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O FILHOTE

domingo, 5 de junho de 2016

MEDIÇÃO IÔNICA NA CULTURA DO ABACAXI


No dia 03/06, os alunos da EMEF Dora foram a campo aplicar diferentes doses de fertilizantes na cultura do abacaxi. Após as aplicações, foram coletadas várias amostras em diferentes locais na área de plantio para análise das concentrações de íons presentes nos adubos. As análises foram realizadas no laboratório, sob supervisão técnica.

Para se determinar a quantidade de fertilizante num plantio é preciso monitorar os valores da condutividade elétrica (EC) da solução da água aplicada na cultura. Pode-se utilizar um medidor de EC para quantificar quanto de nutrientes está sendo adicionado na fertirrigação.

A condutividade é a capacidade do líquido de conduzir uma carga elétrica entre dois pontos (eletrodos). Ela permite obter dados sobre a facilidade ou dificuldade de passagem da eletricidade na água. A partir da medida da condutividade pode ser obtida a concentração de sais em solução aquosa.

Quanto maior for à quantidade de íons presentes na solução mais energia elétrica poderá ser conduzida entre esses íons e, por conseqüência, maior será o valor da EC. Em outras palavras, os valores da condutividade representam à carga mineral presente na água.

Tais medições sendo realizadas frequentemente poderão fornecer dados sobre como a aplicação de adubo está ou não relacionado ao crescimento e produtividade da planta, entre outras informações.

É importante que o valor obtido seja sempre analisado a partir da temperatura ambiente padrão (25 ºC), pois a temperatura pode influenciar diretamente no resultado da medição.

Os termos usados neste texto tais como fertilizantes, adubos, nutrientes, sais e carga mineral tratam-se da mesma coisa.

Segundo as explicações do professor Dr. Robson, um bom medidor de condutividade elétrica utiliza dois eletrodos, um que detecta a corrente elétrica enviada por outro. O medidor também deve medir a temperatura com precisão e automaticamente compensá-la na leitura de condutividade.

A água totalmente pura não possui condutividade, pois não deve haver qualquer tipo de íon nela dissolvido. Porém, é praticamente impossível obter água totalmente pura. É sabido que quanto mais pura for à água, menor será sua condutividade elétrica.

Após a fertirrigação em campo e feita algumas coletas, os alunos foram para o laboratório. Com um medidor, foram obtidas as concentrações iônicas das amostras, levando em conta a medição da temperatura. Foi observado que nos locais mais próximos aos tanques de fertirrigação, a concentração de íons foi maior, conforme o esperado. Na ocasião, o professor Robson fez a medição da água destilada, mostrando aos alunos como é baixa a concentração de íons em uma água pura quando comparados a soluções com adubo.

Quando ocorre a adição de fertilizantes na água, há incorporação de íons nessa mistura, pois em contato com a água ocorrem quebras das moléculas dos nutrientes. Sendo assim, com a adição dos íons e suas cargas elétricas a EC da água tende subir. Isso pode ser comprovado após algumas medições no laboratório. No atual projeto está sendo usado como adubo o nitrogênio na forma de uréia e o potássio na forma de cloreto.

A condutividade elétrica de uma solução de nutrientes pode ser expressa em diferentes unidades, tais como Siemens por cm (S/cm), millisimens por cm (mS/cm) ou Microsimens por cm (μS/cm). Enquanto o professor Robson coletava os dados das amostras recolhidas na área de plantio do abacaxi, o estudante de agronomia Alan fazia as devidas anotações.


               Abaixo as fotos descrevem as atividades realizadas no dia.

















Coleta de amostra para análise
Professor Robson ensinando fazer a fertirrigação

Alunos fertirrigando

Alunos fertirrigando

Alunos fertirrigando
Painel de comando da fertirrigação


Medindo a condutividade elétrica

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