LOGAN

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O FILHOTE

domingo, 24 de agosto de 2014

FOTOS DE CASAMENTO DE SOBRINHA

Ontem, dia 23/08/2014, ocorreu o casamento de minha sobrinha HADASSA com o VICTOR (centro). Abaixo, algumas fotos para registrar o momento.

Hadassa, Victor e Família


Guilherme e Everton
Jânio, Rachel, Neemias e Zenilda

domingo, 17 de agosto de 2014

QUANDO VAI OCORRER O FIM DOS LIXÕES NO BRASIL?

SUSTENTABILIDADE

Lei de resíduos sólidos não foi cumprida. E agora?

O País precisa de uma inevitável reflexão sobre acontecimentos tão previsíveis como a incapacidade das prefeituras de lidar com o lixo

Lixão em Campinas, no interior de São Paulo. O problema continua
Tenho acompanhado atentamente os muitos comentários e análises de variados especialistas a respeito dos desdobramentos do não cumprimento do prazo para que os prefeitos de todas as cidades brasileiras dessem um ponto final aos seus lixões. Nos dias posteriores ao prazo final para o cumprimento da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, 2 de agosto,foram divulgados relatórios, realizados eventos e elaboradas inúmeras teorias para justificar o chocante fato de ainda existirem no Brasil cerca de 3.500 lixões ativos em todas as regiões brasileiras, número cujo significado é o descumprimento da lei por 60,7% dos municípios.
O resultado a demonstrar o fragoroso descumprimento da lei pela maioria só surpreendeu os ingênuos. Era notória a falta de movimento e de ações efetivas de nossas autoridades municipais.
O problema está distribuído por todo o País, quase sem exceções. Só no Nordeste a existência de lixões ainda é uma realidade em mais de 1.500 municípios. A situação também é grave entre algumas capitais como Porto Velho, Belém e Brasília. O Distrito Federal representa um caso vergonhoso, pois tem o chamado Lixão da Estrutural, o maior da América Latina, com uma extensão correspondente a 170 campos de futebol e altura equivalente a 50 metros de lixo.
A Lei 12.305, denominada de Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entrou em vigor em 3 de agosto de 2010, concedendo prazo até agosto de 2012 para os municípios apresentarem seus planos de gestão integrada de resíduos sólidos (art. 55) e até o último dia 2 de agosto de 2014 para o encerramento dos lixões (art. 54). A primeira data relativa à obrigatoriedade das prefeituras para a entrega dos planos já havia sido amplamente descumprida, portanto, difícil seria imaginar que a segunda seria contemplada com mais tranquilidade.
E um fato ainda mais interessante e curioso de toda essa discussão é que não foi a LPNRS a determinar o fim dos lixões em todo o país. A disposição ambientalmente adequada de rejeitos em aterros sanitários (locais capazes de evitar contaminações, danos à saúde humana e maiores impactos ambientais) já estava prevista em uma antiga portaria de número 053/1979 do Ministério do Interior. Ela condenava o descarte em lixões e, desde 1981, a poluição ambiental passou a ser considerada crime. Anos mais tarde, a Lei 9.605 de 1998 acrescentou a necessidade de se obter o licenciamento ambiental para o descarte de materiais, coisa que, obviamente, nenhum lixão teria condições de conseguir.
Registros históricos à parte, entramos no mês de agosto com uma massa de prefeitos de todos os cantos do Brasil rotulados como “foras da lei”. Pela letra fria do texto da LPNRS esses dirigentes municipais que ainda despejam os resíduos de suas cidades em lixões podem ser presos, perder o mandato e pagar uma multa de até 50 milhões de reais dependendo dos variados graus de descumprimento da lei. O município também poderá deixar de receber repasses de verbas do governo federal, o que seria fatal para o orçamento de uma quantidade enorme de cidades que dependem desse dinheiro para sobreviver.
E agora? O que fazer?
Diante desse quadro de cores fortes e perturbadoras, as opções que estão sendo colocadas de maneira mais incisiva vão da punição imediata até a extensão do prazo para o cumprimento da lei. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi uma das primeiras a se manifestar em nome do governo federal, contra a prorrogação do prazo. No sentido contrário, uma emenda ao projeto de lei apresentado pelo deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB) joga para mais 8 anos o cumprimento da lei. Importante lembrar que em ano eleitoral pouca coisa irá mudar se tivermos que esperar ações do governo ou do Congresso Nacional.
Talvez, antes de definir os novos passos de implementação da lei e diante dessa nova realidade, melhor seja conhecer com mais detalhes o que se passou nesse período desde a aprovação da lei no Congresso Nacional em 2010. Será mesmo possível classificar todos esses milhares de prefeitos como irresponsáveis e pouco preocupados com a saúde e o futuro de suas populações?
Bem, não foi isso o que a senadora Vanessa Grazziotin do (PCdoB-AM) apresentou em seu relatório na Subcomissão Temporária de Resíduos Sólidos no Senado Federal. Após reunir informações de seis audiências públicas relacionadas ao tema, ela constatou que existem inúmeros fatores que levaram ao descumprimento dos prazos, entre os quais, ela cita o caso do seu estado. No Amazonas, afirma Grazziotin, todos os municípios apresentaram o planejamento para a desativação dos lixões, mas não puderam executar por falta de recursos e acesso a verba federal. Nessa situação seria possível dividir um pouco da responsabilidade entre o Governo Federal e os municípios.
A própria Confederação Nacional dos Municípios em diversos encontros, realizados nos últimos anos, revelava a preocupação de seus associados quanto às dificuldades que encontravam para elaborar seus planos e a falta de apoio tanto em pessoal técnico qualificado como em garantia de verbas para coloca-los em prática.
Avanços apesar de tudo
Mas todo esse cenário não é composto apenas de más notícias. Um estudo da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) concluiu que, atualmente, 40% de todo o lixo produzido no Brasil ainda tem destinação inadequada. Só que esses números são bem mais interessantes que os 88% registrados em 1989, quando os nossos resíduos produzidos a cada dia tinham como destino lixões a céu aberto sem qualquer cuidado ou tratamento. Isso graças a chegada da Lei Nacional de Resíduos Sólidos mesmo com todos os  problemas de cumprimento apresentados até aqui.
Também podemos somar outro grande benefício que são os investimentos do poder público no apoio às cooperativas de catadores. Hoje o Brasil possui, segundo a Abrelpe, cerca de 30 mil profissionais cooperados para um universo de 800 mil catadores que vivem dessa atividade. Pouco claro, mas que eram menos ainda num passado não tão distante.
É óbvio que os números vinculados aos avanços podem ser vistos como tímidos e insuficientes. Por outro lado, fechar os olhos para o que foi conseguido e apenas lamentar e criticar pouco irá contribuir para uma mudança real nesse estado de coisas. Entre passar a mão na cabeça dos prefeitos ou puni-los com o rigor e a espada da lei, fico com um meio termo que busque efetivamente o caminho de uma solução positiva e duradoura em prol da saúde das pessoas e do meio ambiente.
Fonte:

sábado, 16 de agosto de 2014

A INDÚSTRIA DO HORMÔNIO SEXUAL


A INDÚSTRIA DA TESTOSTERONA

Homens e mulheres adotam a reposição do hormônio masculino como se ele fosse o novo elixir da juventude. Saiba se você precisa disso

É cada vez mais difícil sair de um consultório sem a prescrição de um, dois ou três remédios. Você não tem sintoma algum ou apenas queixas difusas como cansaço, estresse, noites mal dormidas – mais ou menos como 100% das pessoas que trabalham. Procura o médico só para saber se está tudo bem e fazer aquele checkup básico. Isso não é cuidar da saúde?

Seria se os princípios da medicina não tivessem sido tão desvirtuados nas últimas décadas. Em vez de zelar pela saúde, ela tem se ocupado de vender doença. É uma praga mundial. Nos Estados Unidos, os críticos das relações inadequadas entre a indústria farmacêutica e boa parte dos médicos chamam essa prática de disease-mongering. É o velho truque de criar problema para vender solução.

Tudo começa com o pedido exagerado de exames (overtesting, em inglês). É uma batelada tão grande e desnecessária que algum parâmetro minimamente fora do padrão o médico vai encontrar. Quem procura acha, não é mesmo? Isso já aconteceu comigo mais de uma vez. Tive a sensação de quem leva um carro em bom estado para uma revisão preventiva e volta para casa arrasado, achando que é dono de uma lata velha.

