espécies podem atacar fungos ou até animais multicelulares, especificamente os nemátodos.
Se não há comida suficiente, as células de algumas espécies podem se fundir com outras para formar estruturas maiores. Estas podem chegar mais longe na busca por comida.

 

Na água e na terra

Quando termina de comer, o Vampyrellidae constrói uma dura parede a seu redor.

"Eles permanecem em estado de imobilidade e digerem os alimentos", diz Sebastian Hess, da Universidade de Colônia, na Alemanha.

O processo leva um ou dois dias. E, ao mesmo tempo, a célula se divide.

Como resultado, quando a casca é aberta, pode haver duas amebas-vampiro em vez de uma.

Hess e seus colegas estão investigando como as diferentes espécies de Vampyrellidae se relacionam. No laboratório, a equipe cultivou oito tipos de Vampyrellidae e sequenciou seu DNA.

De acordo com Hess, os testes confirmaram que todos pertencem ao mesmo grupo.

No entanto, Hess descobriu que existem pelo menos dois subgrupos relacionados dentro das Vampyrellidae: um é composto de várias espécies de Vampyrellidae, e o outro de organismos como Leptophrys vorax.

Esta divisão é baseada no local em que eles vivem: os Vampyrellidae vivem em poças e lagoas, enquanto outros membros do grupo vivem na terra.

 

Como fazem isso?

Mais recentemente, uma equipe de pesquisadores do Museu de História Natural de Londres descobriu oito novos tipos de Vampyrellidae que vivem no mar ou em águas salgadas.

Também descobriram sequências de 454 DNAs que claramente pertencem aVampyrellidas, recolhidas em amostras de todo o mundo.

Isso significa que há muitos mais vampiros-ameba do que se imaginava, especialmente no mar, onde até então ninguém tinha reparado na presença deles.

No entanto, o que nenhum pesquisador foi capaz de entender é como esses organismo conseguem quebrar as paredes celulares resistentes de uma bactéria ou um fungo para absorver seu conteúdo.

Estas paredes são muito duras: as de fungos são feitas de quitina, o mesmo material que forma as conchas de lagostas.

E isso acontece rápido, segundo Hess. "A perfuração da parede celular leva de cinco a dez minutos."

Hess acredita que este seja um processo químico.

"Eles devem ter um conjunto de enzimas que podem digerir as paredes celulares das plantas. Estou começando a investigar isso", explica ele.

Mas a questão não é apenas acadêmica.

Muitas empresas e cientistas estão interessados na criação de biocombustíveis a partir de algas. Isso poderia se tornar uma fonte limpa de combustível com emissões quase zero de dióxido de carbono.

O problema é que é muito difícil quebrar as paredes exteriores do algas para obtenção de açúcares ricos em energia que estão em seu interior.

Neste sentido, diz Hess, as enzimas das amebas-vampiro poderiam ser uma grande ajuda.

Fonte:

domingo, 2 de novembro de 2014

ENVELHECIMENTO HUMANO

COMO O SER HUMANO ENVELHECE?

