O Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê) acaba de concluir o maior corredor de floresta recuperada do país. É uma faixa de mata que une duas unidades de conservação, formando uma espécie de ponte natural, por onde os animais podem passar em segurança. O corredor de mata junta a Estação Ecológica Mico Leão Preto e o Parque Estadual do Morro do Diabo, ambos na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste de São Paulo. A área tem espécies ameaçadas como o mico-leão preto, a onça pintada e a jaguatirica.
O corrredor serve para juntar as populações de animais, que estavam separadas nas ilhas de vegetação das unidades de conservação. Afinal, a vida dos sem-floresta não é fácil. A faixa de mata ajuda insetos e aves que não conseguem voar muito tempo longe das árvores. Os bichos que passam pelo corredor levam sementes e mudas das plantas. Essa troca genética ajuda a manter a floresta mais saudável do que em pequenos blocos isolados.
“Um dos problemas para a sobrevivência dessas espécies é justamente a perda de hábitat e o corredor é uma das formas de suprir essa necessidade de deslocamento entre as UCs, tanto para alimentação, como para reprodução dos animais”, explica Laury Cullen Jr, do Ipê. Ele coordena um dos principais projetos de preservação das onças do país.
O corredor ecológico levou 10 anos para ficar pronto. Com 700 hectares , envolveu o plantio de 1,4 milhão de árvores. Foi montado juntando áreas de preservação permanente e reservas legais das fazendas entre as unidades de conservação. “Precisamos do apoio dos proprietários dessas terras para isso acontecer. O benefício é para todos os envolvidos já que os grandes produtores adequam a sua área de acordo com a lei”, diz Cullen.
Fonte:
http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/#post-4581, acesso em 04/02/2012.
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