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O FILHOTE

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

BIODIVERSIDADE EM MADAGASCAR

Acesse  o link abaixo para ler  a matéria : Madagascar, a ilha da alta biodiversidade e das espécies ameaçadas de extinção


             MADAGASCAR: BIODIVERSIDADE EM ALTA

domingo, 16 de novembro de 2014

ESPÉCIES INVASORAS DOS BIOMAS

ESPÉCIES INVASORAS SÃO AMEAÇA À BIODIVERSIDADE MUNDIAL.

Castores: introduzidos na fauna do Chile, os animais representam perigo para algumas espécies de florestas.
Na Patagônia não existiam castores. Mas, há décadas, vinte casais foram levados para lá para iniciar o negócio das peles. Hoje, estes animais viraram uma praga, que ameaça a biodiversidade local.
As espécies sempre migraram. O vento leva as sementes, os animais nadam e voam, mas nem todos podem cruzar oceanos como o Atlântico ou montanhas como as da Cordilheira dos Andes.

De forma intencional ou acidental, a ação humana (como transporte, comércio e turismo) introduziu espécies em habitats que não eram delas, transformado-as em invasoras. Hoje, elas viraram uma das principais ameaças à biodiversidade, pois destroem a flora e a fauna originais.
"Quando se perde a biodiversidade, está se perdendo um banco genético", necessário para alimentar ou criar medicamentos, explicou à AFP Fernando Baeriswyl, coordenador do projeto do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) voltado para espécies invasoras no Chile.

Em seu halevados atbitat, na Europa e na América do Norte, os castores vivem em equilíbrio, mas na Patagônia se alimentam de uma floresta que não é capaz de se regenerar no mesmo ritmo, nem possuem um predador natural.
Os roedores usam as árvores para construir diques de até três metros, inundando, secando ou alterando cursos de rios. Em poucos anos, eles colonizaram ilhas e já conseguiram cruzar até o continente.

Seu avanço foi tão rápido que hoje são uma praga difícil de erradicar. As autoridades dos dois países que compartilham a Patagônia, Chile e Argentina, autorizaram a caça dos animais, mas os esforços têm sido insuficientes.

Agora, os dois países "se fixaram como objetivo não restar mais castores", exterminando por completo esta espécie invasora, explicou à AFP Adrián Schiavini, especialista em castores do Centro Austral de Pesquisas.

- Mais vulnerabilidade -
Na reserva Huilo Huilo, no sul do Chile, dezenas de especialistas em espécies invasoras, como o castor, se reuniram em 22 e 23 de outubro, no Primeiro Encontro Nacional de Espécies Invasoras em Áreas Protegidas, constatando o desconhecimento e a falta de normas para enfrentar o problema.

As espécies invasoras pegam carona em compartimentos de carga dos navios, nas roupas, sapatos ou estômagos das pessoas que viajam e, quando chegam a um ambiente novo, seus predadores naturais inexistem.

Ali eles crescem, causam novas doenças e se tornam alimento de outros animais, que mudam sua dieta. Pouco a pouco, alteram o equilíbrio dos ecossistemas e, na pior das hipóteses, extinguem outras espécies.

Segundo os especialistas, as espécies invasoras são, ao lado da poluição e das mudanças climáticas, um dos fenômenos mais nocivos para o nosso planeta.
"As mudanças climáticas provocam uma vulnerabilidade maior de certas espécies aos efeitos das espécies invasoras", explicou Víctor Carrión, administrador do Parque Nacional de Galápagos, no Equador.

Segundo um estudo da Universidade do Chile, existem no país 119 espécies exóticas invasoras e 27 delas representam uma ameaça para a biodiversidade do país: a vespa-alemã ("Vespula germanica"), a alga "Didymosphenia geminata" (conhecida como didymo), o vison ("Mustela vison"), o castor ("Castor fiber"), uma espécie de arbusto conhecido como tojo ("Ulex europaeus"), o veado-vermelho ("Cervus elaphus"), o javali ("Sus scrofa scrofa"), entre outras.