O principal motor do envelhecimento humano fica dentro de nossas células. Lá, as mitocôndrias fazem a respiração celular para produzir energia, mas acabam gerando como resíduo radicais livres, moléculas com um elétron a menos e que reagem facilmente, danificando a própria célula. Com o tempo os danos se acumulam, fazendo o corpo envelhecer. Além disso, a divisão celular desordenada também ajuda a envelhecer. Ao longo da vida, algumas células se multiplicam constantemente. A cada divisão, fragmentos de DNA são perdidos, causando pequenos erros genéticos que são passados para as células-filhas. Isso acontece até que a célula não consegue mais se dividir ou é destruída pelo próprio organismo por conter muitos erros. Aí, game over.
Velho é a vovozinha
Como cada parte do corpo mostra que o prazo de validade está chegando ao fim
HEEEEEIN?!
Algumas células do aparelho auditivo não se renovam e vão ficando cada vez mais danificadas, tornando difícil ouvir sons agudos. Além disso, os cílios que levam o som para dentro do ouvido caem, e os ossículos internos (martelo, bigorna, estribo e cóclea) que têm a mesma função ficam mais duros. Resultado: a gente tem que falar mais alto para a vovó ouvir.
OSSO MOLE DE ROER
O tecido ósseo é formado principalmente pelos osteoblastos, células que produzem osso, e osteoclastos, que absorvem. Depois dos 45 anos de idade, os osteoclastos dominam, e passamos a perder 5% de massa óssea a cada dez anos, ficando com o esqueleto mais frágil. Quem tem osteoporose, pior ainda: perde até 25% por década.
FORÇA NA PERUCA
Cabelo e pele envelhecem lado a lado. Células da raiz dos fios de cabelo param de produzir melanina, deixando a cabeleira branca - já a calvície não tem a ver com a idade; é genética. A flacidez e afinamento da pele vêm da queda na produção de colágeno. O afinamento acaba causando as rugas, mais acentuadas no rosto por causa dos músculos da face.
VISÃO EMBAÇADA
Você certamente já ouviu seu avô reclamando de vista cansada. Ela é causada por problemas no cristalino, parte do olho que vai ficando rígida e opaca, dificultando a focalização de objetos. A opacidade gera ainda catarata. Aos 60 anos, as pupilas, que aumentam e diminuem com a diferença de luz, têm um terço do tamanho que tinham aos 20 anos, por isso fica mais difícil se adaptar ao lusco-fusco.
SÓ O PANCEPS CRESCE
A menor produção de células e a queda do nível de alguns hormônios causam perda de massa muscular - são 3 quilos a menos a cada dez anos! O relaxamento muscular forçado pode até prejudicar os músculos da bexiga e dos esfíncteres, que ficam flácidos e acabam não segurando o tchan. Daí, dá-lhe fralda geriátrica...
POCHETE PERIGOSA
Com menos músculos queimando calorias e menos células no organismo, o corpo precisa de pouca energia para funcionar. Na velhice, a tireoide funciona mais devagar, desacelerando o metabolismo. Tudo isso aumenta o risco de engordar. A gordura em excesso pode ser fatal: se acumular nas artérias, pode causar infartos.
• As células da pele se renovam tanto que, por volta dos 40 anos, cerca de 180 kg de células já foram eliminados.
• Os ossos do rosto se renovam a cada dois anos. Com 50 anos, nosso crânio já é a 25ª cópia. Nos velhinhos, a renovação continua - em ritmo mais lento.
• As cartilagens perdem rigidez com o tempo, fazendo com que as orelhas e a ponta do nariz "caiam" e pareçam maiores.
• Em alguns vovôs, a proporção de gordura no organismo pode aumentar 30% comparada à dos 30 anos.
Morte a conta-gotas
Última célula do corpo demora 37 horas para morrer
0- O coração para. Imediatamente, os músculos relaxam.
10 s- A atividade cerebral cai.
10 s - 5 min- Os órgãos, sem oxigênio, começam a parar.
30 min - A pele fica pálida e azulada.
1 h- A temperatura do corpo cai por volta de 1 ºC, queda que se repete a cada hora.
1 h - 12 h. O corpo enrijece progressivamente.
24 h - As últimas células da pele ainda estão sendo produzidas, mas ela começa a apresentar manchas escuras e o rosto pode já estar irreconhecível.
37 h - Morre o último neurônio.
Fim de carreira
O que a falta de hormônios provoca
Nas mulheres, a menopausa começa por volta dos 40 anos, com a queda do nível do hormônio estrógeno. Sem ele, vêm as ondas de calor e elas sentem mais cansaço e irritação. O risco de osteoporose aumenta e o sono some. Os homens sofrem bem menos com a andropausa. Como a queda de testosterona é menor e aos poucos, o único efeito é a queda da libido. Para sorte masculina, a impotência não é resultado da velhice, pois está mais ligada a fatores emocionais.
 *CONSULTORIA - SHIRLEI BORELLI, DERMATOLOGISTA; JOÃO CAETANO ALVARES, GERIATRA; FERNANDO BIGNARDI, GERIATRA E CÉLIA BAROLLO, MÉDICA DE SAÚDE PÚBLICA, TODOS DO CENTRO DE ESTUDOS DO ENVELHECIMENTO DA UNIFESP
Fonte:

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ADAPTAÇÕES DO CACTO AO DESERTO

Como o cacto sobrevive no deserto?

