LOGAN

LOGAN
O FILHOTE

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ATAQUE DE PIRANHAS EM LINHARES, ES.

FORAM TRÊS FERIDOS EM UMA SEMANA EM UMA LAGOA DE LINHARES. NO BRASIL, HÁ REGISTRO DE APENAS UM ATAQUE A SERES HUMANOS.


Com três supostos ataques de piranhas a banhistas em uma semana, os moradores de Linhares, ES, estão assustados com os incidentes, ocorridos todos em uma área particular da Lagoa Durão, situada na região do distrito do Córrego Faria, zona rural da cidade. O biólogo Ectore Bacheti afirma haver registro de  um único ataque dos peixes a seres humanos no Brasil. Para a Defesa Civil, estes são casos eventuais e não há motivos para preocupações.

No entanto, a situação está diferente em Linhares. Em uma semana, foram registrados três ataques de piranhas a pessoas. A auxiliar administrativa Fabíola Moreira, 26 anos, foi atacada no domingo (11) pelos peixes e corre risco de ter até que amputar um dos dedos do pé direito. Segundo ela, no dia anterior, um garoto de cerca de 12 anos também ferido no pé pelos animais. O último caso aconteceu neste sábado (17), quando uma menina de dez anos foi encaminhada ao Hospital Rio Doce com suspeita de ter sido mordida por piranhas.

Lagoa Durão
"A piranha não ataca seres humanos. Na literatura da área de Biologia, há apenas um caso relatado na área da floresta amazônica, numa época de extrema seca. Ousaria dizer que estes ataques são os únicos da região. Mas não há motivo para as pessoas se preocuparem porque foram apenas acidentes, nada mais", afirma o biólogo Ectore Bacheti.

De acordo com Ectore, as piranhas podem ter efetuado os ataques às pessoas por vários motivos. "Pode ser que o nível baixo das lagoas e rios da cidade de Linhares tenha diminuído, junto com a oferta de alimentos para os peixes e eles atacaram. Há a possibilidade dos animais terem se sentido ameaçados. Pode ser também que, devido à praia onde ocorreram os ataques ficar em uma área onde muitas pessoas frequentam, os banhistas jogassem restos de comida na lagoa e as piranhas se acostumaram a ir até o local. Com menos alimentos, elas podem acabar atacando as pessoas. Mas seria necessário pelo menos um ano de pesquisa para confirmar as suspeitas", conta.

Para o presidente da Colônia de Pescadores de Linhares, Janilson Ribeiro, a diminuição na quantidade de aguapés (plantas aquáticas) pode ter motivado os ataques. "Os peixes atacam quando se sentem ameaçados. As piranhas usam as plantas para se protegerem e, com a diminuição da flora local, elas podem atacar os banhistas se sentirem que eles representam perigo. Mas também pode ser a época de estiagem", explica.


Peixe intruso
Segundo o biólogo, as piranhas são nativas da região amazônica e do Pantanal e não se sabe como elas chegaram às lagoas e rios de Linhares. Ele conta que os peixes podem ter sido trazido por criadores e escaparam para algum manancial, já que, conforme Ectore, todas as 69 lagoas de Linhares ligam-se direta ou indiretamente ao Rio Doce. O biólogo também cogita a possibilidade de pássaros terem trazidos ovos de piranhas para a região e elas terem se procriado.

"A piranha tem alto poder de reprodução. Em um ano, uma única fêmea pode gerar bilhões de filhotes. Claro que a maioria deles não chega à vida adulta. Mas por menor que seja a porcentagem de sobreviventes, a quantidade é muito alta. E na Lagoa Durão, em especial, há grande quantidade da espécie", explica.


Jacaré nas lagoas

Há cerca de 25 anos, cogitou-se em Linhares trazer às lagoas e rios da cidade espécies de jacarés para conter a quantidade de piranhas já que eles são predadores naturais. "Seria tapar o sol com a peneira. Introduzir outra espécie exótica no ambiente. Já que a cidade não tem grande poder de fiscalização dos mananciais, os caçadores iriam matar os répteis e o problema continuaria. Uma das formas de minimizar a quantidade seria os pescadores não devolverem o animal à lagoa ao capturá-lo. Há ótimas receitas com a piranha como ingrediente", conclui.


Ações
O chefe da Defessa Civil em Linhares, Antônio Carlos dos Santos,vai se reunir nesta segunda-feira (19) com os responsáveis pela área para pegar mais informações sobre os ataques das piranhas e se houve outros casos não divulgação. "Só ouvi falar de um caso desta espécie atacando seres humanos: no Piauí. A gente tem de fazer o levantamento das informações com os moradores antes de tomarmos quaisquer ações. Mas repito: não há motivos para preocupação", conclui Antônio Carlos.


Fonte:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POSTAGENS POPULARES

Translate

Total de visualizações de página

Seguidores