O simples ato de encontrar uma planta durante um passeio e levá-lo para casa para colocá-la no jardim pode ser o gatilho de uma catástrofe ecológica. É o caso da amora-preta ("Rubus fructicosus"), um arbusto espinhoso cujos frutos são usados para preparar geleias. "Quando ela chega, é uma sentença de morte", disse Baeriswyl. A planta invade a terra debaixo das árvores e impede que as outras plantas façam a fotossíntese sob suas folhas, além de tirar-lhes a água.

O mesmo acontece com os coelhos, as cabras e os cães. Muitos acham que são espécies nativas, mas na verdade, eles nunca teriam chegado a certos locais sem a mão do homem.

- Morte às espécies invasoras? -
Quando os europeus começaram a navegar nos mares da América do Sul, eles decidiram deixar cabras nas ilhas que visitavam, para no futuro garantir o alimento. Elas comiam todas as plantas, provocando erosão e afetando os ecossistemas.

Depois de centenas de anos, nas Ilhas Galápagos conseguiu-se erradicar cerca de 270.000 cabras em 10 ilhas, bem como gatos, pombos domésticos, asnos e roedores, explicou Carrión à AFP.
O entrave são grupos de defensores dos animais, que criticam os métodos.
"Quando controlamos uma planta, não acontece nada, porque a planta não chora", explicou Fabián Jaksic, zoólogo da Universidade Católica do Chile.

No caso dos castores, eles são eliminados com armadilhas que garantem uma morte rápida.
O ser humano é, por excelência, a espécie mais invasora do planeta. Surgiu na África e se expandiu, modificando todos os ecossistemas. Paradoxalmente, dele depende evitar mais invasões e também reduzir seu impacto no entorno.
Fonte:

domingo, 9 de novembro de 2014

QUEM SÃO OS MICROVAMPIROS?

CONHEÇA OS MICROVAMPIROS QUE VIVEM AO SEU LADO

Vampyrella lateritia, um cercozoano da família Vampyrellidae: vampiro-ameba
É quase certo que, a poucos metros de você, existe um vampiro se alimentando.
Ele pega a vítima, perfura sua pele e suga todos os seus fluidos corporais. E esse processo leva apenas alguns minutos.
Não estamos falando de Drácula ou qualquer outro personagem de ficção. Esses "vampiros" são organismos unicelulares chamados Vampyrellidae, que atacam até animais muito maiores do que eles, como vermes.

 

Vampyrellidae

O "vampiro-ameba" foi descrito pela primeira vez em 1865 pelo biólogo russo Leon Semenowitj Cienkowski, um dos fundadores da microbiologia.
Ele descobriu criaturas unicelulares de cor vermelho brilhante, semelhantes às amebas, que atacavam algas perfurando as paredes celulares para extrair seu conteúdo.
Como seu comportamento lembrava o dos vampiros da tradição popular, ele decidiu chamá-los de Vampyrella.

Depois disso, foram descobertos outros organismos semelhantes, que foram chamados coletivamente de Vampyrellidae. Hoje, os Vampyrellidae são classificados como pertencentes a um grupo diversificado de organismos unicelulares chamados Rhizana.
Sua forma macabra de alimentação tem fascinado os microbiologistas há 150 anos.

Em 1926, um estudo descreveu como a Vampyrella lateritia se posiciona ao redor da vítima e, em cerca de um minuto, rapidamente incha devido "à injeção do conteúdo das células de algas no animal, através de um orifício ovalado".

Agora sabe-se que elas atacam não apenas as algas. Algumas espécies podem atacar fungos ou até animais multicelulares, especificamente os nemátodos.
Se não há comida suficiente, as células de algumas espécies podem se fundir com outras para formar estruturas maiores. Estas podem chegar mais longe na busca por comida.

 

Na água e na terra

Quando termina de comer, o Vampyrellidae constrói uma dura parede a seu redor.

