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O FILHOTE

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O ESQUECIMENTO DO JEGUE

Prezados: encero com o post abaixo as publicações do corrente ano. Grato aos alunos que visitaram ao longo do tempo este blog.  Grato a DEUS por mais um ano que se finda. Feliz por iniciar mais um período de férias. Boas festas a todas (os) e se tudo correr bem, até fevereiro de 2015. Neemias.

ESQUECIDO, NOSSO JEGUE NORDESTINO CORRE PERIGO DE EXTINÇÃO.

Durante uma viagem de 40 mil km pela África, meu filho Mikael e eu elegemos o burro como o animal mais perigoso nas estradas do continente. A vaca, ao cruzar uma rodovia, ela aguarda na beirada, dá uma olhadinha dos dois lados e atravessa quando puder. Já o asno, ele sabe que vem um veículo, cruza assim mesmo e, invariavelmente, para no meio da estrada. Provocação ou burrice?

Por isso, quando meu amigo de longas décadas Marcelo Buainain me avisou que estava fazendo um exaustivo trabalho fotográfico sobre o asno, pensei em questionar o tema. Com tantas espécies únicas no Nordeste brasileiro – onde Marcelo vive há mais de dez asnos, perdão, anos – por que escolher logo o animal mais teimoso?

Assim como eu, centenas de milhões de habitantes desse planeta possuem um tremendo preconceito com o animal. Mas outras centenas de milhões também dependem muito dele. Ou dependiam, como sublinha Marcelo.
“O burrico é um dos animais que mais ajudaram no desenvolvimento humano e que, ao longo dos anos, vem sofrendo com o abandono e o esquecimento. Desde a edificação das pirâmides no Egito à construção de açudes no Nordeste, ele se mostrou o verdadeiro melhor amigo do homem”, afirma Marcelo.

Em suas andanças pelo Nordeste, Marcelo tem visto um crescente descaso com os animais. Deixado à sua própria sorte, magros e famintos, o burrico foi substituído por algum motor e entra em franca decadência.
Assim, a lente curiosa do fotógrafo Marcelo Buainain passou a documentar a triste situação, sob o tema “Era uma vez”. “À medida que penetrava nas realidades do sertão, fui compreendendo que o abandono dos burros simbolizava o descarte de uma cultura e de valores que não precisariam ser desprezados em nome do desenvolvimento”, diz Marcelo.
“Esse entendimento me levou a perceber que esse dócil, humilde e serviçal animal, cantado por Luiz Gonzaga e cordelistas, escolhido por Jesus e  admirado por Victor Hugo, Dom Pedro e Juan Ramón Jiménez, estava entrando para o passado, para um tempo de “Era uma vez”.

Depois de alguns anos seguindo jumentos, jegues, jericos e roxinhos, Marcelo apresenta agora na sua cidade de residência, Natal, RN, seu veredito com a exposição fotográfica e seu livro “Era Uma vez”, um compêndio de imagens belíssimas que honra o animal mencionado na Bíblia 133 vezes. Mostram desde o amor e a serventia que os burros têm no sertão nordestino, até eu abandono pelas estradas e ruas das cidades, condenado ao ostracismo por não mais atender, como no passado, a cadeia produtiva ou econômica.

Fonte:

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

VIVER COM UM RIM

Saiba como é a vida de quem tem apenas um rim

Pessoas com apenas um rim não costumam ter restrições alimentares ou problemas de saúde
Os rins exercem funções muito importantes para o bom funcionamento do organismo, como regular a pressão arterial, produzir células vermelhas, ativar a vitamina D e, principalmente, filtrar fluidos para expelir toxinas.

No entanto, muitas pessoas vivem com apenas um rim, como o ex-jogador Pelé, que foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar uma infecção urinária 11 dias após a retirada de cálculos renais.

Isso não significa, porém, que essas pessoas sejam obrigadas a seguir determinadas restrições ou que elas corram risco de ter problemas de saúde.

É possível levar uma vida normal e saudável com apenas um desses órgãos.

Entenda a seguir os motivos pelos quais alguém vive com apenas um rim e os efeitos desta condição:

1) Por que uma pessoa tem só um rim?

Existem quatro razões mais comuns para isso.
A pessoa pode ter nascido com apenas um rim, uma condição conhecida como agenesia renal. Isso é mais comum entre homens, segundo o instituto de pesquisa Kidney Research, do Reino Unido.Também é possível nascer com ambos os rins, mas apenas um deles funciona.

A pessoa ainda pode ter um de seus rins retirados por causa de uma anormalidade na sua formação anatômica, para tratar um sério trauma causado por um acidente ou por causa de uma doença, como câncer, ou pode ter doado um dos rins a quem precisava de um transplante.

Segundo relatos da imprensa, Pelé teve um rim extraído nos anos 70 nos Estados Unidos, no final de sua carreira como atleta, por ter tido um tumor no órgão.

