Prezados
alunos dos 8ºs anos: iniciamos hoje o tema:Sistema Endócrino. Como afirmei
na sala, quase tudo em nosso organismo funciona através do comando de nossas
glândulas endócrinas que produzem seus respectivos hormônios. Interessante
observar que alguns desses hormônios podem sofrer alterações em seu
funcionamento através do contato com determinadas substâncias. Abaixo segue um
texto que aborda esta questão. Reafirmo como foi dito na sala que precisamos
entender um pouco da ação de alguns hormônios em nosso corpo, mas devemos
manter também uma boa dieta alimentar e praticar com regularidade exercícios
físicos. Essa dicas podem contribuir para uma vida com mais saúde.
Abraços,
Neemias.
OS
DESREGULADORES ENDÓCRINOS MAIS PERIGOSOS À SAÚDE
Bisfenol A
(BPA)
Essa substância está presente principalmente em embalagens de
plástico feito de policarbonato e no revestimento interno de latas de alumínio,
como as de refrigerante, por exemplo. Uma vez no organismo, o BPA imita a ação
do estrogênio, um hormônio sexual feminino, interferindo diretamente no
funcionamento de algumas glândulas endócrinas, podendo também aumentar ou
diminuir a ação de vários hormônios. O bisfenol A vem sendo associado a alguns
tipos de câncer, como o de mama, além de problemas de reprodução, obesidade,
puberdade precoce e doenças cardíacas.
Como evitar: Preferir alimentos frescos a enlatados; evitar embalagens de
plástico para alimentos e bebidas que tenham o símbolo ‘PC’, que significa
policarbonato, ou cujo símbolo de reciclagem leve os números 3 ou 7, que
indicam a presença do BPA.
Dioxina
A dioxina é formada a partir da combustão que acontece com uma
série de processos industriais. No corpo humano, ela afeta a sinalização dos
hormônios sexuais tanto nos homens quanto nas mulheres. Uma pesquisa recente
mostrou que o contato dessa substância ainda no útero materno e durante os
primeiros anos de vida de um homem pode afetar de forma permanente tanto a
qualidade quanto a concentração de espermatozoides no sêmen.
Como evitar: Reduzir o consumo de alimentos que são mais propícios a serem
contaminados pela dioxina nas indústrias. São eles peixes, carnes, leite, ovos
e manteiga. Ou seja, comer menos produtos de origem animal.
Atrazina
A atrazina é um herbicida frequentemente utilizado em culturas de
milho nos países do continente americano capaz de contaminar água potável.
Pesquisadores descobriram que seu efeito hormonal é tão perigoso que pode até
fazer com que sapos machos passem a ovular. A substância vem sendo associada a
um maior risco de tumores na mama, puberdade tardia e inflamação na próstata
entre animais, mas também há evidências de que ela possa estar ligada a câncer
de próstata em seres humanos.
Como evitar: Consumir mais alimentos orgânicos; comprar um filtro de água
certificando-se de que ele remove a atrazina.
Ftalatos
A substância costuma ser utilizada para deixar o plástico mais
maleável e pode ser encontrada em materiais como revestimento de pisos e
paredes, equipamentos médicos e produtos de cuidado pessoal. Estudos já demonstraram
que os ftalatos podem causar a morte precoce das células germinativas dos
homens, que dão origem aos espermatozoides. Outras pesquisas também associaram
o composto químico a alterações hormonais, menores quantidades e pior qualidade
dos espermatozoides, distúrbios no sistema reprodutivo masculino, obesidade,
diabetes e problemas de tireoide.
Como evitar: Diminuir o contato com recipientes plásticos, brinquedos e
produtos de higiene pessoal que contenham ftalatos e com objetos de plástico
feitos de PVC, cujos rótulos levam o número 3 no símbolo da reciclagem.
Perclorato
A substância é usada na fabricação de combustível para foguetes,
mas também pode ser aplicada em fertilizantes e herbicidas, sendo capaz de
contaminar a produção de alimentos e o leite. Ao entrar em contato com o corpo
humano, o perclorato compete com o iodo, nutriente necessário para que a
glândula da tireoide produza hormônios. Ou seja, a exposição a grandes
quantidades do composto pode alterar o equilíbrio hormonal do organismo e, consequentemente,
afetar a regulação do metabolismo entre adultos e também o desenvolvimento
cerebral e dos órgãos de crianças.