O que fiz? Desconfiei do desfile de representantes da indústria farmacêutica na sala de espera, pesquisei a coerência da indicação dos remédios e, para não fazer besteira, consultei meu médico de confiança. Ele me tranquilizou e me fez ver que nenhuma daquelas alterações era relevante. Voltei para casa sem doença imaginária e sem um rombo na carteira.
A prescrição de remédios para corrigir desvios do padrão que não necessariamente provocam ou vão provocar doença é conhecida, em inglês, como overtreatment. É o terceiro flagelo que afeta os pacientes de classe média alta – aqueles que têm acesso à medicina, mas não exatamente à saúde.

Um bom exemplo disso é a indústria da testosterona, tema da provocativa reportagem de capa da Revista TIME da semana passada. O mercado do hormônio masculino movimenta US$ 2 bilhões nos EUA. As prescrições cresceram de 2,9 milhões em 2007 para 7,5 milhões em 2013.
No Brasil, a tendência é a mesma. Segundo a Anvisa, as vendas de produtos que contêm testosterona (em cápsula ou injetável) aumentaram 55% entre 2004 e 2012. Isso sem contar o gel de testosterona produzido por farmácias de manipulação. Essa é uma indústria construída sobre a insegurança provocada pela consciência da passagem do tempo.

Desde que o mundo é mundo, homens e mulheres fazem loucuras para conservar a beleza e a energia da juventude. Na Roma Antiga, impotência sexual se combatia com alho-poró e água de aspargos cozidos. Coentro fresco misturado com alho e vinho era considerado o melhor dos afrodisíacos. Na Idade Média, o frade e filósofo alemão Albertus Magnus fez fama com uma receita que prometia devolver aos homens desesperados a rigidez dos bons tempos. O segredo era assar o pênis de um lobo, cortá-lo em pedaços pequenos e mastigar devagarinho. 

Na sociedade pós-Viagra, garantir as ereções já não basta. Os homens querem uma solução mágica capaz de promover uma revigorada geral. Um combo de vitalidade, disposição, bom humor, músculos, barriga chapada... O elixir da juventude é um desejo ancestral que a indústria se preparou para atender. No século XXI, ele se chama reposição de testosterona.  

Essa terapia só é aprovada pelas agências que controlam medicamentos (FDA, nos Estados Unidos e Anvisa, no Brasil) para o tratamento de homens que não conseguem produzir testosterona naturalmente e, por isso, sofrem de doenças como depressão, perda de massa óssea, perda de libido, disfunção erétil, alterações cardiovasculares. Nesses casos, a reposição hormonal é muito importante. 

A grande maioria da população masculina não precisa disso. A andropausa, queda na produção de testosterona depois dos 50 anos, é considerada uma doença que afeta de 5 a 10% dos homens. Enquanto a menopausa é uma alteração fisiológica, um fenômeno natural pelo qual todas as mulheres passam, a andropausa é patológica. É doença, de fato. Como tal, precisa ser tratada. 

Os outros 90% dos homens chegarão à velhice produzindo testosterona, com a libido preservada e sem nenhum sintoma de andropausa. Mesmo que tenham dificuldades de ereção (Viagra e assemelhados estão aí para isso), desejarão a mulher do vizinho até o último suspiro.

Se apenas um pequeno grupo de pacientes precisa fazer reposição hormonal, o que explica o boom da testosterona que o Brasil e outros países vivem? Ele é explicado por outra prática corriqueira da indústria farmacêutica: a de promover medicamentos para usos ou públicos para os quais eles não são aprovados.

Olhe à sua volta e veja quantos quarentões trabalham demais, dormem pouco, são sedentários e reclamam da vida sexual. Se eles forem submetidos a uma dosagem de testosterona no sangue provavelmente descobrirão que os níveis do hormônio estão no limite do que é considerado normal ou, talvez, um pouco abaixo dele. É provável que saiam do consultório com uma prescrição de testosterona, mesmo sem ter sintoma de doença.

Isso é tratamento desnecessário. “Quando o homem tem uma pequena alteração nos níveis de testosterona no sangue e nenhum sintoma não se deve prescrever a reposição hormonal”, diz o urologista Daher Chade, do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. “A conduta recomendada é apenas aguardar para ver se surge algum sintoma”.

O problema da maioria dos quarentões mal cuidados não é incapacidade de produzir testosterona – e sim estilo de vida errado. Recentemente, uma publicação da Universidade Harvard dedicada à saúde masculina lançou a questão: “Você já pensou em outras razões que possam estar provocando fadiga, queda da libido e outros problemas?”. E concluiu: “Você tem uma alimentação nutritiva? Faz atividade física regularmente? Dorme bem? Cuide disso tudo antes de procurar a reposição hormonal”.  