2) Ter só um rim gera problemas de saúde?

A maioria das pessoas que tem apenas um rim leva uma vida saudável.
Em geral, quem nasce com apenas um rim saudável ou tem um deles retirado ainda na infância não enfrenta problemas no curto prazo.
Isso porque o rim restante cresce mais rápido e se torna maior do que um rim comum, um fênomeno conhecido como "crescimento compensatório" ou "crescimento regenerativo".

Este único rim pode chegar a ter quase o mesmo tamanho de dois rins juntos. Isso permite ao órgão realizar o trabalho que caberia aos dois rins.

O mesmo ocorre com quem vive com apenas um rim após um transplante. O órgão cresce e torna-se até 40% mais potente do que um rim comum.
Mas foram observados efeitos ao longo de um período maior de tempo entre aqueles que nasceram com um rim apenas ou tiveram um deles retirado na infância.
É possível sofrer uma pequena perda de função renal, o que não afeta muito a expectativa de vida. Esta condição leva, em média, 25 anos para ser desenvolvida, segundo o instituto americano de pesquisa National Kidney Foundation.

Estas pessoas ainda podem ter pressão alta quando ficarem mais velhas ou apresentar um excesso de proteína na urina, o que leva o corpo a reter fluídos e sódio, causando um inchaço nos tornozelos e no abdômen.

3) É preciso ir com mais frequência ao médico?

A pessoa deve testar sua função renal por meio de exames ao menos uma vez por ano, de acordo com a National Kidney Foundation.
Isso pode ser feito por meio de exames de urina e sangue.Ainda é preciso monitorar a pressão arterial.

4) A pessoa pode praticar esportes?

O exercício físico é uma prática saudável e recomendada, mas alguns médicos recomendam ter cuidado e evitar lesões ao órgão, que, por ser maior e mais pesado, também é mais suscetível a traumas.
Uma forma de fazer isso é usar uma proteção sobre a roupa durante a atividade.
Alguns médicos ainda recomendam evitar esportes de contato, como futebol, basquete, lutas e artes marciais, para prevenir danos aos órgão.

5) Há uma dieta especial?

A maioria das pessoas com só um rim não precisa seguir uma dieta especial. Mas a Kidney Research recomenda consumir menos sal e beber bastante água, entre seis a oito copos por dia.

Mas, quando a pessoa precisou de um transplante motivados por uma doença ou falha renal, pode haver algumas restrições na alimentação, o que varia a cada caso e depende da avaliação médica.

Assim como quando a pessoa apresenta uma concentração de proteína acima do normal na urina, sendo recomendada uma dieta com menos proteína.


sábado, 6 de dezembro de 2014

NASCENTE VOLTA A TER VIDA

CHUVA AJUDA E PRINCIPAL NASCENTE DO RIO SÃO FRANCISCO VOLTA A JORRAR ÁGUA

O chefe substituto do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Centro-Oeste de Minas Gerais, Vicente Faria, afirmou que a situação melhorou depois das longas chuvas na região

 Imagem mostra nível da nascente bem abaixo do normal em setembro deste ano

A alegria toma conta dos ambientalistas, funcionários e frequentadores do Parque Nacional da Serra da Canastra, situado em São Roque de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Com a chuva que se intensificou na região nos últimos dias, a principal nascente do Rio São Francisco, que fica dentro da área de preservação voltou a jorrar água com um volume expressivo. A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, uma das mais importantes do país, sofreu por causa do longo período de estiagem em 2014, considerado o maior nos últimos 30 anos. 

A comemoração por causa da volta da nascente começou na tarde dessa quinta-feira. Um funcionário foi deslocado para o alto do parque, onde se localiza a nascente, e voltou com a boa notícia. “Estamos tendo muita chuva desde o último domingo na região que ultrapassou uns 200 milímetros. Ontem, mandei um funcionário verificar a nascente e ele voltou dizendo que ela voltou a jorrar água em volume expressivo”, explicou o analista ambiental e chefe substituto da Unidade de Conservação, Vicente Faria. 

Mesmo sendo uma situação que era esperada pelos funcionários, a notícia foi bastante comemorada. “Essa nascente é histórica do São Francisco e ela nunca tinha secado. Isso é muito ruim, porque um dos motivos de criação do parque era a preservação desta nascente. Mas, sabíamos que com a chuva iria voltar, como de fato voltou”, disse Faria. 

Quando a situação da nascente foi descoberta, em setembro deste ano, causou preocupação nas autoridades e ambientalistas. Isso porque, a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem. Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) a vazão média é de 2.850 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 2% do total do país. O rio tem extensão de 2,7 mil quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe. 