Por meio de um inteligente conjunto de adaptações que desenvolveu ao longo de sua evolução. Há dezenas de espécies diferentes, com alguns "espinhões" chegando a medir quase 20 metros de altura, enquanto outros não passam de 1 centímetro. Os cactos também têm flores, e alguns dão até frutos comestíveis, como o figo-da-índia, que, apesar do nome, nasce de uma variedade tipicamente mexicana.
GORDINHO SAUDÁVEL
Alguns cactos ainda foram além nas artimanhas para sobreviver. Os simpáticos cactos em formato de bola chegaram ao desenho perfeito: combinam a maior capacidade de armazenamento com a menor superfície exposta, podendo guardar muita água e sofrer a mínima transpiração possível
CAMELO VEGETAL
Veja como os cactos conseguem passar meses sem chuva

OURIÇO VERDE
Em geral, as folhas são a área em que uma planta mais perde água. Como não podem se dar a esse luxo, em vez de folhas os cactos têm estruturas modificadas, os espinhos. A pele espinhosa ainda ajuda na proteção contra animais à procura de um golinho d'água na polpa do cacto.
PAU-DE-SEBO
O caule de muitas espécies é revestido de um tipo especial de cera. Essa cera faz com que a água da transpiração da planta não se espalhe demais e evapore - ao contrário, as gotinhas escorrem para o solo, onde são reabsorvidas pelas raízes
CANTIL NATURAL
As células do córtex, no caule, são adaptadas com paredes flexíveis. Em épocas de chuva, dilatam para armazenar bastante água; quando rola a seca, elas murcham, doando água para que outras células importantes, como as que fazem fotossíntese, possam sobreviver
PAPA-TUDO
É tão raro chover no deserto que, quando isso rola, os cactos precisam pegar o máximo de água, o mais rápido possível, antes que ela evapore. Para isso, contam com um emaranhado de raízes que ficam próximas à superfície e se estendem por uma área bem grande.
Fonte:

domingo, 12 de outubro de 2014

TECNOLOGIAS PARA O ENSINO SUPERIOR

ENSINO SUPERIOR

Estudo aponta 12 tendências tecnológicas para universidades brasileiras

Recursos devem chegar ao ensino superior em até cinco anos, caso de apps móveis e realidade aumentada. Mapeamento é assinado por 41 especialistas.

Tecnologia nas universidades: aplicativos móveis passarão a ser usados nas aulas em pelo um ano, aponta estudo.

TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Prazo de adoção: até 1 ano
·                                 Sala de aula invertida
·                                 Games aliados ao ensino
·                                 Uso de aplicativos móveis
·                                 Aprendizado on-line

Prazo de adoção: até 3 anos
·                                 Análise de aprendizagem individual
·                                 Aprendizado móvel
·                                 Produção de conteúdo aberto
·                                 Uso de laboratórios remotos e virtuais

Prazo de adoção: até 5 anos
·                                 Realidade aumentada
·                                 Internet das coisas
·                                 Geolocalização
·                                 Assistentes virtuais