"Eles permanecem em estado de imobilidade e digerem os alimentos", diz Sebastian Hess, da Universidade de Colônia, na Alemanha.

O processo leva um ou dois dias. E, ao mesmo tempo, a célula se divide.

Como resultado, quando a casca é aberta, pode haver duas amebas-vampiro em vez de uma.

Hess e seus colegas estão investigando como as diferentes espécies de Vampyrellidae se relacionam. No laboratório, a equipe cultivou oito tipos de Vampyrellidae e sequenciou seu DNA.

De acordo com Hess, os testes confirmaram que todos pertencem ao mesmo grupo.

No entanto, Hess descobriu que existem pelo menos dois subgrupos relacionados dentro das Vampyrellidae: um é composto de várias espécies de Vampyrellidae, e o outro de organismos como Leptophrys vorax.

Esta divisão é baseada no local em que eles vivem: os Vampyrellidae vivem em poças e lagoas, enquanto outros membros do grupo vivem na terra.

 

Como fazem isso?

Mais recentemente, uma equipe de pesquisadores do Museu de História Natural de Londres descobriu oito novos tipos de Vampyrellidae que vivem no mar ou em águas salgadas.

Também descobriram sequências de 454 DNAs que claramente pertencem aVampyrellidas, recolhidas em amostras de todo o mundo.

Isso significa que há muitos mais vampiros-ameba do que se imaginava, especialmente no mar, onde até então ninguém tinha reparado na presença deles.

No entanto, o que nenhum pesquisador foi capaz de entender é como esses organismo conseguem quebrar as paredes celulares resistentes de uma bactéria ou um fungo para absorver seu conteúdo.

Estas paredes são muito duras: as de fungos são feitas de quitina, o mesmo material que forma as conchas de lagostas.

E isso acontece rápido, segundo Hess. "A perfuração da parede celular leva de cinco a dez minutos."

Hess acredita que este seja um processo químico.

"Eles devem ter um conjunto de enzimas que podem digerir as paredes celulares das plantas. Estou começando a investigar isso", explica ele.

Mas a questão não é apenas acadêmica.

Muitas empresas e cientistas estão interessados na criação de biocombustíveis a partir de algas. Isso poderia se tornar uma fonte limpa de combustível com emissões quase zero de dióxido de carbono.

O problema é que é muito difícil quebrar as paredes exteriores do algas para obtenção de açúcares ricos em energia que estão em seu interior.

Neste sentido, diz Hess, as enzimas das amebas-vampiro poderiam ser uma grande ajuda.

Fonte:

domingo, 2 de novembro de 2014

ENVELHECIMENTO HUMANO

COMO O SER HUMANO ENVELHECE?