Quanto mais sexo uma pessoa faz, mais testosterona ela produz naturalmente. Conserte a vida, vá para casa mais cedo, faça mais sexo e dê uma chance para a natureza. O mesmo vale para as mulheres. Nos últimos anos, virou moda entre os ginecologistas brasileiros prescrever gel de testosterona também para elas.
 
O esquema é o mesmo: pedem a dosagem do hormônio, verificam que ele está no limite e já indicam a farmácia de manipulação de “confiança”. Mesmo que a paciente não tenha queixa alguma, prometem um “up” na libido, músculos torneados, barriga chapada, energia e disposição. E, quase sempre, arrematam com o argumento que, para algumas mulheres, pode ser arrebatador. Para outras, é assustador. “Viu como a paciente que saiu daqui agora está bem?”. E aí você se lembra de ter visto uma mulher de 60 anos, espremida numa minissaia e, aparentemente, com uma enorme dificuldade de aceitar que a juventude passou.

Cada um vive como bem entende, mas é desejável que toda escolha seja baseada em informação e consciência dos riscos. O uso de testosterona por mulheres não é aprovado pelas autoridades sanitárias. A exceção é o uso hospitalar, quando a paciente sobre de graves alterações metabólicas. “Não faz sentido prescrever testosterona para mulheres”, diz o médico Chade. “Se a mulher produz pouca testosterona e opta pela reposição, a produção natural do hormônio vai diminuir ainda mais se ela interromper o uso do produto”, afirma.
 
Mulheres que usam gel de testosterona costumam relatar que se sentem mais dispostas, bonitas, com menos gordura corporal e mais energia sexual. Ajudam a propagar a reposição e a movimentar uma indústria bilionária.

 Os riscos não são desprezíveis. Eles envolvem virilização. As mulheres podem ter acne, aparecimento de pelos no rosto, engrossamento da voz, crescimento do clitóris, queda de cabelo, retenção hídrica (que provoca inchaço) e alterações de comportamento, como aumento da agressividade. Se a dose for muito elevada, aumenta o risco de trombose, hepatite, aparecimento de cistos e tumores no fígado, entre outros problemas. Vale a pena?

No início do ano, a FDA anunciou o início de uma revisão dos dados de segurança da reposição de testosterona em homens. A decisão foi motivada por vários estudos segundo os quais certos homens correm risco mais elevado de ter infarto e derrame se fizerem reposição hormonal. E também por dezenas de processos judiciais de consumidores que alegam ter sofrido danos por causa da testosterona.

Alguns meses depois, a agência exigiu que os fabricantes alertassem os pacientes sobre o aumento do risco de possíveis coágulos nas veias. Em setembro, uma comissão de especialistas convocada pela agência discutirá as evidências disponíveis sobre benefícios e riscos da reposição. Muita discussão vem por aí. Enquanto isso, prefiro a sábia provocação lançada por muitos dos médicos que são mais que meros prescritores de medicamentos. “Você tem saúde para tanto remédio?”.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PRAGAS FORA DO CONTROLE

10 pragas animais que saíram do controle

 A Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica considera uma espécie “invasora” quando ela está fora de seu habitat natural e acaba ameaçando outros ecossistemas. Mas, na maior parte dos casos, a culpa é do homem, que transporta animais de um lugar para o outro sem pensar muito nas consequências. O resultado disso é um crescimento anormal dos invasores. Sem um predador natural, a espécie exótica se multiplica e sai destruindo o que encontra pela frente.
Conheça 10 exemplos de infestações animais que saíram do controle.

Ratazana (Rattus sp)
A ratazana (ou rato-preto) é provavelmente o mamífero invasore mais bem sucedido do mundo. Originário do sudeste da Ásia, o bichinho se espalhou pelo mundo inteiro através dos tempos se escondendo em navios mercantes. Hoje em dia até aviões sofrem com a infestação do animal, que se adapta bem a qualquer ambiente: urbano ou rural.
Os ratos e ratazanas do gênero Rattus causaram e ainda causam a predação de aves, répteis e pequenos vertebrados e invertebrados, além de prejuízos à vegetação natural. Não vamos nos esquecer que eles também são vetores de inúmeras doenças, entre elas peste bubônica, leptospirose e tifo.