Estudo divulgado nesta quinta-feira pelo grupo americano New Media Consortium aponta que nos próximos cinco anos as universidades brasileiras estarão mais inseridas no mundo digital, com aulas em laboratórios remotos, uso de assistentes virtuais e aplicativos móveis aliados ao aprendizado. As conclusões do documento, divulgado com exclusividade por VEJA.com, são assinadas por um grupo de 41 pesquisadores que, pela primeira vez, analisou as tendências tecnológicas que despontam no cenário nacional. "O Brasil tem uma peculiaridade: sua população tem grande apreço pela tecnologia, mas ainda não a insere em atividades educativas", explica Larry Johnson, pesquisador responsável pelo estudo.
Ainda assim, afirma Johnson, há iniciativas que estão dando resultado e que apontam para mudanças no curto prazo. "Nas melhores universidades do país já há um movimento para mudar o padrão de aula, saindo das atividades expositivas e caminhando para a prática, onde o aluno também é protagonista", diz. "No entanto, ainda há muito que avançar, porque não estamos falando apenas de aparelhos, mas sim de práticas de ensino, como a sala de aula invertida." Nesse modelo, o estudante faz leituras, exercícios e assiste a vídeos em casa e utiliza o tempo na universidade para tirar dúvidas e debater com o professor.
Para o pesquisador, contudo, tendências como essa esbarra na cultura cultivada pelas universidades. "O professor, mesmo no ensino superior, ainda acha que o smartphone atrapalha o andamento da aula e proíbe seu uso, enquanto a experiência internacional tem relatado sucesso no uso desses aplicativos móveis para fazer atividades do curso, como pesquisas na internet." Esse contexto, diz Johnson, faz com que as mudanças apareçam em poucas universidades, que nos próximos anos serão referência para outras. "Tanto o aluno quanto o professor brasileiro ainda não estão preparados para trabalhar com a tecnologia, mas já é possível ver experiências que podem servir de referência para os demais."
Servir de referência é exatamente o objetivo do relatório, que vem sendo produzido há mais de dez anos. Em janeiro, o grupo divulgou o relatório das tendências mundiais com análise de 43 países, que, ao contrário do Brasil, acenam para o uso mais intenso de impressoras 3D e de monitoramento de dados dos alunos como estratégia de ensino. "Alguns docentes com que conversamos no Brasil ainda não sabem o que são esses recursos e não tem ideia de como usá-los nas aulas. Por isso, pensamos que no Brasil o avanço se derá primeiro com aplicativos móveis e mudanças na didática do professor", diz. Mudanças que, segundo o pesquisador, são inevitáveis. "A universidade precisa se adequar ao avanço tecnológico, porque é ela quem forma os profissionais que vão atuar no mercado daqui a alguns anos. Se ela não protagonizar essa mudança, corre o risco de passar ensinamentos obsoletos."

Além do desafio imposto pela cultura universitária que ainda prioriza aulas expositivas, há, segundo o relatório, o desafio da infraestrutura e , da expansão do acesso. "Acreditamos que isso seja um ponto que será solucionado com facilidade no Brasil, já que hoje quase todo o país é conectado. Ainda assim, é necessário pensar em políticas públicas que viabilizem o uso de internet principalmente aos estudantes de baixa renda. Sem isso, não há avanço", conclui o especialista. O estudo do NMC em parceria com a Saraiva vai ainda acompanhar a inserção das tecnologias nas universidades pelos próximos três anos e a ideia é que, ao final desse processo, seja possível identificar os avanços que contribuíram para o ensino.


sábado, 11 de outubro de 2014

CRISE HÍDRICA EM SÃO PAULO

Uma das causas da crise de água que afeta São Paulo está no desmatamento feito na bacia hidrográfica que forma o Sistema Cantareira. Tanto suas represas quanto seus mananciais apresentam atualmente um elevado índice de retirada da vegetação nativa. Para mostrar isso, o texto do link abaixo traz fotos de imagens de satélite, dados estatísticos e sólida argumentação.
Para melhor compreender o assunto, clique abaixo.

Por: Neemias.


                                           SISTEMA CANTAREIRA

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A MATA ATLÂNTICA E A POPULAÇÃO BRASILEIRA

COMO CUIDAR DA FLORESTA ONDE MORAMOS

Quando falamos em Mata Atlântica, logo vem à mente a Serra do Mar ou as grandes e afastadas áreas de floresta natural, vistas muitas vezes apenas em passeios de final de semana ou férias, quando pegamos a estrada rumo ao interior ou litoral para ter um contato mais próximo com a natureza. Para muitos, a tal natureza se mantém assim no imaginário das pessoas: bucólica, em vastas paisagens, plantas e bichos ou uma possibilidade futura de vida nova, mais tranquila e longe da correria das grandes metrópoles. No entanto, a Mata Atlântica não está tão distante quanto muita gente imagina.