Incêndios 
O Parque Nacional do Serra da Canastra sofreu com o tempo seco neste ano. Várias ocorrências de incêndio foram registradas, o que maltratou a vegetação e a fauna local. Com a chuva, a situação está sendo normalizada. “O parque queimou mais de 90 mil hectares com uma série de incêndio que começou em julho e foi até setembro. Porém, a fauna está crescendo novamente. Já temos abrigo e alimento para a fauna, além de embelezar a paisagem. A beleza cênica voltou”, afirma o chefe substituto. 

Dezembro deve ter mais chuva
Os meteorologistas estão confiantes com o retorno das chuvas em Minas Gerais. Para Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dezembro dever ter precipitações acima da média. “A chuva de novembro vai gradativamente reduzindo a situação crítica no estado, mas ainda não está bom. Esperamos que mês que vem a situação melhore mais. Por enquanto é só um alívio”, comentou. 

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, conforme o meteorologista, já choveu 70% da chuva esperada para Novembro. As chuvas fortes e contínuas devem dar uma trégua neste fim de semana em parte do estado, segundo previsão do meteorologista Ruibran dos Reis, do ClimaTempo. Somente no Norte e Nordeste (vales Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce) de Minas, a massa fria que está se dissipando em direção ao Sul da Bahia ainda vai provocar precipitações prolongadas.

Fonte:

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

ETAPAS PARA UMA BOA REDAÇÃO

DEZ CARACTERÍSTICAS DE UMA REDAÇÃO DE CONCURSO NOTA 10
Você não precisa ser nenhum Machado de Assis para tirar 10 na redação exigida num concurso.

É o que garante Diogo Arrais, professor de português do Damásio Educacional. “Não se trata de um concurso literário”, diz ele, “basta que você saiba redigir um texto claro, conciso e adequado à norma culta”. Segundo o professor, chegar a essa fórmula depende apenas de treino.
A seguir, EXAME.com lista 10 características de uma redação impecável na visão de alguns professores especializados em concursos. Confira:

1. O candidato entendeu o tema 
Quem demonstra que leu a proposta da redação com atenção tem mais chances de ser bem avaliado, segundo Verônica Ferreira, professora do site Questões de Concursos. Por melhor que seja o seu texto, ele dificilmente terá uma boa nota se fugir do assunto original.

2. A norma culta é respeitada
Um ponto cobrado por qualquer banca é o domínio da norma padrão da língua. Segundo Camila Faro, professora de redação do Universo do Concurso Público, é muito difícil ter uma boa nota se você não demonstra domínio de temas gramaticais como regência e concordância, por exemplo.

3. O texto é econômico 
Uma redação enxuta, com períodos curtos, tende a ser mais clara e fácil de ler, segundo Alexandre Luz, professor do curso Ênfase. A concisão ajuda a ganhar a aprovação do corretor. Outro pré-requisito é respeitar o número estabelecido de linhas.

4. As ideias são articuladas com conectores
De acordo com a professora Camila, um bom texto traz argumentos bem costurados entre si. O uso correto de conectivos - expressões que ligam as orações, como “isto é”, “embora” e “até mesmo” - é um dos recursos que ajudam a amarrar as ideias da redação.
 Escrita: na hora de emitir julgamentos numa redação de concurso, o ideal é evitar exageros ou simplificações

5. Não há generalizações
Na hora de emitir julgamentos, o ideal é evitar exageros ou simplificações. “Em vez de uma frase como ‘Os políticos recebem propina’, é melhor escrever ‘Grande parte dos políticos recebe propina’", diz o professor Alexandre.

6. As afirmações são comedidas e serenas
Outro ponto forte é a ponderação. “Não é o caso de quem tem um discurso inflamado, típico das redes sociais”, diz Alexandre.

7. Não há frases nem expressões clichê
Frases feitas não acrescentam nenhuma informação ao texto, e costumam passar longe das redações que mais impressionam os corretores. “Um dos principais diferenciais de um candidato é a originalidade que ele demonstra na escrita”, afirma a professora Verônica.

8. O candidato demonstra ter conhecimento da área
Ir bem na redação não depende apenas das suas competências linguísticas, mas também do domínio de conceitos, autores e bibliografia da sua área profissional. “Logo de cara, um bom texto já traz nomes, números e informações técnicas que mostram que o aluno conhece bem a sua profissão”, diz Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional.

9. As teses não são ingênuas
Não há nada de errado com o otimismo, mas ninguém ganha pontos com utopias. Não dá para escrever frases como "Para acabar com a violência, é preciso...", de acordo com o professor Alexandre. Será que é mesmo possível acabar com a violência? Segundo ele, soa mais plausível algo como "Para reduzir os índices de violência, é preciso...".

10. A redação apresenta uma solução para o problema
Um bom desfecho também conta pontos a favor do candidato. “O ideal é quando o autor traz uma saída para o problema exposto, de forma a refletir sua preocupação com a dignidade humana”, comenta o professor Diogo

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