O agronegócio nacional tem sido motivo de orgulho para o nosso país ano após ano tem. Tenho o prazer em ajudar na divulgação de textos que comprovam a eficácia de nossa agricultura e pecuária. O campo tem produzido alimentos com fartura e produtividade, elevando nossa economia para índices interessantes. Abaixo, mais um texto que aborda a questão.
Porém, não podemos esquecer que parte do produto agrícola não exportado, e, portanto consumido em nosso país, deve melhorar em qualidade, pois há pesquisas que demonstram a “presença de resíduos agrotóxicos acima do permitido e uso de agrotóxicos não autorizados” para determinadas culturas agrícolas, conforme demonstra o texto publicado neste blog no dia 06/02/2012, com o título” OS ALIMENTOS E OS AGROTÓXICOS, cujo link é: http://neemiasbio.blogspot.com/2012/02/os-alimentos-e-os-agrotoxicos.html
Por outro lado, faço votos de que o setor tecnológico brasileiro venha também produzir bons frutos no futuro.
Por Neemias Alvarenga.
Exportações do agronegócio do Brasil batem recorde em 2011
País exportou US$ 94,59 bilhões em 2011, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1997
As exportações do agronegócio brasileiro registraram um novo recorde em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (de US$ 76,4 bilhões) e o maior desde 1997, quando teve início a série histórica que mede os resultados deste setor. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10), pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, segundo quem a meta de 2012 é ultrapassar a marca de US$ 100 bilhões.
As importações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 17,08 bilhões (valor 28% superior ao registrado em 2010), resultando em um superávit de US$ 77,51 bilhões na balança comercial do agronegócio de 2011, crescimento de 22,9%. O saldo do setor agropecuário é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões.
O ministro Mendes Ribeiro demonstrou otimismo com os resultados e previu que 2012 será ainda melhor para o agronegócio nacional. “Para chegar a 100 bilhões precisamos apenas de um crescimento de 5,7% das exportações, que é um número que temos como alcançar”, afirmou.
Soja é a campeã das exportações
Em 2011, os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.
Os complexos sucroalcooleiro e carnes também se destacaram nas exportações. O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superiores em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).
As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010. O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.
Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior.
Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões (51,5% superior ao ano anterior). Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques.
Principais destinos
Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão. A Ásia e a União Europeia foram responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) - fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).
A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior).
Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.
Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões). O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.
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