O principal motor do envelhecimento humano fica dentro de nossas células. Lá, as mitocôndrias fazem a respiração celular para produzir energia, mas acabam gerando como resíduo radicais livres, moléculas com um elétron a menos e que reagem facilmente, danificando a própria célula. Com o tempo os danos se acumulam, fazendo o corpo envelhecer. Além disso, a divisão celular desordenada também ajuda a envelhecer. Ao longo da vida, algumas células se multiplicam constantemente. A cada divisão, fragmentos de DNA são perdidos, causando pequenos erros genéticos que são passados para as células-filhas. Isso acontece até que a célula não consegue mais se dividir ou é destruída pelo próprio organismo por conter muitos erros. Aí, game over.
Velho é a vovozinha
Como cada parte do corpo mostra que o prazo de validade está chegando ao fim
HEEEEEIN?!
Algumas células do aparelho auditivo não se renovam e vão ficando cada vez mais danificadas, tornando difícil ouvir sons agudos. Além disso, os cílios que levam o som para dentro do ouvido caem, e os ossículos internos (martelo, bigorna, estribo e cóclea) que têm a mesma função ficam mais duros. Resultado: a gente tem que falar mais alto para a vovó ouvir.
OSSO MOLE DE ROER
O tecido ósseo é formado principalmente pelos osteoblastos, células que produzem osso, e osteoclastos, que absorvem. Depois dos 45 anos de idade, os osteoclastos dominam, e passamos a perder 5% de massa óssea a cada dez anos, ficando com o esqueleto mais frágil. Quem tem osteoporose, pior ainda: perde até 25% por década.
FORÇA NA PERUCA
Cabelo e pele envelhecem lado a lado. Células da raiz dos fios de cabelo param de produzir melanina, deixando a cabeleira branca - já a calvície não tem a ver com a idade; é genética. A flacidez e afinamento da pele vêm da queda na produção de colágeno. O afinamento acaba causando as rugas, mais acentuadas no rosto por causa dos músculos da face.
VISÃO EMBAÇADA
Você certamente já ouviu seu avô reclamando de vista cansada. Ela é causada por problemas no cristalino, parte do olho que vai ficando rígida e opaca, dificultando a focalização de objetos. A opacidade gera ainda catarata. Aos 60 anos, as pupilas, que aumentam e diminuem com a diferença de luz, têm um terço do tamanho que tinham aos 20 anos, por isso fica mais difícil se adaptar ao lusco-fusco.
SÓ O PANCEPS CRESCE
A menor produção de células e a queda do nível de alguns hormônios causam perda de massa muscular - são 3 quilos a menos a cada dez anos! O relaxamento muscular forçado pode até prejudicar os músculos da bexiga e dos esfíncteres, que ficam flácidos e acabam não segurando o tchan. Daí, dá-lhe fralda geriátrica...
POCHETE PERIGOSA
Com menos músculos queimando calorias e menos células no organismo, o corpo precisa de pouca energia para funcionar. Na velhice, a tireoide funciona mais devagar, desacelerando o metabolismo. Tudo isso aumenta o risco de engordar. A gordura em excesso pode ser fatal: se acumular nas artérias, pode causar infartos.
• As células da pele se renovam tanto que, por volta dos 40 anos, cerca de 180 kg de células já foram eliminados.
• Os ossos do rosto se renovam a cada dois anos. Com 50 anos, nosso crânio já é a 25ª cópia. Nos velhinhos, a renovação continua - em ritmo mais lento.
• As cartilagens perdem rigidez com o tempo, fazendo com que as orelhas e a ponta do nariz "caiam" e pareçam maiores.
• Em alguns vovôs, a proporção de gordura no organismo pode aumentar 30% comparada à dos 30 anos.
Morte a conta-gotas
Última célula do corpo demora 37 horas para morrer
0- O coração para. Imediatamente, os músculos relaxam.
10 s- A atividade cerebral cai.
10 s - 5 min- Os órgãos, sem oxigênio, começam a parar.
30 min - A pele fica pálida e azulada.
1 h- A temperatura do corpo cai por volta de 1 ºC, queda que se repete a cada hora.
1 h - 12 h. O corpo enrijece progressivamente.
24 h - As últimas células da pele ainda estão sendo produzidas, mas ela começa a apresentar manchas escuras e o rosto pode já estar irreconhecível.
37 h - Morre o último neurônio.
Fim de carreira
O que a falta de hormônios provoca
Nas mulheres, a menopausa começa por volta dos 40 anos, com a queda do nível do hormônio estrógeno. Sem ele, vêm as ondas de calor e elas sentem mais cansaço e irritação. O risco de osteoporose aumenta e o sono some. Os homens sofrem bem menos com a andropausa. Como a queda de testosterona é menor e aos poucos, o único efeito é a queda da libido. Para sorte masculina, a impotência não é resultado da velhice, pois está mais ligada a fatores emocionais.
 *CONSULTORIA - SHIRLEI BORELLI, DERMATOLOGISTA; JOÃO CAETANO ALVARES, GERIATRA; FERNANDO BIGNARDI, GERIATRA E CÉLIA BAROLLO, MÉDICA DE SAÚDE PÚBLICA, TODOS DO CENTRO DE ESTUDOS DO ENVELHECIMENTO DA UNIFESP
Fonte:

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