 Tilápia-do-nilo (Sarotheredon niloticus)
A tilápia-do-nilo é um peixe nativo do rio Nilo, no Egito, que pode chegar a 60cm de comprimento e pesar 4,3kg. Como característica única, o peixe tem listras por toda a nadadeira. Em 1933, foi a primeira vez que alguém teve a genial ideia de trazer a tilápia-do-nilo para o Brasil. Mais especificamente, para o nordeste. Nas décadas seguintes, outras pessoas também fizeram a mesma coisa em outras regiões do Brasil. Tudo isso para aumentar os lucros com a pesca.
O problema é que a tilápia-do-nilo se reproduz muito facilmente, se adapta a qualquer ambiente (inclusive em lugares com baixo oxigênio) e se alimenta de plantas e animais: ou seja, uma receita perfeita para um grande predador, com histórico de causar a extinção de outras espécies nos ambientes onde vivem. Hoje a espécie infesta diversos rios no Brasil inteiro. Também é um problema na Bélgica, Burundi, Camarões, China, Costa do Marfim, Indonésia, Madagascar, Austrália, Estados Unidos, Nicarágua e Japão.

Abelha-africana (Apis mellifera scutellata)
Nos anos 50, o Ministério da Agricultura brasileiro teve a ideia de importar algumas abelhas-africanas para estudar sua produtividade e compará-las com outras espécies. O problema é que durante o estudo ocorreu um acidente e 26 colmeias de abelhas-africanas, muito agressivas, foram liberadas no meio ambiente. Foi o bastante par a espécie se espalhar por todo o continente.
Não foram só as espécies nativas de abelhas que sofreram com a invasão. Pássaros, como tucano e arara, foram expulsos de seu habitat natural por conta das abelhas-africanas, que são muito difíceis de controlar. Além disso, a picada da abelha-africana pode ser fatal para pessoas e animais domésticos, dependendo do número de ferroadas.

Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica)
Lá pelos anos 80, algum ser humano bem inteligentão pesou: nossa, ao invés do escargot, porque a gente não tenta comer esse caramujo-gigante-africano aqui no Brasil? Claro que o plano deu errado, porque além do fato de que essa espécie de caramujo não é lá muito apetitosa, o bicho também é vetor de duas doenças sérias para o sistema gástrico e nervoso. Quando os criadores se deram conta da ideia fraca, eles fizeram o grande favor de soltar os caramujos-gigante-africano no ambiente.
Acontece que esse molusco originário da Nigéria pode chegar a 20 cm de comprimento e pesar até 500g, é hermafrodita e realiza até cinco posturas de ovos por ano (cada postura gera 50 a 400 ovos). O bicho também é super-resistente ao frio e à seca, grande predador de plantas e competidor voraz de alimentos com outros animais. Se você precisava de um forma física para a palavra praga, o caramujo-gigante-africano é um excelente candidato ao título.
A infestação de caramujos dessa espécie não rolou só no Brasil. No estado da Flórida, nos Estados Unidos, eles tem uma infestação muito séria, que destrói áreas agrícolas e causa doenças. O governo chegou ao ponto de uma campanha para treinar cães labradores para caçar e matar os caramujos.

 Píton-burmesa (Python molurus)
Se temos algum motivo para comemorar é que pelo menos essa espécie invasora não chegou ao Brasil. Mas se você está pensando em viajar para os Estados Unidos, a Flórida é um lugar para se temer. Desde os anos 2000, o país tem problemas com essas cobras gigantescas, que foram importadas para lá como animais domésticos. O problema é que os criadores não tinham noção do tamanho que o réptil chega na idade adulta: até 6 metros de comprimento (a píton-burmesa, aliás, é uma das 5 maiores espécies de cobra do mundo). Entre 1999 e 2004, cerca de 144 mil pítons foram importadas para os Estados Unidos ainda filhotes. Quando os animais começaram a crescer, eles fugiram ou foram jogados no meio ambiente pelos donos.
Os cálculos de hoje em dia são assustadores. São 150 mil pítons vivendo na Flórida e destruindo todo o ecossistema. Elas não têm predador natural e comem praticamente qualquer bicho, de cães a jacarés, sem discriminação. Foi só em 2012, com o estrago já feito, que o governo dos Estados Unidos percebeu literalmente o tamanho do problema e proibiu a importação de pítons-burmesas. Estava na hora, né?

Estorninho-comum (Sturnus vulgaris)
O que acontece quando alguém resolve levar uma espécie de pássaro para casa para que o país tenha todas as aves mencionadas nas obras Shakespeare? Merda. Claro que ia dar merda. Em 1890, o estorninho-comum, espécie originária da Europa, foi disseminado em Nova Iorque como parte desse plano brilhante de ter nos Estados Unidos todos pássaros que o dramaturgo citava. Os animais se espalharam por todo país e hoje em dia causam prejuízos anuais de 800 milhões de dólares para a agricultura. Além de destruir lavouras, o passarinho também compete com espécies nativas e dissemina doenças em humanos.

Sapo-cururu ou sapo-boi (Rhinella sp.)
Não precisa mudar a letra da cantiga de roda: o sap0-cururu ou sapo-boi não invadiu o Brasil. Pelo contrário, ele é nativo da América do Sul, e convive bem com outras espécies, sem causar problemas. Mas os anfíbios foram introduzidos em outras regiões do mundo, tipo America do Norte, Austrália e Caribe, como uma forma de controle de pragas biológico.
Acontece que o sapo é enorme e voraz: chega a ter 15 centímetros de comprimento e pesa até 2 kg. Ele tem uma dieta bem ampla e sua pele é tóxica. Com isso, apesar de ter tido bastante sucesso no controle de pragas, ele se tornou a própria praga. Uma das armas do sapo é o veneno na pele, que mata o predador desavisado.

Coelho-europeu ou coelho-comum (Oryctolagus cuniculus)
O coelho-europeu é outro exemplo de espécie invasora que teve bastante sucesso no projeto de dominar o mundo. A espécie é originária da Península Ibérica, e nos seus países nativos é considerada vulnerável, nas classificação de risco de extinção. Enquanto isso, no resto do mundo, o coelho-comum causa problemas sérios ao meio ambiente. Um dos motivos é óbvio: eles se reproduzem com muita rapidez. Quanto mais coelho existe, de mais comida eles precisam. Como eles basicamente comem plantas, ter um número exagerado de coelhos no seu quintal significa expor o seu solo à erosão. Além disso, eles competem por alimentos com outros bichos, levando espécies nativas a extinção.
A infestação de coelhos é um problema no Brasil, mas quem mais sofre com a presença desse animais são Austrália e Nova Zelândia, países isolados com uma fauna diferenciada e exclusiva – como o bilby e o kiwi. Por lá, a taxa de crescimento dos coelhos é insana, tanto, que eles até criaram um vírus para tentar conter o número de animais: o tiro saiu pela culatra, porque a seleção natural fez com que nascessem mais coelhos resistentes ao tal vírus.
A principal forma de controle da invasão é a caça e o abate dos coelhinhos. :(

Javali (Sus scrofa)
Os javalis são animais nativos da Europa, América do Norte e Norte da África. Na Europa, eles foram praticamente extintos em alguns países, devido à caça e a ocupação humana de seu habitat natural. Já na América do Sul, a introdução dessa espécie traz problemas graves.
O bicho já tinha sido trazido para o Brasil algumas vezes no século XIX, mais especificamente para o Pantanal. Mas a situação só fugiu mesmo de controle nos anos 70, quando o javali foi trazido para criações da Argentina e Uruguai e acabaram fugindo para o Rio Grande do Sul, onde passaram a crescer exponencialmente por todo o sul do país. Hoje, já existem javalis até em São Paulo e Bahia.
O javali não tem nenhum predador natural, é vetor de doenças, destrói plantações e o solo, e ainda come galinhas, patos e cordeiros. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em Santa Catarina, vários produtores desistiram de plantar milho, já que a fome do javali impossibilita a colheita.
Para completar o caos, o javali procria com os porcos domésticos criando uma nova espécie de potencial destrutivo imenso: o javaporco. A praga é tão grande que o IBAMA permite a caça e o abate dos javalis, e em contrapartida incentiva a criação de uma espécie nativa chamada queixada.

 Formiga Argentina
A formiga argentina dominou o mundo. Sério mesmo, a espécie tem um alto nível de organização comunitária e povoa extensões geográfica tão amplas quanto os humanos. Em 2000, cientistas descobriram uma supercolônia de formigas argentinas, que se estendida por 6 mil quilômetros na Europa, de Portugal à Grécia. Mais tarde, também foram encontradas supercolônias nos Estados Unidos e no Japão.
Os bichinhos, que são originários da Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil, se espalharam pelo mundo lá pelo século 19, através de navios. A formação dessas supercolônias internacionais, que compartilham material genético entre si, é algo incomum já que normalmente os formigueiros travam disputas entre si.
Além de infernizar a vida doméstica, as hermanas já dizimaram populações de uma espécie lagarto que costumavam se alimentar de outras formigas, que perderam a disputa de território. Também são resistentes a inseticidas comuns, já que seus formigueiros sempre tem mais de uma rainha para colocar ovos.