Como observei no artigo O aniversário da floresta mais ameaçada do país, 118 milhões de pessoas, distribuídas por 3.284 municípios, vivem nas áreas da Mata Atlântica. Isto quer dizer que 69% da população brasileira depende diretamente da proteção dessa floresta para a garantia de serviços ambientais essenciais, como o abastecimento de água e a qualidade do ar. Daí a importância da conservação desse bioma, o mais ameaçado do país, para a nossa qualidade de vida também nas áreas urbanas.

A Mata Atlântica é o único bioma do Brasil com uma lei específica que regulamenta o uso e a exploração de seus remanescentes florestais e recursos naturais. A Lei da Mata Atlântica, sancionada pelo governo federal em 2006, abriu caminho para a criação dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA).

Previstos pela lei, os Planos Municipais têm a meta de criar novas Unidades de Conservação, formar corredores ecológicos, identificar as áreas de interesse ambiental, ou seja, são instrumentos de planejamento do espaço territorial e gestão que visam à conservação e recuperação do bioma.

Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como o de licenciamento de empreendimentos. Além disso, esta é uma legislação que coloca o município muito mais próximo do cidadão, pois possibilita que ele participe do planejamento urbano da sua cidade e traz o foco para a qualidade de vida da população.

Até agora, 11 municípios da Mata Atlântica já criaram seus Planos Municipais, entre eles cidades como João Pessoa, Caxias do Sul e Sorocaba. Outras 15 cidades estão em fase de elaboração ou aprovação do plano. Mas ainda tem muitos municípios que precisam fazer sua lição de casa!

Interessados em acompanhar a implementação desses Planos, ou até mesmo iniciar esse processo no seu município, podem obter informações, participar de cursos online ou acessar os documentos já produzidos no link.

Além de estimular que o seu município crie seu Plano Municipal, e acompanhar sua aplicação, cada cidadão pode também descobrir um jeito único de cuidar da Mata Atlântica.

Passar o dia em meio à natureza, conhecendo um pouco mais sobre o ambiente onde se vive, é uma opção. Dar uma volta pelas ruas da sua cidade, observando a vegetação, identificando árvores e listando locais que poderiam receber novas mudas nativas, também é um caminho. Fora que você pode sempre economizar água e energia elétrica no seu dia a dia, trocar o carro por ônibus, metrô ou bike, descartar corretamente os resíduos, ter uma atitude mais consciente no consumo, entre outros. Denunciar desmatamentos ou outros crimes ambientais que presenciar também é uma ação importante de cidadania – veja dicas em nosso Guia de Denúncias.

Afinal, sua casa, sua rua, seu bairro e sua cidade são também o meio ambiente, o meio onde você vive e que deve ser cuidado.

 Fonte:

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

VENDA DE PRODUTOS NATURAIS NO BRASIL

Brasileiros buscam produtos naturais e movimentam US$ 36,4 bilhões no país

Bom desempenho do segmento reflete preocupação com ética alimentar

Alimentos orgânicos estão caindo no gosto dos brasileiros 

Um levantamento realizado pelo instituto internacional de pesquisas Euromonitor indica que o mercado de produtos naturais movimentou US$ 36,4 bilhões em 2013 (cerca de R$ 16 bilhões) no Brasil, registrando crescimento de 83% nos últimos cinco anos. O mercado de produtos naturais envolve alimentos e bebidas orgânicos, funcionais, saudáveis ou que sejam livres de gordura, açúcar, sal e carboidratos, e também aqueles livres de substâncias que causem intolerância como o glúten e a lactose.
O bom desempenho deste setor reflete principalmente o aumento de pessoas que buscam alimentação e estilo de vida focados no bem estar e na ética alimentar. Um dos grupos que mais cresce no Brasil é o de vegetarianos, que de acordo com Pesquisa IBOPE feita em 2010, já representam 8% da população brasileira.

Outro grupo importante deste mercado, o segmento de alimentos funcionais já fatura US$ 4,4 bilhões (ou cerca de R$ 10 bilhões) por ano no país, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres . No mundo este segmento deve crescer 38% até 2017, somando US$ 207 bilhões. 

A NaturalTech – Feita Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde que acontece junto com a 10ª edição da Bio Brazil Fair/Biofach America Latina reúne as principais empresas deste setor no Brasil. O evento começou na última quarta-feira (04/06) na Bienal do Parque do Ibirapuera em São Paulo e será encerrado no sábado (07/06). conta com 130 expositores de produtos naturais.
Fonte:

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

TORRE PARA MONITORAR FLORESTA

TORRE 'GIGANTE' VAI MONITORAR AMAZÔNIA

Greenpeace é uma das ONGs que luta para a preservação da Floresta Amazônica.

Começou a ser erguida, no coração da selva amazônica, uma torre de 330 metros de altura que vai monitorar de forma contínua, por pelo menos 20 anos, as complexas interações entre a atmosfera e a floresta. Repleto de instrumentos científicos de alta tecnologia, o observatório - que será o maior e mais completo do gênero no mundo - medirá com precisão sem precedentes os fluxos amazônicos de calor, água e gás carbônico, além de analisar minuciosamente os padrões de ventos, umidade, absorção de carbono, formação de nuvens e parâmetros meteorológicos.

Com o estudo das trocas de massa e energia que ocorrem entre o solo, a copa das árvores e o ar acima delas, a Torre Alta de Observação da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) deverá gerar conhecimento inédito sobre o papel do ecossistema amazônico no contexto das mudanças climáticas globais.

A logística para a construção da estrutura e os esforços empreendidos para viabilizar o projeto foram dignos de uma epopeia. Em 2007, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, formalizaram a parceria para construir o observatório - um sonho de décadas.

Foi preciso realizar extensos estudos para escolher o local, pois, destinada a monitorar o sensível ambiente amazônico, a torre precisaria ser construída longe de qualquer aglomeração humana. Ela deveria também se situar em uma área de terra firme da floresta, o que permitiria extrapolar para todo o bioma os dados obtidos.

Ao longo de sete anos, cientistas, técnicos e operários percorreram incansavelmente o trajeto que vai de Manaus até o local escolhido para a torre: depois de 170 quilômetros de estrada até o Rio Uatumã, na região da Barragem de Balbina, é preciso rodar mais 40 km em estradas de terra, em carros com tração nas quatro rodas. A partir daí, segue-se um trecho de 65 km em lanchas até uma trilha de 13 km mata adentro. "Tínhamos de percorrer essa trilha em quadriciclos, usando um trator para os equipamentos mais pesados. Era um caminho acidentado e difícil", contou um dos coordenadores do projeto Atto, Antonio Manzi, do Inpa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA GANHA TERRENO NO BRASIL