Como evitar: Prevenir o consumo de água que
contenha perclorato é possível com o uso de filtros de osmose reversa; como é
praticamente impossível evitar o contato com perclorato por meio da
alimentação, o ideal é que sejam consumidas quantidades recomendadas de iodo.
Retardador de
chama químico
Estudos feitos com mulheres e diversos animais encontraram, no
leite materno, um composto chamado éter de difenila polibromado (PBDE, sigla em
inglês), que é um desregulador endócrino presente em retardadores de fogo
tóxicos. A substância, que pode ser encontrada em produtos que vão desde
materiais de construção a móveis e eletrônicos, é capaz de imitar hormônios da
tireoide e, entre outros problemas de saúde, afetar de forma negativa a
cognição.
Como evitar: É
praticamente impossível evitar sozinho o contato com a substância – para isso,
é preciso que leis ambientais sejam mais rígidas na hora de autorizar que
certos produtos sejam vendidos. Algumas medidas, porém, podem ajudar. Usar
filtros HEPA para aspiradores de pó, por exemplo, pode diminuir a poeira
doméstica tóxica. Além disso, ao comprar um novo tapete, o ideal é optar por um
cujo revestimento de baixo não contenha PBDE.
Chumbo
O chumbo é capaz de prejudicar praticamente todos os órgãos do
corpo e já foi associado a muitos problemas de saúde, como danos cerebrais e
cognitivos, aborto espontâneo e parto prematuro, além de hipertensão. A
substância também pode provocar problemas hormonais. Uma pesquisa descobriu que
o composto atrapalha a sinalização hormonal que regula o stress do corpo,
diminuindo a capacidade de o organismo lidar com problemas como hipertensão,
depressão e ansiedade.
Como evitar: Manter a casa limpa e conservada; não deixar tinta descascada nas
paredes por muito tempo; ter um bom filtro de água; e manter uma boa
alimentação, já que estudos demonstraram que crianças que seguem uma dieta
saudável absorvem menos chumbo.
Arsênio
A substância tem diversas aplicações, entre elas ser conservante
de madeira e couro e compor a produção de herbicidas e venenos.
Consequentemente, pode contaminar alimentos e água. O arsênio, além de causa
cânceres de pele, bexiga e pulmão, pode afetar o funcionamento dos hormônios,
levando à perda ou ao ganho de peso, resistência à insulina ou pressão arterial
alta.
Como evitar: Usar
filtros de água que consigam diminuir a concentração de arsênio.
Mercúrio
O mercúrio é elemento natural, porém tóxico. Ele pode entrar em
contato com o ar e com o oceano principalmente com a queima de carvão. Nos
alimentos, ele pode ser encontrado em frutos do mar contaminados, por exemplo.
Essa substância, em contato com mulheres grávidas, pode prejudicar o cérebro do
feto. Além disso, é capaz de afetar a ação de um hormônio que regula o ciclo
menstrual e a ovulação, além de danificar as células produzidas pelo pâncreas,
o que pode levar ao diabetes.
Como evitar: Diminuir o consumo de frutos do mar – se for para consumir o
alimento, preferir salmão e truta cultivada, que são fontes de gordura
saudável, mas que não têm mercúrio tóxico.
Compostos
perfluorados (PFCs)
Essas substâncias são amplamente usadas na fabricação de panelas
antiaderentes e embalagens de alimentos. Testes feitos nos Estados Unidos já
mostraram que 99% dos americanos apresentam o composto no organismo. A
exposição à substância é associada a uma pior qualidade do espermatozoide,
baixo peso do bebê ao nascer, doenças renais e da tireoide, além de
hipertensão.
Como evitar? Não usar panelas antiaderentes; evitar tecidos impermeáveis ou
resistentes a manchas.
Éster fosfato
A substância é frequentemente usada na produção de agrotóxicos.
Ela já foi associada a danos no desenvolvimento cerebral, no comportamento e na
fertilidade. Além disso, pode afetar negativamente a forma como a testosterona
se comunica com as células do corpo.
Como evitar: Comprar
mais produtos orgânicos.
Éter de
glicol
Esse produto químico é comumente usado como solvente de tintas,
produtos de limpeza e cosméticos. A União Europeia já classificou a substância
como um possível fator de prejuízo à fertilidade das pessoas ou ao feto, além
de um fator risco para alergias e asmas em crianças.
Como evitar: Evitar produtos
que tenham na fórmula ingredientes como o 2-Butoxietanol.
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