Fonte

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

IMAGEM: CORAÇÃO EM PEIXES


Classificação de peixes:
Peixes ósseos, peixes cartilaginosos e peixes sem mandíbulas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

PROFISSÕES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Estudo aponta dez profissões ameaçadas de extinção

 

Site americano estudou estatísticas trabalhistas e listou as carreiras que terão queda na contratação nos próximos oito anos.


Um site americano especializado em carreiras fez uma lista das profissões ameaçadas de extinção. São atividades com previsão de queda na contratação nos próximos oito anos. O site se baseou em estatísticas trabalhistas dos Estados Unidos.

Confira as dez profissões mais ameaçadas:
1º. Carteiro
2º. Trabalhadores rurais
3º. Técnico em leitura de medidores de energia
4º. Repórteres de jornais
. Agentes de viagens
6º. Lenhadores
7º. Aeromoça
8º. Trabalhadores do setor produtivo industrial
9º. Trabalhadores da indústria gráfica
10º. Agente de cobrança

Segundo a pesquisa, a contratação dos carteiros pode ter 30% de queda. Os trabalhadores do agronegócio, do setor produtivo industrial, da indústria gráfica e os lenhadores serão prejudicados por causa da automação nesses setores. A evolução tecnológica também afetará a contração dos técnicos especializados na leitura de relógios de água e energia. A aposta é que, em breve, as empresas conseguirão medir esses dados a distância.
Em quarto lugar, estão os repórteres de jornais, que sofrem com a queda nos anúncios e nas assinaturas dos jornais impressos. Agentes de viagens estão ameaçados, porque as pessoas estão cada vez mais organizando viagens de forma autônoma. Já as aeromoças poderão sofrer dificuldades por causa da fusão de empresas, o que causaria uma redução no número de voos.



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

RESERVA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Geologia

Terra pode ter reserva subterrânea de água três vezes maior que os oceanos

Descoberta pode transformar o que se sabe atualmente sobre a formação do planeta

Cientistas descobriram que uma vasta reserva de água, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes, pode estar confinada centenas de quilômetros abaixo da costra terrestre. A novidade, publicada nesta sexta-feira na revista Science, pode transformar o que se sabe atualmente sobre a formação do planeta.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Dehydration melting at the top of the lower mantle

Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: Brandon Schmandt, Steven D. Jacobsen, Thorsten W. Becker, Zhenxian Liu e Kenneth G. Dueker

Instituição: Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, e outras

Resultado: Cientistas descobriram que uma vasta reserva de água, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes, pode estar presa centenas de quilômetros abaixo da superfície.
A água estaria presa em um mineral chamado ringwoodita, cerca de 660 quilômetros abaixo da superfície. Devido à estrutura de cristal, esse mineral atrai hidrogênio e retém a água. Steve Jacobsen, pesquisador da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, e coautor do estudo, disse ao jornal britânico The Guardian que se 1% do peso das rochas localizadas na zona de transição (parte do manto terrestre, que fica abaixo da crosta, a superfície) for de água, essa quantidade seria equivalente a quase três vezes a dos oceanos.

A descoberta indica que a água da Terra pode ter vindo de seu interior, levada à superfície pela atividade tectônica, em vez de depositada por cometas que atingiram o planeta durante sua formação, como afirmam as teorias atuais. "Eu acredito que estamos finalmente vendo evidências de um ciclo da água completo na Terra, que pode ajudar a explicar a vasta quantidade de água líquida na superfície do nosso planeta. Os cientistas têm procurado essas águas profundas há décadas", disse o pesquisador.
A pesquisa foi feita com base em dados do USArray, uma rede de sismógrafos americana, que mede as vibrações de terremotos. Para Jacobsen, essa água oculta pode servir como apoio para os oceanos na superfície, o que explicaria por que eles se mantiveram do mesmo tamanho por milhões de anos.


sábado, 2 de agosto de 2014

ALUNOS EJA - JOÃO PINTO BANDEIRA

Alunos EJA-noturno
EMEF João Pinto Bandeira   2º Semestre 2014





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