Geradoras eólicas já são a quarta principal fonte de energia no país. Custo mais barato e facilidades de instalação surgem como atrativos.
A energia eólica está deixando de ser um mero complemento na matriz energética brasileira. Considerando o número de geradoras existentes, as instalações em construção e os projetos apresentados, os ventos brasileiros devem ser responsáveis pela geração de 18 mil megawatts (MW) em 2018, ou 8% de toda a energia produzida no país. O crescimento rendeu o salto da oitava posição para a quarta entre as principais fontes de energia do país.
OBSTÁCULO
Falta de linhas de transmissão compromete operação
A energia eólica no Brasil tem hoje 140 parques geradores de energia, mas 40 deles não podem operar por falta da conexão entre a usina e a rede elétrica. O problema, que acomete especialmente os projetos da Bahia e Rio Grande do Norte, se dá principalmente pela falta de licenças ambientais para que as linhas sejam construídas, além da complexidade de engenharia para construir as linhas.
As usinas paradas correspondem a 1,2 mil MW – um terço do total de eólicas no Brasil. Segundo a Abeeólica, essa energia seria suficiente para iluminar mais de 2 milhões de residências.
“Foi um erro dos leilões de 2012, que não previam as redes para a liberação das usinas. De 2013 em diante, os novos projetos já passaram a englobar as linhas de transmissão, então este problema não se repetirá”, afirma a diretora-presidente da Abeeólica, Elbia Melo. A executiva explica que, até o final de 2014, todas as linhas estarão legalizadas e em operação.
O aumento da popularidade fica evidente no leilão A-3 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que ocorreu ontem. Dos 268 empreendimentos que estavam no processo, 248 eram de eólicas. No leilão, só foram negociados projetos eólicos e a expansão da usina hidrelétrica de Santo Antônio – foram comercializados 80,645 milhões de megawatts-hora (MWh), com um valor contratado total de R$ 10,175 bilhões. Os empreendimentos passarão a oferecer energia em 2017.
Em termos de potência, as geradoras eólicas representam a soma do que será produzido pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Quanto ao investimento destes projetos, o valor, de R$ 27 bilhões em eólicas, é parecido com o gasto na polêmica Belo Monte. “É importante uma diversificação na nossa matriz. Hoje vemos que este processo poderia ser ainda mais plural”, afirma o diretor do mestrado em Geração Energética da UnB, Caetano Salino.
O crescimento na participação é um fenômeno recente. De acordo com a diretora-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, este tipo de geração só expandiu sua participação no mercado brasileiro depois que se tornou competitiva no mercado. “Agora as eólicas geram uma energia barata, com entrada no mercado”, explica a executiva. O preço médio, hoje, é de R$ 125 por MWh – em 2010, o valor ultrapassava os R$ 180 MWh no Brasil.
Participação
Ainda que a participação seja discreta em comparação com a fonte hidrelétrica, responsável por quase dois terços de toda a geração brasileira, os resultados dos leilões de 2013 comprovam o ganho de terreno das eólicas. Dos 7,6 mil MW leiloados, 60% foram de projetos eólicos. Além do custo da energia, as instalações são mais rápidas e baratas do que as principais concorrentes. “É incomparável com um empreendimento hidrelétrico, por exemplo, que demora muitos anos para ser autorizado e construído”, afirma o especialista em fontes energéticas renováveis Anderson Taca.
País tem a terceira menor tarifa do mundo
Mesmo descobrindo os benefícios tardiamente, o Brasil conta hoje com a terceira tarifa de energia eólica mais barata em todo o mundo. O país só perde para Índia e China, de acordo com estudo do Conselho Mundial de Energia.
Segundo o levantamento, o custo nivelado da energia eólica brasileira varia de US$ 55 a US$ 99 por megawatt-hora. O índice mede o valor presente do preço da energia ao longo do ciclo de operação do parque. A Índia, primeira colocada, tem custos entre US$ 47 e US$ 113 por megawatt-hora. Na China, o valor fica entre US$ 49 e US$ 93.
“As condições de vento do Nordeste e extremo Sul do Brasil são as melhores do mundo. Só são comparáveis a regiões da Somália e Etiópia, onde não existe nenhum investimento nesta área”, afirma a diretora-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. Nestas áreas, os ventos são ideais para a geração de energia: são fortes, constantes e unidirecionais.
O relatório do Conselho Mundial de Energia confirma isso. As eólicas brasileiras operam numa variação de produtividade de 23% a 45%, enquanto na Índia esta variação fica entre 15% e 33% e na China é de 19% e 35%.
Produção local
No Paraná, as condições para o melhor desempenho da geração de energia pelos ventos ainda estão sendo testadas. O estado conta com um projeto-teste no Tecpar e uma unidade da Copel em Palmas, que produz 1,5 MW.
A companhia de energia anunciou nesta semana a aquisição de 49% do complexo de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. O parque vai operar em 2015 com uma geração total de 108 MW.
 Fonte:

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