Prezados
(as) . Finalizo a última postagem do ano com texto sobre uma
possibilidade de moradia para o futuro. A todos (as) um próximo ano cheio de
realizações e saúde. Vou parar alguns dias e ficar em ociosidade total. Se
estiver com ânimo, volto ao blog em 2016. Abraços a todos. Com carinho,
Neemias.
CASAS
FLUTUANTES INDEPENDENTES PODEM ALIVIAR CIDADES
Morar sobre as águas
Casas flutuantes são comuns na região Norte do Brasil, mas
elas sempre foram associadas à população de renda mais baixa, que não teria
outra opção de moradia.
Engenheiros alemães discordam dessa visão, e acreditam que
as casas flutuantes podem não apenas ser uma opção de moradia de alta
qualidade, como também tornarem-se uma alternativa para o lazer, uma opção mais
versátil para as casas de veraneio.
Além do interesse da população e de resolver o problema da
casa própria, as casas flutuantes poderiam compor um novo setor econômico
envolvendo empresas de pequeno e médio porte, defende o professor Matthias
Klingner, do Instituto de Transporte e Infraestrutura da Alemanha.
Flutuante e sustentável
Klingner lidera uma equipe de engenheiros de várias
universidades e empresas privadas alemãs que se uniram para tornar realidade
moradias flutuantes que sejam confortáveis, energeticamente eficientes e
totalmente "amigas do meio ambiente".
"Esse tipo de casa flutuante energeticamente
autossuficiente não existe ainda. Nós queremos encontrar uma solução para esse
tipo de ambiente," disse ele.
"Ainda não está pronta", seria melhor dizer,
porque um protótipo já está flutuando, e o projeto prevê que ele seja
apresentável aos interessados em 2017.
Vivendo na água de forma independente
Construída sobre uma plataforma flutuante de 13 x 13
metros, a casa tem 134 metros quadrados de área útil, sendo 75 no piso inferior
e 34 no superior, além de um terraço com 15 metros quadrados.
Painéis solares abastecem a residência com eletricidade
durante o dia e geram um excedente que é armazenado em baterias de lítio para
garantir a energia à noite. Para economizar espaço, as baterias são integradas
nas paredes e nas escadas.
Como está sendo projetada para ser usada em regiões onde o
inverno é muito rigoroso, há um cuidadoso sistema de aquecimento, também
totalmente independente e que não utiliza eletricidade.
O projeto usa um sistema duplo com sais hidratados, que
absorvem o calor excedente do fogão ou da lareira, e uma unidade de
armazenamento de calor feito com zeólitas. Ambos funcionam com base unicamente
em processos físico-químicos e são reversíveis, o que significa que podem ser
usados tanto para o aquecimento no inverno, quanto como sistema de
ar-condicionado no verão.
Outra preocupação é com o fornecimento de água, que usa um
sistema de circuito fechado tanto para a água potável, quanto para a água de
serviço.
Ou seja, toda a água da casa é reciclada continuamente,
usando uma combinação de membranas cerâmicas e vários processos eletroquímicos
e fotocatalíticos.
O projeto conta com a colaboração de uma série de
empresas, cada uma das quais se incumbiu de desenvolver sua tecnologia de forma
a acomodá-la dentro da casa flutuante até 2017.
Morar sobre as águas
No Brasil, o Instituto Mamirauá possui uma casa flutuante para realização de pesquisas na Amazônia que incorpora alguns recursos de
sustentabilidade.
Existem vários projetos mais futurísticos para tentar
levar os seres humanos para a água sem provocar poluição.
Fonte: